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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Twilight: Pensando na Decisão Certa - 1x45


Bem, eles eram alguma coisa. Alguma coisa fora das possibilidades de justificações racionais estava acontecendo diante dos meus olhos incrédulos. Fossem os frios de Jacob ou as minhas teorias sobre super-heróis, Edward Cullen não era...humano.
  Ele era algo mais.
  Então- talvez. Essa seria a minha única resposta sobre o assunto no momento.
  E então a pergunta mais importante de todas. O que é que eu ia fazer se fosse verdade?
  Se Edward fosse vampiro - eu mal podia me forçar a pensar nas palavras - então o que eu deveria fazer? Envolver outra pessoa estava absolutamente fora de questão. Nem eu mesma conseguia acreditar; ninguém a quem eu contasse ia me dar bola.
  Só duas opções pareciam práticas. A primeira era seguir o conselho dele: ser inteligente, evitá-lo tanto quanto fosse possível. Cancelar os nossos planos, e voltar a ignorá-lo o máximo que eu pudesse. Fingir que havia uma parede de vidro impenetrável nos separando na aula quando éramos forçados a ficar juntos. Dizer pra ele me deixar em paz- e falar sério dessa vez.
  Eu estava presa num repentino sentimento de agonia quando pensei nessa alternativa.
  Minha mente rejeitou a dor, rapidamente me levando á próxima opção.
  Eu não podia fazer nada de diferente. Afinal, se ele era algo...sinistro, até agora ele não fez nada pra me machucar. Na verdade, Tyler teria muito do que se arrepender se ele não tivesse agido tão rápido. Tão rápido, eu discuti comigo mesma, que pode ter sido simplesmente uma questão de reflexos. Mas se eram reflexos que salvavam vidas, não podia ser tão ruim. Eu considerei. Minha cabeça girava sobre eixos invisíveis.
  De uma coisa eu tinha certeza, se é que eu tinha certeza de alguma coisa. O Edward obscuro no meu sonho da noite passada foi só um reflexo do meu medo das palavras de Jacob, e não de Edward.
  Mesmo assim, quando eu gritei aterrorizada por causa do ataque do lobisomem, não foi o medo do lobo que fez o "não" brotar dos meus lábios. Foi o medo que ele pudesse se machucar- mesmo quando ele me chamou com os caninos expostos, eu temi por ele.
E eu sabia que aí estava a minha resposta. Eu não sabia nem se havia outra escolha, na verdade. Eu já estava envolvida demais. Agora que eu sabia- se eu sabia - eu não podia fazer nada sobre os meus segredos assustadores. Porque quando eu pensava nele, na voz dele, nos seus olhos hipnóticos, a força magnética de sua personalidade, eu não queria nada além de estar com ele agora mesmo.
  Mesmo se... Mas eu não conseguia pensar nisso agora. Não aqui, na floresta escura, não quando a chuva fazia tudo escurecer como o crepúsculo sobre as copas das árvores e pareciam com passos no chão de terra. Eu tremi e me levantei rapidamente do meu local de ocultação, preocupada que de alguam forma a trilha tivesse desaparcido com a chuva.
  Mas estava lá, a salvo e clara, seguindo o seu caminho pelo labirinto respingante.
  Eu a segui apressadamente, meu capuz próximo do meu rosto, me surpreendendo, quando quase me batia nas árvores, com o quanto havia ido longe. Eu comecei a imaginar se eu realmente estava saíndo de la,ou me embrenhando ainda mais nos confins da floresta. Antes que eu tivesse um ataque de pânico, porém, eu comecei a reparar em alguns espaços entre as teias de galhos. E então eu ouví um carro passando na rua, e eu estava livre, a grama de Charlie se estendia na minha frente, a casa me recebendo, prometendo calor e meias secas. Era só meio dia quando eu entrei. Eu subi e me vesti para o resto do dia, jeans e uma camiseta, já que eu ia ficar me casa. Eu não tive que me esforçar muito pra me concentrar na tarefa do dia- um trabalho sobre Macbeth que era pra ser entregue na quarta-feira. Eu me concentrei no perfil do duro projeto contentemente, mais serena do que eu me sentia desde...bem, desde a última quinta-feira, pra ser honesta.
  Esse sempre foi meu jeito, de qualquer forma. Tomar decisões era a parte difícil pra mim, isso eu tinha que reconhecer.
  Mas uma vez que a decisão estivesse tomada, eu simplesmente fazia o que tinha que ser feito- geralmente aliviada por ter tomado uma decisão. Ás vezes o alivio era corrompido pelo desespero, como a minha decisão de vir pra Forks. Mas isso era melhor do que degladiar com as alternativas.
  Essa era uma decisão ridiculamente fácil de aceitar. Perigosamente fácil.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: Observando Elena - 1x46


