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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Twilight: Sou Perigoso-1x28


Eu tive que olhar pra longe da intensidade do seu olhar. Eu me concentrei em tirar o rótulo da minha garrafa de limonada. Eu tomei um gole, olhando para a mesa sem enxergá-la.
  "Você não está com fome?", ele perguntou distraído.
  "Não", eu não estava a fim de dizer que o meu estômago já estava cheio- de borboletas.
  "Você?" eu olhei para a mesa vazia na frente dele.
  "Não, eu não estou com fome." Eu não entendí a expressão dele - parecia que ele estava se divertindo com algum tipo de piada secreta.
  "Você pode me fazer um favor?", eu perguntei depois de um segundo de hesitação. De repente ele estava cauteloso. "Depende do que você quer".
  "Não é muito", eu garantí.
  Ele esperou, cauteloso, mas curioso.
  "Eu só estava imaginando...se você poderia me avisar com antecedência na próxima vez que você resolver me ignorar para o meu próprio bem. Só pra eu me preparar.", eu olhei para a garrafa de limonada enquanto falava, passando o dedo na boca da garrafa.
  "Parece justo." Ele estava pressionando os lábios pra não rir quando eu olhei pra cima.
  "Obrigada."
  "Então posso ter uma resposta em retorno?" ele pediu.
  "Uma."
  "Me diga uma das suas teorias."
  Opa. "Essa não."
  "Você não qualificou, você só prometeu uma resposta", ele me lembrou.
  "Você também já quebrou suas promessas.", eu lembrei pra ele também.
  "Só uma teoria- eu não vou rir."
  "Vai sim". eu tinha certeza disso.
  Ele olhou pra baixo e depois olhou pra mim por entre seus longos cílios negros, seus olhos chamuscando.
  "Por favor?", ele respirou se inclinando na minha direção.
  Eu pisquei, minha mente ficando obscurecida. Santa Mãe, como é que ele faz isso?
  "Er, o que?", eu perguntei ofuscada.
  "Por favor,me diga só uma teoria.", seus olhos ainda grudados em mim.
  "Hum, bem, mordido por uma aranha radioativa?" Ele fazia hipnose, também? Ou eu era um caso sem esperança?
  "Isso não é muito criativo". ele zombou.
  "Me desculpe, é tudo que eu tenho", eu disse.
  "Você não está nem perto", ele caçoou.
  "Nada de aranhas?"
  "Não"
  "E nada de radioatividade?"
  "Nada"
  "Droga", eu suspirei.
  "Kryptonita também não me incomoda", ele gargalhou.
  "Você não podia rir, lembra?"
  Ele lutou pra recompor o rosto.
  "Eu vou descobrir mais cedo ou mais tarde", eu avisei.
  "Eu gostaria que você não tentasse". Ele estava sério de novo. "Porque...?"
  "E se eu não for um super-herói? E se eu for o bandido?", ele sorriu brincando, mas seus olhos eram impenetráveis.
  "Oh", eu disse,agora muitas da dicas que ele havia dado faziam sentido."Eu entendo."
  "Entende?" seu rosto estava abruptamente severo, como se ele estivesse com medo de ter falado demais.
  "Você é perigoso?" eu chutei, meu pulso disparou quando eu me dei conta da verdade nas minhas palavras. Ele era perigoso. Ele esteve tentando me dizer isso o tempo inteiro.

Escrito por: Stephenie Meyer

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