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segunda-feira, 4 de março de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Capítulo 47 - 1x47


Era só um cara, algum antigo estudante ou um assistente do Sr. Shelby. Um cara comum, que estava sorrindo fracamente, como se o tivesse divertido vê-la quase desmaiar.
  Bem... talvez não tão comum. Ele era extraordinariamente bonito. Seu rosto era pálido no crepúsculo artificial, mas ela podia ver que seus traços eram limpamente definidos e quase perfeitos debaixo de um chocante cabelo escuro. Aquelas bochechas eram o sonho de escultor. E ele estivera quase invisível porque estava usando preto: suaves botas pretas, jeans pretos, suéter preto, e uma jaqueta de couro.
  Ele ainda estava sorrindo fracamente. O alívio de Elena virou raiva.
  “Como você entrou?” ela exigiu. “E o que está fazendo aqui? Ninguém mais devia estar no ginásio.”
  “Eu entrei pela porta,” ele disse. Sua voz estava suave, elaborada, mas ela ainda podia ouvir a diversão e achou isso desconcertante.
  “Todas as portas estão trancadas,” ela disse categoricamente, acusadoramente.
  Ele levantou suas sobrancelhas e sorriu. “Estão?”
  Elena sentiu outro tremor de medo, pelinhos levantando na parte de trás de seu pescoço. “Elas deveriam estar,” ela disse com a voz mais gelada que pôde.
  “Você está brava,” ele disse seriamente. “Eu disse que sentia muito por tê-la assustado.”
  “Eu não estava assustada!” ela repreendeu. Ela sentiu-se tola de alguma forma em frente à ele, como uma criança sendo mimada por alguém muito mais velho e com mais conhecimento.  Isso a deixou ainda mais brava. “Eu só fiquei surpresa,” ela continuou. “O que é pouco surpreendente, com você espreitando no escuro desse jeito.”
  “Coisas interessantes acontecem no escuro... às vezes.” Ele ainda estava rindo dela; ela podia dizer pelos seus olhos. Ele tinha dado um passo para mais perto, e ela pôde ver que aqueles olhos eram raros, quase pretos, mas com luzes estranhas neles. Como se você pudesse olhar cada vez mais profundamente até que caisse neles, e continuasse caindo para sempre.
  Ela percebeu que estava encarando. Por que as luzes não acendiam? Ela queria sair daqui. Ela moveu-se para longe, colocando o final de uma arquibancada entre eles, e empilhou os últimos arquivos na caixa. Esqueça o resto do trabalho por hoje à noite. Tudo que ela queria agora era ir embora.
  Mas o silêncio contínuo a deixava desconfortável. Ele estava simplesmente parado ali, imóvel, observando-a. Por que ele não dizia algo?
  “Você veio aqui procurar por alguém?” Ela ficou aborrecida consigo mesma por ter falado.
  Ele ainda estava olhando para ela, aqueles olhos escuros fixos nela de uma maneira que a deixava mais e mais desconfortável. Ela engoliu em seco.
  Com seus olhos nos lábios dela, ele murmurou, “Ah, sim.”
  “O quê?” Ela tinha esquecido do que tinha perguntado. Suas bochechas e garganta estavam ruborizando, queimando com o sangue. Ela se sentiu tão tonta. Se ao menos ele parasse de olhar para ela...
  “Sim, eu vim aqui procurar por alguém,” ele repetiu, não mais alto do que antes. Então, com um passo ele se moveu na direção dela, para que ficassem separados por apenas o canto de um assento da arquibancada.
  Elena não podia respirar. Ele estava tão próximo. Perto o bastante para tocar. Ela podia sentir um leve traço de colônia e o couro de sua jaqueta. E os olhos dele ainda estavam presos nos dela – ela não podia olhar para longe deles.
  Eles eram como nenhum outros olhos que ela já vira, pretos como a meia-noite, as pupilas dilatadas como as de um gato. Eles enchiam sua visão enquanto ele se inclinava em direção à ela, abaixando sua cabeça na altura da dela. Ela sentiu seus próprios olhos fecharam parcialmente, perdendo o foco. Ela sentiu sua cabeça inclinar-se para trás, seus lábios se separarem.
  Não! Bem a tempo ela balançou sua cabeça para o lado. Ela sentiu como se tivesse acabado de se puxar da ponta de um precipício. O que eu estou fazendo? ela pensou em choque. Eu estava prestes a deixá-lo me beijar. Um estranho completo, alguém que eu só conheci há alguns minutos.
  Mas essa não era a pior coisa. Naqueles poucos minutos, algo inacreditável aconteceu. Naqueles poucos minutos, ela tinha se esquecido de Stefan.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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