Novamente não houve som algum além da fricção suave de canetas e o farfalhar de papel.
  “Bom,” disse Elena por fim. “Agora nós só precisamos medir para as diferentes divisões. Alguém vai ter que ir atrás das arquibancadas... O que foi agora?"
  As luzes no ginásio tinham piscado e ficado com energia parcial.
  “Ah, não,” disse Meredith, exasperada. As luzes piscaram de novo, apagaram, e retornaram fracamente mais uma vez.
  “Eu não consigo ler nada,” disse Elena, encarando o que agora parecia ser um pedaço de papel em branco.
  Ela olhou para cima para Bonnie e Meredith e viu duas manchas brancas de rostos.
  “Algo deve estar errado com o gerador de emergência,” disse Meredith. “Eu vou chamar o Sr. Shelby.”
  “Não podemos simplesmente terminar isso amanhã?” Bonnie disse queixosamente.
  “Amanhã é sábado,” disse Elena. “E nós deveríamos ter feito isso semana passada.”
  “Eu vou chamar Shelby,” disse Meredith novamente. “Vamos, Bonnie, você vem comigo.”
  Elena começou, “Nós todas poderíamos ir–” mas Meredith interrompeu.
  “Se todas formos e não o acharmos, então não podemos voltar. Vamos, Bonnie, é do lado de dentro da escola.”
  “Mas está escuro lá fora.”
  “Está escuro em todo lugar; é de noite. Vamos; com duas de nós será seguro.” Ela arrastou uma relutante Bonnie até a porta.   “Elena, não deixe ninguém entrar.”
  “Como se você tivesse que me dizer isso,” disse Elena, deixando-as sair e então observando-as marcharem pelo corredor. No momento em que elas começaram a se mesclar com a obscuridão, ela voltou para dentro e fechou a porta.
  Bem, essa era uma bela bagunça, como sua mãe costumava dizer. Elena foi até a caixa de papelão que Meredith tinha trazido e começou a empilhar e arquivar pastas e cadernos de volta.  Nessa luz ela podia vê-los somente como formas vagas. Não havia som algum além de sua própria respiração e dos sons que ela fazia.
  Ela estava sozinha nesse salão enorme e turvo–
  Alguém a estava observando.
  Ela não sabia como sabia disso, mas tinha certeza. Alguém estava atrás dela no escuro ginásio, observando. Olhos na escuridão, o velho tinha dito. Vickie tinhaa dito isso, também. E agora havia olhos nela.
  Ela virou-se rapidamente para encarar o salão, forçando seus próprios olhos para ver as sombras, tentando nem respirar. Ela estava aterrorizada de que se fizesse um som a coisa lá fora a pegaria. Mas ela não conseguia ver nada, escutar nada.
  As arquibancadas estavam turvas, formas ameaçadoras se esticando no nada. E a margem distante do salão era simplesmente uma bruma cinza monótona. Neblina escura, ela pensou, e pode sentir cada músculo agonizantemente tenso enquanto escutava desesperadamente. Oh Deus, o que foi aquele suave som murmurante? Devia ser sua imaginação... Por favor deixe isso ser sua imaginação.
  De repente, sua mente ficou clara. Ela tinha que sair desse lugar, agora. Havia perigo de verdade aqui, não apenas fantasia. Algo estava lá fora, algo malvado, algo que a queria. E ela estava sozinha.
  Algo se moveu nas sombras.
  Seu grito congelou-se em sua garganta. Seus músculos se congelaram, também, parados imóveis pelo seu pavor - e por alguma força sem nome. Desamparadamente, ela observou enquanto o formato na escuridão se movia para fora das sombras e em direção a ela. Parecia quase como se a própria escuridão tivesse voltado à vida e estivesse coalescendo enquanto ela observava, tomando uma forma – uma forma humana, a forma de um homem jovem.
  “Sinto muito se a assustei.”
  A voz era agradável, com um ligeiro sotaque que ela não conseguia identificar. Não parecia nem um pouco arrependida.
  O alívio foi tão repentino e completo que era doloroso.  Ela desmoronou e ouviu sua própria respiração suspirar.

Escrito por: Lisa Jane Smith

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Twilight: Os Cullen são Vampiros? - 1x44


E então, outro problema, que eu lembrei de um pequeno número de filmes que eu havia assistido e que foi trazido á tona pela leitura de hoje - vampiros não deviam poder sair de dia, o sol poderia transaformá-los em cinzas. Eles dormem em caixões o dia inteiro e só saem á noite.
  Importunada, eu desliguei o computador no botão pricipal, sem esperar pra que ele desligasse apropriadamente. Apesar da minha irritação, eu estava extremamente envergonhada. Era tudo tão estúpido. Eu estava sentada no meu quarto, pesquisando
sobre vampiros. O que é que havia de errado comigo? Eu decidí que grande parte da culpa estava na entrada de Forks - uma península inteira, pra falar a verdade.
  Eu queria sair de casa, mas não havia nenhum lugar que eu quisesse ir que ficasse a menos de três dias de viagem de carro.
Eu calcei as minhas botas mesmo assim, sem ter certeza de pra onde eu iria, e desci as escadas. Eu vesti o meu casaco de chuva sem olhar o clima e saí porta á fora.
  Estava nublado, mas ainda não estava chuvendo. Eu ignorei minha caminhonete e comecei a avançar á norte a pé, virando no quintal de Charlie e andando em direção á floresta. Não demorou muito até que eu já estivesse longe o suficiente da casa pra não ver mais a estrada, pra que o único som audível fosse o som dos meus passos na terra e as gotas de orvalho que caiam das copas.
  Haviam um leve rastro da trilhas que guiava o caminho pra dentro da floresta, de outra forma eu jamais me arriscaria a ir lá sozinha daquele jeito. Meu senso de direção era desastroso; eu podia me perder em lugares muito mais seguros. A trilha continuava mais e mais funda dentro da floresta, mais longe do que eu podia dizer. Ela passava pelas árvores ordenadas e pelas cicutas, pelas madeiras de teixos e pelos arbustos. Eu só conhecia vagamente as árvores ao meu redor, e o que eu sabia era só de ver Charlie apontando elas pra mim da viatura há anos atrás. Muitas delas eu não conhecia, outras delas eu não tinha como ver porque elas estava completamente cobertas de parasitas verdes.
  Eu segui na trilha tão longe quanto a minha raiva me levou. Quando ela começou a abrandar, eu diminui o ritmo. Algumas gotas cairam em mim da árvore sobre minha cabeça, mas eu não sabia dizer se era de uma chuva que estava começando ou do
orvalho de ontem, que estava nas folhas, que agora estavam lentamente voltando para a terra. Uma árvore recentemente derrubada - eu sabia que era recente porque ela ainda não estava completamente coberta de musgos - descansava sobre o tronco de outra das suas irmãs, criando um banquinho a apenas uns poucos passos da trilha. Eu passei pelos galhos e cuidadosamente, me certificando de que a minha jaqueta estava entre o ascento sujo e as minhas roupas onde quer que elas tocassem, e inclinei minha cabeça protegida com o capuz contra a árvore ainda em pé.
  Esse foi o lugar errado pra vir. Eu devia ter advinhado, mas onde mais eu poderia ter ido? A floresta era de um verde escuro e se parecia demais com a cena do sonho de ontem pra permitir á minha mente um pouco de paz. Agora que já não haviam mais os sons de passos, o silêncio era penetrante.
  Os pássaros estavam quietos, também, e as gotas caiam com uma certa frequência, então devia ser a chuva. As samambaias ficavam mais altas que eu, agora que eu estava sentada, e eu sabia que alguém podia andar entre os troncos a três passos de distância e não me enxergar.
  Aqui entre as árvores era muito mais fácil acreditar nos absurdos que haviam me deixado envergonhada em casa.
  Nada mudou nesse floresta por milhares de anos, e todos os mitos e lendas de centenas de locais diferentes me pareciam muito mais possíveis aqui do que no meu quarto.
  Eu me forcei a focar nas duas perguntas mais vitais que eu tinha que responder, mas eu fiz isso sem vontade.
  Primeiro, eu tinha que decidir se a história que Jacob me contou sobre os Cullen podia ser verdade.
  Imediatamente minha mente respondeu com um ressonante não. Era ridículo e mórbido pensar em tais coisas. Mas o que, então? Eu perguntei a mim mesma.
  Não havia nenhuma explicação razoável que explicasse como eu estava viva nesse momento. Eu escutei mais uma vez na minha cabeça as coisas que eu observei sozinha: a incrível velocidade, a força, os olhos mudando de preto pra dourado e preto de novo, a beleza inumana, a pele pálida, gelada. E mais - pequenas coisas que se registraram lentamente - como eles nunca comiam, a graça perturbadora com a qual se movimentevam. E o jeito como eles falavam , com um sotaque pouco familiar e frases
que se encaixariam melhor num romance da virada do século do que numa sala de aula do século vinte e um.
  Ele faltou a aula no dia em que fariamos o teste sanguínio. Ele não disse que não iria para a praia até que eu disse pra onde íamos. Ele parecia saber o que todos ao redor dele estavam pensando... exceto eu.
  Ele haviam me dito que o vilão, perigoso...
  Poderiam os Cullen ser Vampiros?

