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sábado, 23 de abril de 2011

Entrevista:James Lafferty(One Tree Hill)

Quando pensamos em One Tree Hill, logo pensamos em James Lafferty. Desde que a série estreou em 2003, ele tem representado Nathan Scott com alma e coração. Oito anos depois, ele ainda é um dos protagonistas da série e disse à jornalista Meriam Bouarrouj, do Examiner.com, que sua experiência em One Tree Hill tem sido extremamente enriquecedora. Tanto dentro quanto fora da tela, Lafferty amadureceu e se transformou em um adulto nos anos em que esteve no seriado.
Durante a entrevista foi falado sobre o porquê ele acha que One Tree Hill ainda está no ar depois de oito temporadas, quais foram os melhores e mais desafiantes momentos para ele como Nathan; também como ele vê o fato de seu personagem não estar mais jogando basquete, o que se mostrou ser sua maior paixão desde o primeiro episódio. Ele também revela tudo sobre suas recentes aventuras na Flórida para o Wild Life e respondeu as perguntas que ele sempre quis, mas que ninguém nunca tinha perguntado antes.
Meriam Bouarrouj – Você acabou de voltar da Flórida, onde gravou o documentário para a televisão Wild Life.
James Lafferty – Nós ficamos lá por sete dias. Só viajamos pelo sul da Flórida e tinham todos os tipos de parques nacionais. Nós fomos ao Crystal River, onde tinha uma concentração de peixes-boi. Nós basicamente pegamos os sete dias e tivemos o máximo de experiência natural que pudemos ter na Flórida e documentamos tudo.
MB – Como surgiu a ideia do documentário? Eu sei que Stephen Colletti era seu parceiro neste projeto.
JL – Meu irmão caçula, Stuart, e eu somos amigos do Ian Shive há algum tempo e Stephen o conhecia também. Todos nós queríamos fazer alguma coisa depois que esta temporada de One Tree Hill acabasse, então fomos lá e fizemos. Sabíamos que Ian é um fotógrafo da vida natural muito produtivo e ele tinha essa ideia que nós abraçamos. E mais tarde, podemos contar como foi para as futuras gerações que podem não ter todas essas experiências tão perto de casa. Nós escolhemos a Flórida aleatoriamente porque, exceto Ian, nenhum de nós tinha experiência com esse clima. Nós estávamos muito animados com a viagem e com as coisas que aconteceriam lá, como nadar com os peixes-boi, ficar perto dos jacarés, andar de canoa nos mangues e acampar no pântano.
MB – Qual foi a experiência ou o momento que marcou mais vocês nesta semana?
JL – Todos nós tivemos momentos especiais na viagem, mas para mim a canoagem no mangue no parque nacional foi uma experiência sensacional porque eu já havia visto pessoas andando à canoa antes e eu já tinha estado na selva antes, mas eu nunca tinha andado à canoa 5 milhas no que só parece floresta para qualquer lado que você olhe. Você não consegue ouvir uma estrada, nem nada. Você não entra em contato com outras pessoas e descobre que está à mercê da natureza e de seus elementos. É um sentimento de paz e é algo que te faz abrir os olhos porque não é sempre, para mim pessoalmente, que eu me permito ter esse tipo de experiência. Foi muito legal. Eu tenho vontade de voltar para lá.
MB – Parece muito interessante. E em 18 de abril as pessoas poderão ler o blog da geração Wild Life?
JL – É, nesta data vai ao ar a prévia do programa no blog. Será a primeira vez que mostraremos qualquer conteúdo do que fizemos, por enquanto tem sido apenas imagens. Nós continuaremos colocando a apresentação do episódio e estaremos colocando vídeos e imagens lá também.
MB – Agora falando sobre One Tree Hill, o que você acha que tem feito o seriado ficar no ar por oito anos. À que se deve todo esse sucesso, em sua opinião?
JL – Eu acho que é como a série tem se mantido honesta à seus personagens. Mark Schwahn é um excelente showrunner. E ele quer ter certeza que os personagens que ele escreveu, que estão lá desde o primeiro episódio, mantenham-se verdadeiros à sua essência. E eu acredito que ele conseguiu isso e os fãs continuam com a gente por que sabem que a alma dos personagens não mudará. No que diz respeito a história, nós fazemos as coisas mais loucas. A série é conhecida por ter acontecimentos intensos, mas no fundo são todos os mesmos personagens. E são por essas pessoas que a audiência se apaixona no início e depois se permite continuar apaixonada por estes personagens, já que eles ainda são eles os mesmos.
