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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Madrugada Dolorosa - Piloto - Series Premiere - 1x1


Foi uma semana longa. Passei a semana inteira estudando, me dedicando aos estudos. Estou cursando Agronomia, um sonho meu. Ganhei uma bolsa na UFSM, estou muito feliz. Já estou no 2° semestre.
  Finalmente chegou o fim de semana. Hoje é sábado, então eu e minhas amigas iremos se divertir. Uma deles é muito minha amiga, ela se chama Franciélly e veio comigo junto para cá. Nós somos amigos faz anos, passemos juntos. As outras duas, Júlia e Vanessa, nós as conhecemos aqui.
  É quase onze horas da noite. Elas já chegaram aqui em casa. Vamos sair com o carro da mãe de Vanessa. Entrando no carro, Franciélly diz:
-Demorou Vitor.
-Desculpa. Aonde nós vamos?
-Na Kiss.
-Não conheço.
-É uma boate bem legal.
  Minutos depois, nós chegamos na boate. Ela já tem bastante gente. Eu pergunto pra Franciélly:
-Tem show ao vivo?
-Aham.
-De quem?
-A primeira banda nem me lembro, mas a segunda é a Gurizada Fandangueira.
-Acho que eu conheço.
-Vamos lá.
  Entramos na festa, pegamos a nossa comanda e vamos até a pista. Estamos se divertindo bastante, aproveitando esse final de semana de descanso.
  O show da Gurizada Fandangueira começou. É um grupo bem legal, com músicas empolgantes.
  Num certo momento, algum deles acende um sinalizador. É bonito, mas fiquei preocupado. Está pegando no teto. Será que tem algum perigo? Mas pensei "Não, essa boate é segura".
  Vejo algumas pessoas correndo. Um dos meus colegas de sala passa por mim e diz:
-Vamos sair daqui! Está pegando fogo.
  Eu pego Franciélly pela mão e digo:
-Suba nas minhas costas.
-Por quê?
-Faça isso!
  Ela sobe e então digo para Vanessa:
-Precisamos sair daqui rápido. Vou te pegar no colo.
  Pego ela no colo e digo para Júlia:
-Fique abraçada em mim. Não solte de jeito nenhum. Está entendendo?
-Estou.
  Eu saio o mais rápido que posso. Está muito complicado, tem muitas pessoas na nossa frente. Toda essa força que eu estou fazendo é para me salvar, claro, mas principalmente para salvar as gurias. Se não fosse pela Franciélly, eu nem estaria estudando aqui. Foi ela que me deu apoio, que me ajudou nas horas que eu mais precisei. Eu preciso salvar-lá.
  A boate virou um inferno. Uma fumaça preta domina o ar. Eu já começo a tossir e me sinto sufocado. O ar está acabando. Precisamos sair logo daqui.
  Eu tento chegar na porta, mas é difícil. Vejo pessoas no chão sendo pisadas. Eu quero ajudar, mas não posso. Primeiro preciso tirar minhas amigas desse lugar.
  Com muita luta, consigo chegar na porta. Mas ainda não consigo sair. Tentando sair, alguém segura minha perna. Eu olho para baixo e vejo que é uma garota segurando minha perna. Ela fala:
-Me ajude....
  Isso me afeta demais. Eu não posso fazer nada. Eu preciso salvar as minhas amigas primeiro.
  Quase desmaiando, eu consigo sair da boate. Saio para a rua e solto Vanessa, Franciélly desce e Luiza se solta. Eu pergunto:
-Vocês estão bem?
-Estamos. Cof, Cof.
-Que bom. Eu preciso voltar lá para dentro.
-Você está louco? Não irá para lá não.   -Franciélly diz
-Preciso salvar uma garota. Já volto!
-Não Vitor!
  Eu preciso voltar para dentro. Aquela garota precisa de mim.
  Chegando na porta, eu não encontro ela. Fico procurando e alguns segundos depois, acho ela. Eu a pego no colo e levo para longe. Coloco a minha mão no coração dela e vejo que ainda está batendo. Chegando fora da boate, sinto uma tontura e caio no chão. Sinto que estou morrendo. As garotas se aproximam e eu digo:
-Veja se ela está viva ainda.
  Vanessa coloca a mão no coração dela e nada. Verifica o pulso dela e sente algo. Vanessa me diz:
-Ela ainda está viva.
-A leve para a ambulância.
-Mas e você?
-Faça isso. Meu último pedido.
-O quê?
-Vamos Vanessa! Cof, Cof, Cof.
  Ela finalmente faz o quê eu pedi. Ela leva a guria para a ambulância e socorrem ela. Eu falo para a Franciélly:
-Eu quero que você saiba uma coisa. Eu tinha preparado uma surpresa para você, então pegue do meu bolso.
-Mas...
-Vamos Fran!
  Ela pega o presente do meu bolso. Ela pergunta:
-Não me diga quê...
-É Fran. Eu iria te dar esse colar. E tenho mais uma coisa para dizer: Te amo! Cof, Cof, Cof, Co....f.
  Minha visão escurece. A última coisa que vejo é a Fran chorando e falando:
-Também te amo...

Dirigido por: Patrícia Farias

Escrito por: Rodrigo Naressi

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