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: A Casa Assombrada - 1x45


Elena concordou, olhando para cima e para baixo no grande salão vazio. Todo ano o Conselho Estudantil organiza a Casa Assombrada como uma festa para arrecadação de fundos. Elena tinha estado no comitê de decoração nos últimos dois anos, junto com Bonnie e Meredith, mas era diferente ser a presidente. Ela tinha que tomar decisões que afetariam a todos, e ela não podia nem ao menos recorrer no que fora feito nos anos anteriores.
  A Casa Assombrada era geralmente feita em depósito de madeira, mas com o crescente desconforto na cidade foi decidido que o ginásio da escola era mais seguro. Para Elena, isso significava repensar todo o design interior, e com menos de três semanas agora para o Dia das Bruxas.
  “Na verdade é bem fantasmagórico aqui,” disse Meredith silenciosamente. E havia algo perturbador em estar em um grande salão fechado, Elena pensou. Ela se achou abaixando o volume de sua voz.
  “Vamos medir primeiro,” ela disse. Elas se moveram pelo salão, seus passos ecoando de forma oca.
  “Certo,” disse Elena quando elas terminaram. “Vamos trabalhar.” Ela tentou se livrar da sensação de desconforto, dizendo à si mesma que era ridículo se sentir insegura no ginásio da escola, com Bonnie e Meredith ao seu lado e todo o time de futebol americano praticando a nem 180 metros de distância.
  As três sentaram-se nas arquibancadas com canetas e cadernos em mão. Elena e Meredith consultaram seus esboços de design dos anos anteriores enquanto Bonnie mordia sua caneta e olhava ao redor pensativamente.
 “Bem, aqui está o ginásio,” disse Meredith, fazendo um rápido esboço em seu caderno. “E aqui está onde as pessoas vão entrar. Poderíamos colocar o Cadáver Sangrento bem no final... A propósito, quem será o Cadáver Sangrento esse ano?”
  “Treinador Lyman, eu acho. Ele fez um bom trabalho ano passado, e ele ajuda a controlar os caras do futebol americano."   Elena apontou para o esboço delas. “Está bem, vamos dividir isso e fazer a Câmara de Tortura Medieval. Eles sairão direto dali e entrarão na Sala dos Mortos-Vivos...”
  “Eu acho que deveríamos ter druídas,” disse Bonnie abruptamente.
  “Ter o quê?” disse Elena, e então, enquanto Bonnie começava a gritar “druí-das,” ela acenou uma mão reprimindo. “Está certo, está certo, eu me lembro. Mas por quê?”
  “Porque foram eles que inventaram o Dia das Bruxas. Sério. Começou como um de seus dias sagrados, quando eles faziam fogueiras e colocavam nabos com rostos entalhados neles para manter os espíritos do mal afastados. Eles acreditavam que era o dia quando a linha entre os vivos e os mortos estava mais fina. E eles eram assustadores, Elena. Eles executavam sacrifícios humanos. Nós podíamos sacrificar o Treinador Lyman.”
  “Na verdade, não é uma má idéia,” disse Meredith. “O Cadáver Sangrento podia ser um sacrifício. Sabe, em um altar de pedra, com uma faca e poças de sangue ao redor. E então quando você chega bem perto, ele de repente se senta.”
  “E te dá insuficiência cardíaca,” disse Elena, mas ela tinha que admitir que era uma boa idéia, definitivamente assustador.   A fazia se sentir um pouco nauseada só falando sobre isso. Todo aquele sangue... mas era só xarope de milho, sério.
  As outras garotas ficaram quietas, também. Do vestiário dos garotos ao lado, elas podiam ouvir o som da água correndo e armários batendo, e por cima disso vozes indistintas gritando.
  “O treino acabou,” murmurou Bonnie. “Deve estar escuro lá fora.”
  “Sim, e o Nosso Herói está ficando todo molhado,” disse Meredith, erguendo uma sobrancelha para Elena. “Quer espiar?”
  “Bem que eu queria,” disse Elena, só parcialmente brincando.  De algum jeito, indefinidamente, a atmosfera na sala tinha obscurecido.
  Bem nesse momento ela desejou poder ver Stefan, poder estar com ele.
  “Você escutou mais alguma coisa sobre Vickie Bennett?” ela perguntou repentinamente.
  “Bem,” disse Bonnie depois de um momento, “Eu escutei que os pais dela vão levá-la para um psiquiatra.”
  “Um psiquiatra? Por quê?”
  “Bem... eu acho que eles pensam que aquelas coisas que ela nos disse eram alucinações ou algo assim. E eu escutei que os pesadelos dela são bem ruins.”
  “Oh,” disse Elena. Os sons do vestiário dos garotos estavam se dissipando, e elas ouviram uma porta de fora se fechar.   Alucinações, ela pensou, alucinações e pesadelos. Por alguma razão, ela se lembrou de repente daquela noite no cemitério, daquela noite quando Bonnie as mandou correrem de algo que nenhuma delas podia ver.
  “É melhor voltarmos aos negócios,” disse Meredith. Elena saiu de seu devaneio e concordou.
  “Nós... nós podíamos ter um cemitério,” Bonnie disse hesitantemente, como se estivesse lendo os pensamentos de Elena. “Na Casa Assombrada, quero dizer.”
  “Não,” disse Elena severamente. “Não, vamos simplesmente ficar com o que temos,” ela acrescentou em uma voz mais calma, e inclinou seu bloco novamente.