MB – E a série tem trabalhado muito bem com todas as mudanças que tem tido ao longo dos anos. O elenco foi mudado, mas tudo se resolveu. Quando eu tuito que vou entrevistar um dos novos membros do elenco, eu percebo que eles têm uma grande base de fãs. Você e Rob Buckley tem uma química incrível. O que também acontece com Bethany Joy Galeotti e Shantel Van Santen, e todo mundo. Eu acho que os novos membros realmente se entrosaram com a série, as histórias e todo mundo.
JL – Sim, tivemos algumas mudanças de elenco no passado. Personagens foram embora e outros chegaram. Tentamos coisas que não deram certo, os fãs não gostaram. Mas eu acho que, na maioria das vezes, as maiores mudanças, tanto no elenco, quanto nas histórias, agradaram a audiência. Quando voltamos para a sétima e oitava temporadas, nós não sabíamos como os fãs reagiriam com a saída de Hilarie e Chad, Peyton e Lucas. Mas eles aceitaram os novos personagens. Eles realmente aceitaram Clay e Quinn. E os aceitaram como casal. E o elenco como um todo tem feito um trabalho muito bom, mantendo a integridade da série, apesar de todas as mudanças. E Mark e todos os outros escritores também tem todo o mérito. Nada foi impensado, tudo é muito analisado, premeditado. E nós trabalhamos muito para que o seriado dê certo apesar de todas as mudanças que somos forçados a fazer.
MB – Qual sua opinião sobre a saída de Nathan da NBA e agora se tornando um agente? Quando conversamos na época da sétima temporada, você me disse que estava esperando que toda a história da NBA fosse explorada. Como você reagiu quando Mark lhe disse que era o fim da carreira de jogador de basquete de Nathan, já que essa foi uma das maiores partes do personagem.
JL – Claro que fiquei decepcionado, mas não tinha nada que eu poderia fazer. Já havíamos explorado todos os ângulos da carreira do Nathan no basquete antes da NBA de todas as formas que poderíamos. Mas nossa relação profissional não poderia ser afetada por isso, já que essa história do Nathan na NBA não estava funcionando logisticamente. Então eu fiquei desapontado, mas ao mesmo tempo, eu sabia que era um daqueles momentos que em devíamos nos adaptar. Tivemos que fazer algo novo e eu me animei quanto a isso. A ideia de o Nathan voltar à escola, se tornar um agente e estar apto a ter mais tempo para Jamie e Haley é muito boa. Eu me interessei por essa ideia porque ela é o que representa o coração do personagem, Nathan é um pai de família. Ele foi um excelente jogador, teve muito sucesso, mas sabia que a qualquer momento deveria voltar para sua família. E então, ele pode fazer isso e eu acho que os fãs gostaram.
MB – No último episódio, Nathan descobriu que foi Ian, o motorista, que quase matou Jamie. Eu sei que você não pode dar muitas informações, mas o que você pode dizer sobre o que vai acontecer, uma vez que o contrato de Ian já foi assinado.
JL – Os fãs estão certos em esperar algum confronto. Mas eu acho que eles ficarão surpresos com o que acontecerá na realidade. Será satisfatório.
MB – Você já fez tanta coisa como Nathan, qual a história que mais se destaca para você? Qual foi a mais desafiadora ou mais divertida?
JL – Nathan teve muitos desafios durante os anos. Eu adoro interpretar todas as dificuldades do relacionamento de Nathan com seu pai e sua família. Os problemas de família, esses sempre foram um desafio para mim porque não é o que eu vivo com a minha própria família. Eu gosto muito disso. Tem muito trabalho para mim como ator ali. Em termos de diversão, toda a história do Slam-ball foi honestamente a coisa mais legal que eu já fiz em toda minha vida. Só de aprender a jogar e pular nos trampolins, trabalhar com todos aqueles caras, foi tudo muito divertido. Não é sempre que você tem a oportunidade de fazer algo como isso. A não ser que eu jogue Slam-ball de novo, eu não acho que vou ter uma experiência como aquela. Sou grato por ter experienciado aquilo uma vez na vida, pelo menos.
MB – Você mencionou os problemas familiares, é óbvio que Nathan e Dan tiveram um relacionamento complexo durante as temporadas. O que você pode dizer sobre o que acontecerá nesse campo, ainda nessa temporada.
