Hoje O Melhor e Pior … vai para uma das minhas séries favoritas da vida inteira!!! Sex and the City marcou época e isso é inegável. O seriado é um fenômeno mundial, mesmo sem ter se dedicado ao público adolescente ou ter sido transmitida em canal aberto.
Levou a HBO, junto com outros produtos, a um nível ainda maior do que a emissora poderia estar. Inovou, transgrediu, chocou, fez rir, fez chorar! Virou franquia de filmes e faz sucesso até hoje, mesmo sem estar no ar há um bom tempo. É um épico das séries de TV. É um épico da cultura pop. É um épico do comportamento humano, eu diria, afinal se fechar ao feminismo, é restringir o conteúdo de um dos melhores programas que a TV já exibiu.
Sim, eu babo ovo para Sex and the City. E você também deveria!
Mr Big
Já virou clichê! Mr Big é o homem que muitas mulheres sonham em ter, e ele nem é perfeito. Lógico que vai ter alguma maluca postando nos comentário que não sonha com um Big. Mas enfim, fica o fato de que ele é o marido da heroína de uma das sagas femininas mais conhecidas no mundo, mesmo competindo com romances literários que tem séculos de idade!
O que não podemos é negar o fator ‘charme’, inerente ao ator Chris Noth (pelo menos naquela época), e principalmente a seu personagem galanteador. E quem vier falar de Aidan leva uma na cara. O cara foi covarde no momento em que mais precisava ser homem. Por isso que digo: Mr Big é Huge, é completo!
Debatendo sexo entre várias paredes
Isso sim fez a diferença. Sabe, cabe a TV como veículo de comunicação, disseminar ideias que contribuam para o mundo. Se a gente conseguir ter isso com uma dinâmica ainda mais interessante do que debates, matérias jornalísticas ou longos documentários enfadonhos, ainda melhor.
É claro que tem público para tudo, mas tornar a coisa mais ‘palatável’ é sempre o mais correto, certo? Sex and the City fez isso. Levou a discussão dos assuntos femininos (alguns bem polêmicos) para dentro de casa e de uma maneira bem agradável e divertida. Para algumas mulheres, poderia soar chocante, mas vale lembrar que praticamente todas elas estavam bem representadas no programa e isso gerava uma empatia para o público feminino em particular.
Com certeza, os temas de cada episódio estimulavam o diálogo sobre várias situações corriqueiras.
Referência Mundial
Esse tópico meio que completa o de cima, afinal Sex and the City, apesar de se passar em Nova Iorque, trazia assuntos corriqueiros não de qualquer cidade, mas principalmente da maioria das mulheres. Há até uma brincadeira com isso no segundo longa da franquia, rodado no Oriente Médio. Os problemas das mulheres são praticamente os mesmos no mundo inteiro, variando a intensidade e frequência, claro.
O seriado se garantiu neste aspecto. Discutiu a condição da mulher, ainda que num ambiente mais favorável a elas, o que dá o tom da comédia. O fato é que a discussão foi levada às casas de todo mundo. Chocou, fez pensar. Repercutiu e tenho certeza que contribuiu!
A chata da Sarita e seus figurinos
Vamos para a parte chata da série. E agora eu toco num ponto polêmico, mas que nunca vai mudar em minha cabeça: Carrie Bradshata é a personagem mais irritante que Sex and the City poderia ter. Ela é toda errada, e isso é ótimo!
Eu amo odiar a Carrie, ainda mais porque ela é um fenômeno exatamente por isso. Carrie não precisava ser uma heroína romântica. A série não é sobre heroínas, é sobre pessoas mulheres (rs). Carrie foi a amante, Carrie foi encrenqueira… E se você parar para pensar, ela inspirou uma leva de heroínas problemáticas (e super humanas) que tem nos bombardeado nos dias de hoje, a exemplo de Tara, a enfermeira Jackie, a traficante Nancy e tantas outras desesperadas.
Também não posso esquecer de dizer que o figurino dela era brega. Gente, era brega! Não se enganem. Era muito brega!!! Ela pode até ser um ícone fashion, mas era brega!
Falar com a câmera? Oi!?!?!
Já te contei minha teoria? Então, eu tenho uma teoria de que toda série ótima tem um piloto ruim. E a teoria funciona!!! O de Sex and the City é escabroso. Eu não conseguiria me imaginar vendo a série se toda hora Carrie parasse para conversar comigo, como ela faz no piloto.
Esse lance de olhar para a câmera e dar seu depoimento pega bem em uma série como Secret Diary of a Call Girl, afinal a série é um diário de uma prostituta. Carrie, apesar de muita coisa escabrosa, não era prostituta (rs). Ela se envolvia com a gente e essa coisa fria de conversar com a câmera fingindo que está falando conosco, simplesmente ia contra os aspectos da série.
Ainda bem que não durou!
Incursão Cinematográfica
Eu gosto muito do segundo filme da série, apesar de não ser em Nova Iorque. Mas o primeiro foi bem difícil de lidar.
Claro que foi emocionante rever as “meninas” na telonas. Mas aquilo simplesmente não se parecia com a série que eu tinha acompanhado com tanto afinco e amor. Daí veio o segundo filme, que eu gostei muito. Mesmo assim, ainda trocaria os dois filmes por temporadas, mesmo que de seis episódios cada.
Tenho certeza que a linguagem da série exploraria muito bem as histórias que elas têm para contar nos dias de hoje, mais velhas, ao invés das mudanças que a grande tela do cinema obrigaram a linguagem original a se submeter.
Ainda assim, que venha um terceiro filme, afinal, é Sex and the City e essa série é boa até quando é ruim.
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