Escrito por: Lisa Jane Smith


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Twilight: Pesquisa sobre Vampiros - 1x43


Eu sentei, minha cabeça rodou um pouco enquanto o sangue descia. Primeiras coisas primeiro, eu pensei comigo mesma, feliz por adiar aquelas coisas pelo máximo de tempo possível. Eu levei minha bolsa para o banheiro.
  O banho, porém, não demorou tanto quanto eu esperava. Mesmo demorando para secar meu cabelo, eu logo estava sem coisas pra fazer no banheiro. Eu me enrolei numa toalha e fui para o meu quarto. Eu não sabia se Charlie ainda estava dormindo ou se já havia saído. Eu fui olhar pela janela, a viatura não estava mais lá.
  Pescaria de novo.
  Eu me vestí lentamente com o meu sweater mais confortável e então arrumei minha cama- algo que eu nunca fiz. Eu não podia mais adiar. Eu fui para a minha mesa e liguei meu velho computador.
  Eu odiava usar a Internet aqui. Meu modem era tristemente ultrapassado, meu serviço grátis era inferior; só a conexão demorou tanto que eu decidi ir buscar um tigela de cereal para mim enquanto eu esperava.
  Eu comi vagarosamente, mastigando cada pedaço cuidadosamente. Quando eu terminei, eu lavei a tigela e a colher, sequei os dois e guardei. Meus pés se arrastavam enquanto eu subia pela escada. Eu fui até o meu CD player primeiro, pegando ele do chão e colocando-o precisamente no centro da mesa. Eu tirei os fones, e então os guardei na gaveta da mesa. Então eu liguei o Cd, colocando nas músicas mais barulhentas.
  Com outro suspiro, eu me virei para o computador. Naturalmente a tela estava lotada de pop-ups. Eu sentei na minha cadeira e comecei a fechar todas as janelinhas.
  Eventualmente eu conseguí entar no meu site de buscas favorito. Eu fechei mais alguns pop-ups e digitei uma só palavra.
  Vampiro.
  Levou um tempo enlouquecedor, é claro. Quando os resultados apareceram, havia muito o que peneirar -tudo de filmes e programas de Tv á jogos de Vídeo-game, bandas de metal, e companias de cosméticos góticas.
  Então eu achei um site que parecia promissor - Vampiros de A á Z.
  Eu esperei pacientemente até que ele baixasse, clicando rapidamente em todas as janelinhas que apareciam na tela. Finalmente a tela estava completa - um fundo branco simples com letras pretas, com escrita acadêmica. Duas frases me saudaram na página inicial: Pelo vasto mundo obscuro dos fantasmas e demônios não existe figura tão terrível, nenhuma figura tão horripilante e detestável, mesmo assim causadora de tal fascinação, como o vampiro, que é nem fantasma nem demônio, mas ainda assim, divide a natureza obscura e possue as terríveis e misteriosas qualidades de ambos.- Reverendo Montague Sommers.
  Se existe no mundo uma coisa tão bem-atestada, essa coisa são os vampiros. Provas não faltam - entrevistas oficiais, testemunhos de pessoas conhecidas, de cirurgiões, de padres, de magistrados; as provas judiciais são mais completas. E com
tudo isso, quem é que não acredita em vampiros?- Rousseau
  O resto do site era uma lista em ordem alfabética dos diferentes mitos envolvendo vampiros ao redor do mundo. O primeiro no qual eu cliquei, o Danag, era um vampiro das Filipinas supostamente responsável por trazer o tarô para as ilhas há muito tempo atrás. O mito ainda contava que Danag trabalhou com os humanos durante muitos anos,mas a parceria acabou quando uma mulher cortou o seu dedo e o Danag sugou toda a sua vitalidade, gostando tanto do sabor do seu sangue que acabou drenando totalmente o sangue do seu corpo.
  Eu li cuidadosamente todas as descrições, procurando por alguma coisa que me parecesse familiar, pra não dizer plausível. Parecia que a maioria das histórias de vampiros possuiam lindas mulheres como demônios e crianças como vítimas; eles
pareciam querer criar histórias para explicar os altos índices de mortalidade entre as crianças,e criar para os homens uma boa desculpa para serem infiéis.
  Muitas das histórias envolviam espíritos desencarnados e avisos sobre enterros impróprios.
  Nada se parecia muito com o que eu via nos filmes, só alguns poucos, como o Hebreu Estrie e o polonês Upier, que ocasionalmente estavam ocupados bebendo sangue.
  Só três links me chamaram a atenção: O romênio Varacolaci, um morto-vivo poderoso, que podia aparecer como um humano lindo, com a pele pálida; o Eslovaco Nelapsi, uma criatura tão forte e veloz que pode um vilarejo inteiro em apenas uma hora depois da meia-noite; e um outro,o Stregoni benefici. Sobre esse havia penas uma breve frase.
  Stregoni benefici: Um vampiro italiano, destinado a ser do lado do bem, e inimigo mortal dos vampiros maus.
  Era um alivio, aquele link, o único mito que aclamava a existência de vampiros do bem.
  No geral,porém, havia pouco que coincidisse com as histórias de Jacob ou com as minhas próprias observações. Eu fiz um pequeno catálogo na minha mente enquanto eu lia e cuidadosamente comparava cada mito. Velocidade, força, beleza, pele pálida, olhos que mudam de cor. E então o critério de Jacob: bebedores de sangue, inimigos dos lobisomens, peles frias e imortais.
  Haviam muito poucos mitos que se encaixavam em cada fator.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: Pensando só em Stefan - 1x44



