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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Defendendo Elena- 1x31


A porta da Igreja abriu diante dele.
  Elena viu a Lua por sobre o ombro esquerdo de Tyler. Era estranhamente apropriado que aquela seria a última coisa que ela veria, ela pensou. O gritou ficou preso em sua garganta, engasgado pelo medo.
  E então algo pegou Tyler e o jogou contra a lápide de seu avô.
  Foi isso que pareceu para Elena. Ela rolou para o lado, arfando, uma mão agarrando com força seu vestido rasgado, a outra tateando por uma arma.
  Ela não precisava de uma. Algo se moveu na escuridão, e ela viu a pessoa que tinha puxado Tyler de cima dela. Stefan Salvatore. Mas era um Stefan que ela nunca vira antes: os traços delicados de seu rosto estava branco e frio de fúria, e havia uma luz homicida naqueles olhos verdes. Sem ao menos se mover, Stefan emanava tanta raiva e ameça que Elena teve mais medo dele do que ele tinha tido de Tyler.
  “Quando eu conheci você, eu sabia que nunca aprenderia bons modos,” disse Stefan. Sua voz estava suave e gelado e leve, e de alguma maneira deixou Elena tonta. Ela não podia tirar seus olhos de cima dele enquanto ele se movia em direção à Tyler, que estava balançando sua cabeça perplexamente e começando a se levantar. Stefan moveu-se como um dançarino, cada movimento fácil e precisamente controlado. “Mas eu não fazia idéia que seu personagem estava tão sub-desenvolvido.”
  Ele acertou Tyler. O grande garoto estava estendendo uma mão robusta, e Stefan acertou-o quase negligentemente no lado do rosto, antes que a mão fizesse contato.
  Tyler voou contra outra lápide. Ele se arrastou e ficou de pé ofegantemente, seus olhos brancos. Elena viu um filete de sangue no seu nariz. Ele ele ordenou.
  “Um cavalheiro não força sua companhia em ninguém,” disse Stefan, e o golpeou. Tyler esparramou-se de novo, de cara para baixo nas ervas daninhas e urzes. Dessa vez ele foi mais lento ao levantar-se, e sangue fluiu de ambas narinas e de sua boca. Ele estava expirando como um cavalo assustado a medida que se jogava para cima de Stefan.
  Stefan agarrou a parte da frente da jaqueta de Tyler, girando ambos e absorvendo o impacto do ataque homicida. Ele chacoalhou Tyler duas vezes, forte, enquanto aqueles grandes punhos musculosos o giravam como um moinho de vento, incapaz de se conectar. Então ele soltou Tyler.
  “Ele não insulta uma mulher,” ele disse. O rosto de Tyler estava contorcido, seus olhos revirando-se, mas ele agarrou a perna de Stefan. Stefan sacudiu-o e então o chacoalhou de novo, e Tyler ficou frouxo como uma boneca de pano, seus olhos revirando-se. Stefan continuou falando, segurando o pesado corpo para cima e pontuando cada palavra com um chacoalhão de esmagar os ossos. “E, acima de tudo, ele não a machuca...”
  "Stefan!" Elena gritou. A cabeça de Tyler estava estalando para cima e para baixo com cada chacoalho. Ela estava com medo do que estava vendo; com medo do que Stefan podia fazer. E com mais medo do que tudo da voz de Stefan, aquela voz fria que era como uma dança de florete, bela e mortal e completamente cruel. “Stefan, pare.”
  Sua cabeça virou-se em direção à ela, assustado, como se tivesse esquecido sua presença. Por um momento ele olhou para ela sem a reconhecê-la, seus olhos pretos na luz do luar, e ela pensou em algum predator, algum grande pássaro ou um carnívoro astuto incapaz de emoções humanas. Então entendimento veio ao seu rosto e um pouco da escuridão se esvaiou de seu olhar.
  Ele olhou para baixo para a cabeça frouxa de Tyler, então ele o colocou gentilmente contra a lápide de mármore vermelho. Os joelhos de Tyler se entortaram e ele deslizou para encará-los, mas para o alívio de Elena seus olhos se abriram – ou pelo menos o esquerdo se abriu. O direito estava inchado e só abria por uma fenda.
  “Ele vai ficar bem,” disse Stefan de forma vazia.
  A medida que seu medo baixava, Elena sentia-se vazia. Chocada, ela pensou. Eu estou em choque. Eu provavelmente vou começar a gritar histericamente a qualquer minuto agora.
  “Tem alguém para levá-la para casa?” disse Stefan, ainda naquela voz friamente morta.
  Elena pensou em Dick e Vickie, fazendo Deus sabe o que ao lado da estátua de Thomas Fell. “Não,” ela disse.
  Sua mente estava começando a trabalhar novamente, tomar nota das coisas ao seu redor. O vestido violeta estava todo rasgado na frente; estava arruinado.  Mecanicamente, ela puxou-o para cima.
  “Eu te levarei,” disse Stefan.
  Mesmo através do entorpecimento, Elena sentiu um ligeiro tremor de medo.  Ela olhou para ele, uma figura estranhamente elegante entre as lápides, seu rosto pálido na luz do luar. Ele nunca parecera tão... tão bonito para ela antes, mas aquela beleza era quase alienígena. Não só estrangeira, mas desumana, porque nenhum humano podia projetar aquela aura de poder, ou de distância.
  “Obrigada. Isso seria muito gentil,” ela disse lentamente. Não havia nada mais para fazer.

Escrito por: Lisa Jane Smith


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