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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Acontecimentos Sobrenaturais:Vultos no Quintal(1x14)

Em 2004, eu trabalhava em outra cidade e precisava acordar 4h30 da manhã quase todos os dias. Saía de casa antes das 5h e o dia ainda não havia clareado. Porém, sair de casa, para mim, era uma tortura. Pois a distância que eu percorria pelo quintal, da porta de casa até o portão da rua, era assustador.

O que ocorria era que eu sentia várias presenças escuras (uma dúzia, mais ou menos) me observando. Todas espalhadas pelo quintal da minha casa, que tem 600m quadrados e pouca iluminação. Me acompanhavam até que eu saísse pelo portão. E na rua o medo passava, apesar de todo o perigo de assalto que é notório no estado do Rio de Janeiro.

Por algumas vezes, cheguei ao ponto de ter de acordar minha mãe, que tinha que levantar 30 minutos depois para trabalhar também, no auge dos meus 24 anos, para me acompanhar até o portão. Eu também percebia que, quanto mais barulho eu fizesse, mais atenção eu chamava (dependendo do salto da sandália ou se era tênis, por exemplo).

Certa vez, tentei demostrar força e ignorá-los. Ao atravessar o grande quintal, senti que dessa vez eles me observavam parados, de longe, desconfiados. E segui em frente com a cabeça erguida. Porém, ao chegar bem próximo do portão, um deles saiu do estreito corredor e veio em minha direção, correndo e batendo os pés, como se quisesse assustar uma criança indefesa. Quero ressaltar que não os via, apenas sentia, mas era uma sensação fortíssima. Então abri o portão rapidamente e saí, me sentindo mais segura na rua deserta.

Meses depois eu entrei de férias, e não precisei sair de casa de madrugada uma só vez. E tive paz durante 30 dias.

Após o término das férias, o medo voltou. E no meu primeiro dia de trabalho, já me arrumava para sair de casa, de madrugada, pensando nisso. Nos vultos. Nas presenças que me aguardavam lá fora. Porém, ao sair de casa, a surpresa: não havia nada ali. Em princípio, tive medo de ter medo, mas vi que estava realmente sozinha no quintal, não havia mais presença nenhuma lá. E o medo desapareceu. E nunca mais isso ocorreu comigo.

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