  Eu te digo outra pessoa que Não está Satisfeita. Caroline. Aparentemente ela o esteve arrastando à sala de fotografia na hora do almoço todo dia, e quando ele não apareceu hoje ela foi procurar até que nos achou. Pobre Stefan, ele tinha esquecido dela por completo, e ele ficou chocado consigo mesmo. Assim que ela saiu – um tom asqueiroso e doentio de verde, devo acrescentar – ele me disse como ela tinha se ligado à ele na primeira semana de escola. Ela disse que tinha notado que ele não comia no almoço e ela também não, já que estava de dieta, e por que não iam à algum lugar silencioso e relaxante? Ele não dizia realmente nada ruim sobre ela (o que eu acho que é sua idéia de boa educação novamente, um cavalheiro não faz isso), mas ele disse que não havia nada entre eles. E para Caroline eu acho que ser esquecida é pior do que se ele tivesse jogado pedras nela.
  Eu me pergunto por que Stefan não come no almoço, contudo. É estranho para um jogador de futebol.
Oh-ou. O Sr. Tanner acabou de vir até aqui e eu joguei meu caderno em cima desse diário bem a tempo. Bonnie está abafando o riso atrás de seu livro de história, e eu posso ver seus ombros chacoalhando. E Stefan, que está na minha frente, parece tão tenso quanto se ele fosse saltar de sua cadeira a qualquer minuto. Matt está me lançando um olhar “sua louca” e Caroline está olhando furiosamente. Eu estou sendo muito, muito inocente, escrevendo com meus olhos fixos em Tanner à frente. Então se isso está um tanto vacilante e bagunçado, você entenderá porque.
  No último mês, eu realmente não fui eu mesma. Eu não fui capaz de pensar claramente ou me concentrar em algo exceto Stefan. Há tanto que eu deixei por fazer que eu me sinto quase assustada. Eu devia estar no comando da decoração da Casa Assombrada e eu nem fiz nada sobre isso ainda. Agora eu tenho exatas três semanas e meia para organizá-la – e eu quero ficar com Stefan.
  Eu poderia sair do comitê. Mas isso deixaria Bonnie e Meredith com o peso nas costas. E eu fico lembrando do que Matt disse quando eu pedi à ele para fazer Stefan vir ao baile: “Você só quer todos e tudo girando ao redor de Elena Gilbert.”
  Isso não é verdade. Ou pelo menos, se foi no passado, eu não vou mais deixar ser verdade. Eu quero – ah, isso vai soar completamente estúpido, mas eu quero ser digna de Stefan. Eu sei que ele não iria decepcionar os caras do time para satisfazer sua própria comodidade. Eu quero que ele tenha orgulho de mim.
  Eu quero que ele me ame tanto quanto eu o amo.
 
  “Se apressa!” chamou Bonnie da entrada do ginásio. Ao lado dela o zelador da escola, Sr. Shelby, estava esperando.
Elena deu uma olhada nas imagens distantes no campo de futebol americano, então relutantemente cruzou o asfalto para se juntar à Bonnie.
  “Eu só queria dizer à Stefan onde eu estou indo,” ela disse. Depois de uma semana com Stefan, ela ainda sentia a onda de excitação só por dizer seu nome. Toda noite essa semana ele tinha vindo à sua casa, aparecendo na porta por volta do pôr-do-sol, as mãos nos bolsos, usando sua jaqueta com o colarinho virado para cima. Eles geralmente davam uma caminhada ao anoitecer, ou sentavam na varanda, conversando. Apesar de nada ser dito sobre isso, Elena sabia que esse era o jeito de   Stefan ter certeza que eles não ficavam sozinhos juntos em privacidade. Desde a noite do baile, ele tinha tido certeza disso. Protegendo sua honra, Elena pensou ironicamente, e com sofrimento, porque ela sabia em seu coração que era mais do que só isso.
 “Ele pode viver sem você por uma noite,” disse Bonnie insensivelmente. “Se você for falar com ele você nunca vai se afastar, e eu gostaria de chegar em casa em tempo de algum tipo de jantar.”
  “Olá, Sr. ”Shelby,” disse Elena para o zelador, que ainda estava pacientemente esperando. Para sua surpresa, ele fechou um olho em uma piscadela solene para ela. “Onde está Meredith?” ela acrescentou.
  “Aqui,” disse uma voz atrás dela, e Meredith apareceu com uma caixa de papelão de pastas de arquivos e cadernos em seus braços. “Eu peguei o negócio do seu armário.”
  “São só vocês?” disse o Sr. Shelby. “Muito bem, agora, vocês garotas fechem e tranquem a porta, escutaram?
  Desse jeito ninguém pode entrar.’
  Bonnie, pronta para entrar, parou brevemente.
  “Tem certeza de que já não tem alguém dentro?” ela disse cautelosamente.
  Elena deu-lhe um empurrão entre as omoplatas. “Se apressa,” ela mimicou maldosamente. “Eu quero chegar em casa em tempo do jantar.”
  “Não tem ninguém dentro,” disse o Sr. Shelby, sua boca retorcendo debaixo de seu bigode. “Mas vocês garotas gritem se quiserem algo. Eu estarei por perto.”
  A porta fechou atrás delas com um curioso som final.
  “Trabalho,” disse Meredith resignadamente, e colocou a caixa no chão.

Escrito pro: Lisa Jane Smith

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Dexter: A Mão Esquerda de Deus: Capítulo 2 - 1x2