JL – Com certeza Nathan e Dan ainda tem questões a serem resolvidas. Por mais que Nathan não fale com o pai, ele pensa muito em Dan. E sente-se culpado por Dan não poder fazer parte da união que a família Scott tem, com Nathan, Haley, Jamie e o bebê que está vindo. Eu acho que esse nascimento vai trazer à tona sentimentos em Nathan, todos relacionados com Dan e com o fato de não tê-lo por perto. Ele sabe que os filhos dele poderiam ter tido um avô. E se isso trará o Dan de volta ou não, não sei, mas é o que parece.
MB – Qual foi a coisa mais valiosa que você aprendeu com One Tree Hill nesses oito anos. Quando a série acabar, o que você levará para sempre com você?
JL – Eu acredito que se a série tivesse durado uma, duas ou três temporadas, eu seria capaz de destacar coisas específicas, mas é impossível destacá-las, já que toda a minha vida adulta tem sido dentro do seriado. Então, tem coisas que você aprende na vida e coisas que você aprende profissionalmente, na carreira. São meus primeiros oito anos como adulto, é difícil colocar isso em palavras. Eu literalmente aprendi tudo lá. E ainda tenho muito mais o que aprender, eu tenho um nível de experiência que muita gente da minha idade acha impossível. E eu sou muito grato por toda essa experiência.
MB – Você gostaria de trabalhar mais como diretor no futuro? Eu sei que você dirigiu alguns episódios em One Tree Hill.
JL – Com certeza. É outro patamar da minha carreira que eu quero desenvolver. Eu estou montando alguns projetos do zero e quero cuidar de tudo. Eu quero seguir muitas coisas na minha carreira que eu apenas tenho que escolher uma e focar. Mas essa é a parte divertida agora.
MB – Qual seria o personagem que você gostaria de interpretar assim que One Tree Hill terminar?
JL – São tantos. Eu adoraria fazer algo que me fizesse me entregar completamente ao personagem e algo bem diferente do que eu tenho feito na série. É uma resposta clichê, eu sei, mas qualquer ator que está saindo da mesma situação que eu quer a mesma coisa. Todos nós queremos nos desafiar. Então, eu digo que o papel dos meus sonhos é algo que me desafie a ser o que eu não sou.
MB – Você é muito envolvido em questões sociais. Você fez jogos de basquete filantrópicos em Wilmington [a cidade onde One Tree Hill é filmada] durante alguns anos e outros eventos do tipo.
JL – Todos são um pouco envolvidos com isso. Eu dei uma relaxada nessa área da minha vida de uns anos para cá. Tinha tanta coisa acontecendo. Eu quero voltar a fazer, o jogo de basquete aconteceu durante 5 anos e era muito bom ver o bem que fazíamos às pessoas. Também era bom estar em contato com os fãs e ter a oportunidade de agradecer a comunidade por todo apoio e por nos receber. E isso é algo que levarei comigo para o resto da minha vida, para onde quer que eu vá. E, de novo, isso é algo que todo mundo tem dentro de si, as pessoas só tem que encontrar tempo para exercitar isso porque é muito importante. É importante ser grato quando você está numa posição privilegiada.
MB – Eu já perguntei isso para seus colegas de elenco, tem alguma pergunta que você sempre quis responder, mas ninguém nunca te perguntou?
JL – Ninguém nunca me perguntou qual meu jogo de vídeo-game favorito. E todo mundo, homem, pelo menos, tem uma vez na vida que gosta de falar sobre vídeo-game. Isso faz parte da vida de todo adolescente. E eu tenho que dizer que a resposta para essa pergunta é que o jogo mais completo que já foi feito é Pac-Man, por muitas razões.
MB – Você ainda joga?
JL – Claro. Sempre que tem uma máquina, toda vez que eu posso colocar alguns centavos ali dentro, eu devoto um pouco do meu tempo ao Pac-Man. É como eu volto às raízes.
MB – Tem mais alguma coisa que você gostaria de falar sobre o James?
JL – Eu gostaria de agradecer aos fãs pelo apoio por todos os anos. Queria agradecer também ao elenco e ao Mark, nós agradecemos os fãs no passado, mas não acho que agradecemos tanto quanto eles merecem por tudo o que eles têm dado a nós. Eu espero que tenhamos dado a eles tanto quanto eles deram a nós. Também gostaria de agradecer aos fãs da série que estão apoiando o Twitter e o blog do projeto Wild Life, que eu, meu irmão, Stephen e Ian estamos fazendo, além dos fãs do projeto, é claro. Isso é muito importante para nós e nós queremos expandi-lo, mas não podemos fazê-lo se os fãs não estiverem interessados e nos apoiarem. Então gostaríamos de agradecê-los.

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