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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

The Vampire Diaries: The Awakening: Corram!-1x17


Silenciosamente, Elena, Bonnie e Meredith se dirigiram à colina em direção à Igreja arruinada. O juramento feito com sangue deu-lhes uma sensação solene, e enquanto elas passavam pela Igreja arruianada Bonnie estremeceu. Com o Sol se pondo, a temperatura tinha abaixado abruptamente, e o vento estava subindo. Cada rajada mandava sussuros pela grama e fazia com que as antigas árvores de carvalho agitassem suas folhas suspensas.
  “Eu estou congelando,” Elena disse, parando por um momento no buraco negro que uma vez fora a porta da Igreja e olhando para baixo para a paisagem.
  A Lua ainda não tinha se erguido, e ela apenas podia perceber o antigo cemitério e a Ponte Wickery além dele. O antigo cemitério datava dos dias da Guerra da Secessão, e muitas das lápides tinham nomes de soldados.
  Parecia selvagem; arbustos e grandes ervas daninhas cresciam nas sepulturas, e heras americanas abundavam granitos decadentes. Elena nunca gostara dele.
  “Parece diferente, não? Na escuridão, quero dizer,” ela disse instavelmente. Ela não sabia como dizer o que ela realmente quisera dizer, que não era um lugar para os vivos.
  “Nós podíamos ir pelo caminho longo,” disse Meredith. “Mas isso significaria outros vinte minutos de caminhada.”
  “Eu não me importo ir por esse caminho,” disse Bonnie, engolindo em seco. “Eu sempre disse que queria ser enterrada no antigo.”
  “Dá pra parar de falar sobre querer ser enterrada?” Elena repreendeu, e começou a descer a colina. Mas quando mais ela descia pelo estreito caminho, mais desconfortável ela se sentia. Ela diminuiu até que Bonnie e Meredith a alcançaram. A medida que elas se aproximavam da primeira lápide, seu coração começou a bater mais forte. Ela tentou ignorá-lo, mas toda sua pele estava formigando com percepção e os pelinhos em seus braços estavam levantados. Entre as rajadas de vento, todo som parecia horrivelmente magnífico; o esmagamento de seus pés contra o caminho de folhas espalhadas era ensurdecedor.
  A Igreja arruinada era uma silhueta preta atrás delas agora. O caminho estreito conduzia-se entre as lápides incrustadas com líquen, muitas das quais eram maiores que Meredith. Grandes o bastante para algo se esconder atrás, Elena pensou desconfortavelmente. Algumas das próprias lápides eram amedrontadoras, como a com o querubim que parecia um bebê de verdade, exceto que sua cabeça tinha caído e tinha sido cuidadosamente colocada sob seu corpo. Os grandes olhos da cabeça de granito estavam vazios. Elena não conseguia desviar seu olhar dele, e seu coração começou a golpear.
  “Por que nós estamos parando?” disse Meredith.
  “Eu só... sinto muito,” Elena murmurou, mas quando se forçou a virar ela imediatamente endureceu.
  “Bonnie?” ela disse. “Bonnie, qual é o problema?”
  Bonnie estava encarando diretamente o cemitério, seus lábios separados, seus olhos tão arregalados e vazios quanto os do querubim de pedra. Medo passou pelo estômago de Elena. “Bonnie, pare com isso. Pare! Não é engraçado.”
  Bonnie não respondeu.
  “Bonnie!” disse Meredith. Ela e Elena olharam uma para outra, e de repente Elena sabia que tinha que escapar. Ela girou para começar a descer o caminho, mas uma voz estranha falou atrás dela, e ela se virou rapidamente.
  “Elena,” a voz disse. Não era a voz de Bonnie, mas vinha da boca de Bonnie. Pálida na escuridão, Bonnie ainda estava encarando o cemitério. Não havia expressão em seu rosto de jeito nenhum.
  “Elena,” a voz disse de novo, e acrescentou, a medida que a cabeça de Bonnie virava em direção à ela, “há alguém esperando lá fora por você.”