Fomos para o sul, calados por mais cinco minutos, com exceção do som dos pneus, do vento e da grande Lua lá em cima tocando sua poderosa música nas minhas veias e observador cuidadoso rindo baixo no furioso pulsar da noite. _Vire!_ repeti, e ele virou num golpe súbito, como se estivesse esperando pela ordem desde sempre. Mal dava para ver a pequena estrada suja. Quase
era preciso saber que ela existia. Mas eu sabia. Já havia estado lá. A estrada tinha uns dois quilômetros, fazia três curvas na grama aparada e arborizada e seguia um pequeno canal ate o pântano e a clareira. meio século antes, alguém tinha construído uma casa lá. Ela continuava quase inteira. Era grande. Tinha três quartos e a metade do telhado; estava completamente abandonada há anos. Menos a velha horta no quintal lateral. Ela indicava ter sido cavada pouco tempo antes. _Pare o carro_ mandei, quando os faróis iluminaram a casa decadente. O padre Donavan obedeceu com um golpe brusco do corpo. O medo estava grudado nele, os braços e as idéias estavam duros. _Desligue o carro_ mandei outra vez, e ele desligou. De repente, ficou tudo muito silencioso.
  Algumas coisas pequenas chilreou numa árvore. O vento soprava com a força da grama. Depois, mais silêncio, tão grande que quase engoliu o rugido da música noturna dentro do meu eu secreto. _Saia_ mandei. O padre Donavan não se mexeu. Estava olhando a horta. Havia sete montinhos de terra. Pareciam bem escuros a luz da lua. O padre Donavan deve tê-los achado mais escuro ainda.
  Continuou parado. Puxei bem o laço, mais do que ele achava que poderia agüentar, mais do que poderia imaginar que fosse acontecer com ele. Arqueou as costas no assento do carro, as veias saltaram na testa e ele pensou que ia morrer. Mas não ia. Ainda não. Na verdade, faltava um bom tempo. Abri a porta com um chute e puxei-o atrás de mim, só para ele sentir a minha força. Caiu pesadamente no chão arenoso e serpenteou como uma cobra ferida. O passageiro das trevas riu, gostou e fiz a minha parte. Apoiei a bota no peito do padre e mantive o laço apertado. _Faça o que
eu mandar. Tem que fazer_ expliquei. Inclinei-me e com, cuidado, desapertei o laço_ É importante que saiba disso. Ele me ouviu. Os olhos estavam vermelhos de medo e dor, escorriam lagrimas pela cara, olhou para mim num lampejo de compreensão e tudo o que ia acontecer estava lá para ele ver.
  Ele viu. E percebeu como era importante que fosse obediente. Começou a saber. _Levante-se_ mandei. Devagar,bem devagar,sempre de olho em mim, ele se levantou. Ficamos assim por um bom tempo, nos olhando, nos transformando numa só pessoa com a mesma necessidade, depois ele tremeu. Levantou a mão quase até a cara e deixou-a  cair. _Para a casa_ eu disse, bem baixo. Na casa, estava tudo pronto. O padre olhou para baixo. Olhou para mim, mais não conseguia mais ver. Virou para a casa e parou ao ver de novo os montes escuros de terra na horta. Queria me olhar, mais não conseguia, depois de ver de novo aqueles montes escuros iluminados pela lua. Rumou para a casa e segurei a corda. Caminhou obediente, de cabeça baixa, uma vitima boa e dócil. Subiu os cinco degraus, passou pela varanda estreita e chegou á porta da frente, que estava bem fechada.   O padre Donavan parou. Não olhou. Não me olhou.
  _Entre_ mandei,com minha suave voz de comando. O padre tremeu. _Entre_ repeti. Mas ele não conseguia. Passe o braço por cima dele e abri a porta. Empurrei o padre com o pé. Ele tropeçou, endireitou o corpo, entrou, e ficou de olhos bem fechados. Fechei a porta. Acendi o pequeno abajur de pilha que tinha deixado no chão, ao lado da porta. _Olhe_ sussurrei. O padre abriu um olho lentamente e cuidadosamente. Estremeceu de pavor. O tempo congelou para o padre Donavan.
  _Não_ ele disse. _Sim_ eu disse. _Ah, não_ ele disse. _Ah, sim_ eu disse. Ele gritou._ NÃÃÃÃO ! Puxei o laço. O grito foi interrompido e ele caiu de joelhos. Soltou um som rouco, úmido e lamentoso, cobriu o rosto._É, está uma grande bagunça, não? _ perguntei. Mexeu a cara toda para fechar os olhos. Naquele momento, não conseguia olhar, pelo menos do jeito que estava o lugar.
  Não o culpei, não mesmo, pois estava uma grande bagunça. Fiquei aborrecido de saber que estava assim, já que eu tinha preparado o lugar para ele. Mas ele tinha de ver. Tinha. Não apenas para mim. Não apenas para o passageiro das trevas. Era para ele. Ele tinha de ver. E não estava vendo. _Abra os olhos, padre Donavan_ mandei. _Por favor_ ele pediu, num pequeno lamento terrível. Aquilo me deu nos nervos, não devia, era preciso manter um controle gélido, mais me atingiu na cara ao ver
aquela confusão no chão e chutei suas pernas por trás. Apertei bem o laço, segurei-o por trás do pescoço com a mão direita e enfiei sua cara no sujo piso de madeira empenada. Havia pouco sangue no chão e isso me deixou mais louco. _Abra, abra os olhos. Abra AGORA. Olhe._ Agarrei-lhes os cabelos e puxei sua cabeça para trás._ Faça o que eu mandar. Olhe. Senão eu corto suas pálpebras._ ameacei. Fui bem convincente. Ele então olhou. Fez o que mandei. Olhou.

