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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Me Solta! - 1x30


Elena arfou, os músculos se contraindo ao redor do seu coração. Parecia que uma pessoa estava parada ali, um gigante com uma cabeça redonda careca. E ela não gostava nem um pouco de estar aqui, entre as pedras de granito gastas e reclinadas de séculos passados. A brilhante luz do luar lançava sombras estranhas, e havia piscinas de escuridão impenetrável em todo lugar.
  “É apenas a esfera no topo. Nada para se temer,” disse Tyler, puxando-a consigo para fora do caminho e para cima da lápide brilhante. Era feita de mármore vermelho, e a enorme esfera que a cercava a lembrava da Lua inchada no horizonte. Agora aquela mesma Lua brilhava neles, tão branca como as mãos brancas de Thomas Fell. Elena não pôde conter seu tremor.
  “Pobrezinha, ela está com frio. Tenho que aquecê-la,” disse Tyler. Elena tentou empurrá-lo, mas ele era forte demais, enlaçando-a em seus braços, puxando-a contra si.
  “Tyler, eu quero ir embora; eu quero ir embora agora. …"
  “Claro, querida, nós iremos,” ele disse. “Mas nós temos que aquecê-la primeiro. Credo, você está gelada.”
  “Tyler, para,” ela disse. Os braços dele ao seu redor tinham sido meramente irritantes, restringindo-a, mas agora com uma sensação de choque ela sentiu as mãos dele em seu corpo, apalpando a pele nua.
  Nunca em sua vida Elena tinha estado numa situação como essa, longe de qualquer ajuda. Ela mirou um salto alto pontudo no peito do pé coberto por couro dele, mas ele se esquivou dela. “Tyle, tire suas mãos de mim.”
  “Vamos, Elena, não fique assim, eu só quero te esquentar todinha...”
  “Tyler, me solta,” ela cuspiu. Ela tentou puxar-se para longe dele. Tyler tropeçou, e então seu peso todo estava em cima dela, esmagando-a contra uma confusão de hera e ervas daninhas no chão. Elena falou desesperadamente. “Eu vou te matar, Tyler. Eu falo sério. Sai de cima de mim.”
  Tyler tentou rolar, rindo repentinamente, seus membros pesados e descoordenados, quase inúteis. “Ah, vamos lá, Elena, não fique brava. Eu só estou te esquentando. Elena a Princesa do Gelo, se esquentando... Você ta ficando quente agora, não tá?”   Então Elena sentiu a boca quente e molhada dele em seu rosto. Ela ainda estava presa debaixo dele, e os beijos desleixados dele estavam se movendo para sua garganta. Ela escutou tecido se rasgar.
  “Oops,” Tyler murmurou. “Sinto muito por isso.”
  Elena torceu sua cabeça, sua boca encontrou a mão de Tyler, acariciando desajeitadamente sua bochecha. Ela a mordeu, afundando seus dentes na palma corpulenta. Ela mordeu forte, sentindo o gosto de sangue, ouvindo o uivo agonizante de Tyler. A mão se afastou.
  “Ei! Eu disse que sentia muito!” Tyler parecia ressentido por sua mão mutilada. Então seu rosto se obscureceu, enquanto, ainda encarando-a, ele cerrou sua mão.
  É isso, Elena pensou com uma calma de pesadelos. Ele ou vai me nocautear ou vai me matar. Ela se preparou para o golpe.
  Stefan tinha resistido em vir ao cemitério, tudo dentro dele tinha gritado contra isso. A última vez que ele estivera aqui foi na noite do velho.
  Horror passou pelo seu estômago novamente por causa da recordação. Ele teria jurado que ele não tinha drenado o homem debaixo da ponte, que ele não tinha tirado sangue o suficiente para fazer mal. Mas tudo naquela noite após a onda de Poder estava desorganizado, confuso. Se houvesse tido uma onda de Poder afinal. Talvez aquilo tinha sido a sua própria imaginação, ou mesmo seu próprio feito. Coisas estranhas podiam acontecer quando a necessidade ficava fora de controle.
  Ele fechou seus olhos. Quando ele escutou que o velho fora hospitalizado, quase morto, seu choque foi além das palavras. Como ele pôde ter se deixado sair tanto do limite? Matar, quase, quando ele não tinha matado desde...
  Ele não iria deixar si mesmo pensar sobre aquilo.
  Agora, de pé em frente ao portão do cemitério na escuridão da meia-noite, ele não queria nada mais do que se virar e ir embora. Voltar ao baile onde deixara Caroline, aquela criatura dócil e bronzeada pelo Sol que estava absolutamente a salvo porque ela não significava nada para ele.
  Mas ele não podia voltar, porque Elena estava no cemitério. Ele podia sentí-la, e sentir seu crescente sofrimento. Elena estava no cemitério e em perigo, e ele tinha que achá-la.
  Ele estava na metade da colina quando a tontura o atingiu. Isso o fez cambalear, lutando em direção à Igreja porque era a única coisa na qual ele podia se focar. Ondas cinzas de neblina passaram pelo seu cérebro, e ele lutou para continuar se movendo. Fraco, ele se sentia tão fraco. E inútil contra o poder absoluto dessa vertigem.
  Ele precisava... ir até Elena. Mas ele estava fraco. Ele não podia ser... fraco… se ele tinha que ajudar Elena. Ele precisava... ir…

Escrito por: Lisa Jane Smith

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