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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Especial A Lenda do Anel de Gyges


Turquia, 13/02/13, 09h18min
-Finalmente chegamos a Anatólia.  –O arqueólogo Martin Carter diz
-Anatólia?   -Sua assistente Betty Cruz questiona
-Sim, a parte asiática da Turquia. Antes era chamada de Anatólia.
-Entendi.
-O Anel de Gyges está nessa área.
-Mas aonde exatamente?
-Temos que encontrar pistas. Não tenho certeza.
  Turquia, 13/02/13, 13h28min.
-Esse almoço estava ótimo. Concorda Betty?
-Concordo.
-Agora vamos ir procurar. Iremos com Mesut Sukur, nossa guia.
-De jipe?
-Aham, algum problema?
-Nenhum, mas é que...
-Não precisa ficar preocupada. Eu sei do seu acidente no passado. Não irá acontecer de novo.
  A viajem começa. O destino é Lídia, antiga região onde supostamente está o Anel de Gyges. Se ele existir, realmente...
-Mas Martin, será que o anel existe mesmo?
-Acredito que sim. É bem provável que exista.
-Mas um anel que tinha o poder de tornar Giges invisível, é provavelmente lenda.
-Então você não acredita Betty?
-Acredito, mas não tenho certeza.
-Você sabe a lenda do Anel de Gyges né?
-Não muita coisa. Apenas que tinha o poder da invisibilidade.
-Irei contar. Giges era um pastor de ovelhas que servia ao soberano da Líbia. Um dia, caiu uma tempestade sobre a região, que acabou abrindo uma fenda no solo, perto de onde estava o rebanho. Giges desceu e encontrou diversas maravilhas, mas o quê mais chamou atenção foi um cadáver com um brilhante anel de ouro no dedo. Ele pegou o anel para si. Sem querer, ele deu uma volta ao engaste do anel para dentro, em direção à parte interna da mão. Com isso, ele ficou invisível, notando que os outros falavam dele, como se Giges não estivesse mais com eles. Virando para fora o engaste, ele se tornava visível novamente.
-Interessante. Ele usou isso para tomar o poder né?
-Sim, ele seduziu a mulher do soberano e com a ajuda dela, o mataram. Com isso, tomou o poder.
-Essa lenda foi contada por Platão, certo?
-Isso.
-Mas e o quê aconteceu com o anel depois?
-Depois que Giges morreu, seu filho Ardis procurou esse anel, mas nunca encontrou. Os indícios são que Giges o perdeu na batalha contra o exército Assírio.
-E depois disso?
-Ninguém sabe realmente. Mas parece que um camponês o levou para casa e guardou num caixinha de madeira.
-E aí que iremos procurar?
-Sim, vamos procurar uma casa.
  Martin, Betty e Mesut procuram por horas, mas está muito difícil de encontrar. Já encontram várias casas, mas nenhuma que fosse a certa. Mas eles não desistam.
  Turquia, 13/02/13, 20h17min.
-Vamos voltar Martin. Continuamos amanhã.
-Mais alguns minutos.
-Chega Martin.
-Lá Masut. Vamos naquela casa.
 Uma casa abandonada, as ruínas. Martin e Betty entram e procuram:
-Achei Betty!
-Achou o anel?
-A suposta caixa. Vou abrir.
-O quê é isso?
-Um papel. Está escrito em turco. Vou perguntar para o Masut. O que está escrito aqui Masut?
-Irei ler. O Anel está enterrado no...
-No quê?
-Não estou entendendo direito. Numa...
-Me deixa ver. Acho que está escrito: Numa tumba.
-Quê tumba seria essa?
-Provavelmente no Rei Giges.
-E onde ela está?
-Eu sei. Vamos.
-Não, hoje não. Amanhã.
  Turquia, 14/02/13, 07h20min.
-Não acredito que me acordar essa hora Martin.
-Quanto antes melhor Betty.
-Ok. Estamos perto?
-Acredito que sim.
  Eles chegam num pequeno cemitério fechado. Martin consegue abrir o portão e eles entram:
-Como abriu esse portão?
-Fácil Betty. Tenho experiência.
-Experiência?
-Isso não é importante agora.
  A tumba está na frente deles. Com picaretas, Martin e Mesut quebram a lápide. Eles encontram o anel com Giges. Martin pega e diz:
-Aqui está o anel. Colocarei no meu dedo.
-Cuidado Martin.
-É só girar o engaste...
-Funcionou Martin. Você desapareceu. Pode voltar Martin. Martin?
  Nada de resposta. Betty se desespera:
-Chega de brincadeiras Martin, reapareça.
-Ele sofreu a maldição.   –Mesut diz
-Que maldição?
-Meu avô uma vez me contou a história do Anel de Gyges. Ele falou que um turco chamado Mohammed Mensor o encontrou. Mas após ficar invisível, nunca mais apareceu novamente.
-E por que só contou isso agora?
-Pensei que soubessem disso.
-Droga... Martin!?
  Lídia, 645 a.C
-Onde eu estou?
-Ashan?
-Quem?
-Sou eu Ashan, Giges.
-Você é Giges, o rei da Lídia?
-Sou. E você é o Ashan.
-Me chamo Martin Carter. Parece loucura, mas eu vim de 2013.
-2013?
-Sim, 2013 d.C. Eu encontrei o seu anel, o usei e vim para cá.
-Curioso. Mas você é muito parecido com o Ashan.
-Quem é Ashan?
-Um velho amigo.
-Mas então, como saio daqui?
-Não poderei te ajudar. Preciso voltar, adeus.
-Espera aí...
  Turquia, 14/02/13, 10h46min
-Você voltou Martin!
-Sim, voltei.
-Estou muito feliz.
  Betty abraça Martin e muda sua feição. Ele olha para Masut e Martin:
-Isso minha querida. Precisamos matar ele.
  Martin e Betty matam Mesut a facadas. Martin diz:
-Muito bem. Agora iremos controlar esse território. Os lendários reis de Lídia estão de volta. Todos irão pagar, por terem nos matado. Iremos restaurar nosso reino.
-Mas que corpo é esse? Essa mulher é horrível.
-Desculpa querida, não tinha outra opção. Quando esse tal de Martin achou o pergaminho que eu escrevi antes de morrer, ele fez aquilo. Você sabe, o Ritual de Ahasut.
-Nunca me falou disso.
-Se um forasteiro acender uma vela e queimar um tipo de erva e colocar no túmulo de um morto, o espírito do morto assume o corpo do forasteiro. E foi isso que eu fiz. Agora vamos nos vingar!
  Os dois não sabem muito o quê fazer. Assassinam algumas pessoas, mas em seguida são mortos pela polícia:
-Nosso plano falhou querida. Desculpa.
-Nós tentamos.
-Eles têm aquele negócio mágico, a magia deles é muito forte. Nunca vi uma coisa que mesmo estando longe, eles apertaram um gatilho e sem nem ver, nos acertaram. Eu falhei...
  Martin Carter e Betty Cruz foram mandados para os EUA, onde foram enterrados. Foram denominados como “Pesquisadores que enlouqueceram.” O anel de Gyges foi enterrado com Martin.

Dirigido por: Milena Garcia e Matheus Mendes
Escrito por: Leonardo Antonini, Rodrigo Naressi, Vinícius Rossi e Oscar Alves

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