Escrito por: Jeff Lindsay

Twilight: Sonho Real? - 1x42


Eu disse a Charlie que tinha um monte de dever de casa pra fazer, e que não queria nada pra comer. Haviam um jogo de Basquete sobre o qual ele tava todo exitado, apesar de que eu não conseguia imaginar o que havia de tão especial sobre isso, então ele não estava prestando atenção em nada diferente no meu rosto ou no meu tom.
  Quando eu cheguei no meu quarto, eu tranquei a porta. Eu cavei na minha mesa até encontrar meus velhos fones, e pluguei eles no meu CD player. Eu peguei um CD que Phil havia me dado de Natal. Era de uma das minhas bandas favoritas, mas eles usaram baixo e agudo demais pro meu gosto. Eu o coloquei no lugar e deitei na cama. Eu coloquei os fones, apertei Play, e aumentei o volume até que machucou os meus ouvidos. Eu fechei meus olhos,mas a luz ainda incomodava, então eu coloquei um
travesseiro em cima do meu rosto.
  Eu me concentrei bem calmamente na música, tentando entender a letra, para desvendar os complicados padrões da bateria. Na terceira vez que eu ouví o CD, eu conhecia pelo menos as letras dos refrões. Eu estava surpresa de ver que no fim eu realmente gostei da banda, assim que eu consegui ultrapassar o barulho. Eu teria que agradecer ao Phil mais
um vez.
  E funcionou. O barulho perturbador tornou impossível pensar- que era o propósito da tentativa. Eu ouví o CD de novo e de novo, até que eu estava acompanhando todas as músicas, até que, finalmente, eu peguei no sono.
  Eu abri meus olhos num lugar familiar. Consciente em algum lugar da minha mente de que eu estava sonhando, eu reconhecí a luz verde da floresta. Eu podia ouvir as ondas batendo nas rochas em algum lugar próximo. E eu sabia que se eu encontrasse o oceano, eu encontraria o sol, mas então, Jacob Black estava lá, apertando a minha mão, me levando de volta para a parte escura da floresta.
  "Jacob? Qual é o problema?", eu perguntei. Seu rosto estava assustado enquanto ele lutava com todas as suas forças contra a minha resistência; eu não queria voltar para o escuro.
  "Corra, Bella, você precisa correr", ele cochichou, aterrorizado.
  "Por aqui, Bella" eu ouvia a voz de Mike me chamando por dentro das árvores escuras,mas eu não conseguia vê-lo.
  "Porque?", eu perguntei, ainda lutando contra Jacob, agora desesperada para achar o sol.
  Mas Jacob largou a minha mão e ganiu, tremendo de repente, caindo no chão escuro da floresta. Ele se contorcia enquanto eu observava cheia de horror.
  "Jacob!", eu gritei. Mas ele tinha sumido. Em seu lugar havia um grande lobo com um pêlo marrom-avermelhado com olhos pretos. O lobo foi pra longe de mim, em direção á costa, os pêlos nos seus ombros estavam oriçados, leves urros saindo entre os seus caninos expostos.
  "Bella, corra", Mike chamou de novo atrás de mim. Mas eu não me virei. Eu estava vendo uma luz se aproximar de mim vindo da praia.
  Então Edward saiu de dentro das árvores, sua pele brilhando fracamente, seus olhos negros e perigosos. Ele levantou uma mão e me convidou a ir com ele. O lobo ganiu á meus pés.
  Eu dei um passo, indo na direção de Edward.
  "Confie em mim", ele pediu.
  Eu dei outro passo.
  O lobo se lançou no espaço entre eu e o vampiro, os caninos virados na direção da jugular.
  "Não!", eu acordei pulando na minha cama.
  Meu movimento súbito fez com que os fones puxassem o CD player da mesa e ele fez um ruído enorme no chão de madeira.
  Minha luz ainda estava acesa, e eu estava completamente vestida na cama, de sapatos.
  Eu olhei, desorientada, para o relógio na minha penteadeira. Eram cinco e meia da manhã.
  Eu gemi, caí pra trás, e rolei sobre o meu rosto, chutando as minhas botas. Mesmo assim, eu estava desconfortável demais pra chegar em qualquer lugar próximo do sono.
  Eu rolei de volta e desabotoei o meu jeans, tirando eles de uma forma estranha enquanto eu tentava ficar na horizontal. Eu podia sentir a trança no meu cabelo, um volume desconfortável contra o meu crânio. Eu me virei de lado e tirei o elástico, rapidamente desfazendo a trança com os meus dedos. Eu coloquei o travesseiro sobre os meus olhos.
  Foi inútil, é claro. Meu subconsciente havia drenado todas as imagens que eu estava tentando evitar tão desesperadamente.   Eu ia ter que enfrentá-las agora.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: Ele Gosta de Mim ou Não? - 1x43


7 de outubro, por volta das 8 da manhã.
  Querido Diário,
  Estou escrevendo isso durante a aula de trigonometria, e eu só espero que a Srta. Halpern não me veja.
  Eu não tive tempo de escrever ontem à noite, apesar de eu querer. Ontem um dia louco e confuso, exatamente como a noite do Baile de Boas-Vindas. Sentada aqui na escola essa manhã eu quase sinto como se tudo que aconteceu nesse final-de-semana foi um sonho. As coisas ruins foram tão ruins, mas as boas foram muito, muito boas.
  Eu não vou prestar queixas criminais contra Tyler. Ele foi suspenso da escola, contudo, e do time de futebol americano. Assim como Dick, por ter estado bêbado no baile. Ninguém está dizendo, mas eu acho que um monte de pessoas acha que ele foi responsável pelo que aconteceu com Vickie. A irmã de Bonnie viu Tyler na clínica ontem, e ela disse que ele tinha dois olhos roxos e seu rosto todo estava roxo. Eu não posso evitar me preocupar com o que vai acontecer quando ele e Dick voltarem à ela. Eles tem mais razão do que mundo para odiarem Stefan agora.
  O que me leva à Stefan. Quando eu acordei essa manhã eu entrei em pânico, pensando, “E se tudo não for verdade? E se nunca aconteceu, ou se ele mudou de idéia?” E tia Judith estava preocupada no café-da-manhã porque eu não conseguia comer de novo.   Mas então quando eu fui à escola eu vi ele no corredor perto do escritório, e nós só olhamos um para o outro. E eu soube. Pouco antes de ele se virar, ele sorriu, meio que ironicamente. E eu entendi isso, também, e ele estava certo, era melhor não ficar em cima um do outro em um corredor público, a não ser que quiséssemos fazer as secretárias tremerem.
  Nós estámos definitivamente muito juntos. Agora eu só tenho que achar uma maneira de explicar tudo isso ao Jean-Claude. Ha-ha.
  O que eu não entendo é porque Stefan não está tão feliz sobre isso quanto eu. Quando estamos um com o outro eu posso sentir o que ele sente, e eu sei quanto ele me quer, quanto ele liga. Há um fome quase desesperada dentro dele quando ele me beija, como se ele quisesse puxar a minha alma do meu corpo.

  Ainda 7 de outubro, agora por volta de 2 da tarde.
  Bem, uma pequena pausa ali porque a senhorita Halpern me pegou. Ela até mesmo começou a ler em voz alta o que eu tinha escrito, mas então eu acho que o assunto vaporizou seus óculos e ela parou. Ela Não estava Satisfeita. Eu estou feliz demais para ligar para coisas secundárias como reprovar em trigonometria.
  Stefan e eu almoçamos juntos, ou pelo menos nos fomos em um canto do campo e nos sentamos com o meu almoço. Ele nem ao menos se deu ao trabalho de trazer alguma coisa, e é claro que acabou que eu não consegui comer também. Nós não nos tocamos muito – não nos tocamos – mas conversamos e olhamos um para o outro um monte. Eu quero tocá-lo. Mais do que qualquer garoto que eu já conheci. E eu sei que ele quer, também, mas ele está hesitando. É isso o que eu não consigo entender, por que ele está lutando contra isso, por que ele está hesitando.
  Ontem em seu quarto eu achei uma prova de que ele está me observando desde o começo. Você se lembra como te contei que no segundo dia de escola Bonnie e Meredith e eu estávamos no cemitério? Bem, ontem no quarto de Stefan eu achei a fita laranja-amarelada que eu estava usando naquele dia. Eu lembro dela caindo da minha mão enquanto eu estava correndo, e ele deve ter pegado e a guardado.
  Eu não disse à ele que eu sei, porque ele obviamente quer manter isso em segredo, mas isso mostra, não mostra, que ele gosta de mim?