  Elena nunca soube bem o que aconteceu nos próximos minutos. Algo pareceu se movimentar entre as escuras sombras curvadas da lápide, mudando e se elevando entre elas. Elena berrou e Meredith gritou por ajuda, e então ambas estavam correndo, e Bonnie estava correndo com elas, berrando, também.
  Elena percorreu o estreito caminho, tropeçando em pedras e protuberâncias de raíz de grama. Bonnie estava soluçando por ar atrás delas, e Meredith, a calma e cínica Meredith, estava ofegando selvagemente. Houve uma repentina batida e um som agudo em uma árvore de carvalho acima deles, e Elena descobriu que ela podia correr mais rápido.
  “Há algo atrás de nós,” Bonnie chorou estridentemente. “Ah, Deus, o que está acontecendo?”
  “Vão para a ponte,” arfou Elena através do fogo em seus pulmões. Ela não sabia porque, mas ela sentia que elas tinham que chegar lá. “Não pare, Bonnie! Não olhe para trás!" Ela agarrou a manga da outra garota e a arrastou.
  “Eu não consigo,” Bonnie choramingou, agarrando com força seu lado, seu ritmo hesitando.
  “Sim, você consegue,” resmungou Elena, agarrando a manga de Bonnie novamente e a forçando a continuar se movendo. “Vamos. Vamos!”
  Ela viu o brilho prateado de água perante elas. E ali estava a clareira entre as árvores de carvalho, e a ponte mais à frente. As pernas de Elena estavam tremendo e seu fôlego estava sibilando em sua garganta, mas ela não ia se deixar retardar. Agora ela podia ver as tábuas de madeira da ponte para pedestres. A ponte estava há seis metros delas, três metros, um e meio.
  “Nós conseguimos,” ofegou Meredith, os pés trovejando na madeira.
  “Não parem! Cheguem ao outro lado!”
  A ponte rangeu a medida que elas corriam vacilantemente por ela, seus passos ecoando pela água. Quando ela pulou na terra comprimida na margem distante, Elena por fim soltou a manga de Bonnie, e permitiu que suas pernas cambaleassem e parassem.
Meredith estava curvada, as mãos nos quadris, respirando profundamente. Bonnie estava chorando.
  “O que foi isso? Ah, o que foi isso?” ela disse. “Ainda está vindo?”
  “Eu pensei que você fosse a expert,” Meredith disse instavelmente. “Peloe amor de Deus, Elena, vamos cair fora daqui.”
  “Não, está tudo bem agora,” Elena sussurou. Havia lágrimas em seus próprios olhos e ela estava tremendo, mas o hálito quente na parte de trás de seu pescoço tinha sumido. O rio se esticava entre ela e aquilo, as águas um tumulto escuro.   “Aquilo não pode nos seguir aqui,” ela disse.
  Meredith a encarou, então a outra margem com suas árvores de carvalho agrupadas, então Bonnie. Ela molhou seus lábios e riu brevemente. “Claro. Não pode nos seguir. Mas vamos para casa de qualquer jeito, está bem? A não ser que você queira passar a noite aqui.”
  Algumas sensações inomeáveis estremeceram por Elena. “Não hoje, obrigada,” ela disse. Ela colocou um braço ao redor de Bonnie, que ainda estava fungando. “Está tudo bem, Bonnie. Nós estamos a salvo agora. Vamos.”
  Meredith estava olhando através do rio novamente. “Sabe, eu não vejo nada lá trás,” ela disse, sua voz mais calma. “Talvez não houvesse nada atrás de nós de modo algum; talvez nós simplesmente entramos em pânico e nos assustamos. Com uma ajudinha de nossa sacerdotisa druída aqui.”
  Elena não disse nada a medida que elas começaram a caminhar, mantendo-se muito juntas pelo caminho de terra. Mas ela queria saber. Ela queria muito saber.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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