Escrito por: Lisa Jane Smith

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Twilight: Fazendo Amizade - 1x41


"Não. Apesar disso, eu acho que você é um bom contador de histórias. Eu ainda estou arrepiada, viu?", eu levantei meu braço.
  "Legal", ele sorriu.
  Então o barulho das pedras batendo umas contra as outras nos alertou de que alguém estava vindo. Nossas cabeças levantaram ao mesmo tempo pra ver Mike e Jéssica á cinquenta metros de nós e vindo na nossa direção.
  "Aí estava você, Bella", Mike disse aliviado, balançando seu braço sobre a cabeça.
  "Esse é o seu namorado?" Jacob perguntou, alertado pelo tom de ciúmes na voz de Mike. Eu estava surpresa que fosse tão óbvio.
  "Não, definitivamente não." Eu cochichei. Eu estava tremendamente agradecida a Jacob, e ansiosa pra deixó-lo tão feliz quanto fosse possível. Eu pisquei pra ele, me virando de costas pra Mike quando fiz isso. Ele sorriu, estimulado pelo meu flerte.
  "Então quando eu conseguir a minha carteira de motorista...", ele começou.
  "Você devia vir me visitar em Forks. Nós podemos sair uma hora dessas". Eu me senti culpada quando disse isso, sabendo que eu estava usando ele. Mas eu realmente gostei de Jacob. Ele era alguém que podia facilmente ser meu amigo.
  Mike nos alcançou agora, com Jéssica alguns passos atrás. Eu podia ver seus olhos avaliando Jacob, e parecendo satisfeito pela sua óbvia juventude.
  "Onde você esteve?", ele perguntou, apesar da resposta estar bem na frente dele.
  "Jacob estava apenas me contando umas histórias locais", eu respondí. "Foi muito interessante".
  Eu sorri calidamente pra Jacob e ele sorriu abertamente de volta.
  "Bem", Mike parou, cuidadosamente avaliando a situação enquanto observava a nossa camaradagem. "Já estamos indo embora- parece que vai chover logo".
  Todos nós olhamos para o céu. Certamente parecia que ia chover".
  "Ok" ,e eu levantei num pulo. "Eu estou indo."
  "Foi bom te ver de novo", Jacob disse, e eu podia ver que Mike pareceu um pouco insultado.
  "Foi mesmo. Da próxima vez que Charlie for visitar Billy, eu vou junto", eu prometí.
  O sorriso cresceu no seu rosto. "Isso seria legal".
  "E obrigada", eu disse sinceramente.
  Eu levantei o meu capuz enquanto andávamos pelas rochas em direção ao estacionamento.
  Algumas gotas já começavam a cair, fazendo pequenas manchas nas rochas onde elas caiam. Quando chegamos ao Suburban os outros já estavam lotando todos os espaços atrás. Eu me enfiei no banco de trás com Angela e Tyler, anunciando que eu tinha tido a minha chance de ir na janela. Angela só olhou pela janela para a tempestade que se formava, e Lauren se entortou no banco pra ganhar toda a atenção de Tyler, então eu pude simplesmente encostar minha cabeça na banco e fechar os meus olhos e fazer o máximo pra não pensar.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: Eu Te Amo Stefan - 1x42


Que casa velha estranha, ela pensou novamente enquanto localizava a segunda escada no quarto. As vozes abaixo estavam muito fracas daqui, e enquanto ela subia os degraus elas se dissiparam inteiramente. Ela estava enrolada em silêncio, e enquanto alcançava o quarto mal iluminado no alto, ela teve a sensação de ter entrado em outro mundo. Sua batida soou muito tímida.   "Stefan?" Ela não podia ouvir nada de dentro, mas de repente a porta se abriu. Todos devem parecer pálidos e cansados hoje, pensou Elena, e então ela estava nos braços dele.
  Aqueles braços se apertaram ao seu redor convulsivamente. "Elena. Oh, Elena…"
  Então ele se afastou. Era exatamente do jeito que fora na noite passada; Elena pôde sentir o abismo abrindo-se entre eles.   Ela viu o olhar frio e correto se juntar em seus olhos.
  “Não,” ela disse, pouco ciente de que falara em voz alta. “Eu não te deixare.” E ela puxou a boca dele para a dela.
  Por um momento não houve resposta, e então ele estremeceu, e o beijo tornou-se abrasador. Seus dedos se embaraçaram no cabelo dela, e o universo contraiu-se ao redor de Elena. Nada mais existia exceto Stefan, e a sensação de seus braços ao redor dela, e o fogo de seus lábios nos delas.
  Uns poucos minutos ou uns poucos séculos mais tarde eles se separaram, ambos tremendo. Mas seus olhares permaneceram conectados, e Elena viu que os olhos de Stefan estavam dilatados demais mesmo para essa luz turva; havia apenas uma estreita faixa de verde ao redor de suas pupilas escuras. Ele parecia estupefato, e sua boca – aquela boca! – estava inchada.
 “Eu acho,” ele disse, e ela pôde ouvir o controle em sua voz, “que é melhor tomarmos cuidado quando fizermos isso.”
  Elena concordou, ela própria estupefata. Não em público, ela estava pensando. E não quando Bonnie e Meredith estavam esperando lá embaixo. E não quando estivessem absolutamente sozinhos, a não ser que...
  “Mas você pode só me segurar,” ela disse.
  Que estranho, que depois daquela paixão ela pudesse se sentir tão a salvo, tão pacífica, em seus braços. “Eu te amo,” ela sussurrou na lã áspera de seu suéter.
  Ela sentiu um tiritar passar por ele. “Elena,” ele disse novamente, e era um som de quase desespero.
  Ela levantou sua cabeça. “O que tem de errado com isso? O que possivelmente poderia ter de errado com isso, Stefan? Você não me ama?”
  “Eu...” Ele olhou para ela, desamparadamente – e eles ouviram a voz da Sra. Flowers chamando fracamente da base da escada.
  “Garoto! Garoto! Stefan!" Soava como se ela estivesse batendo no corrimão com seu sapato.
  Stefan suspirou. “É melhor eu ir ver o que ela quer.” Ele deslizou para longe dela, seu rosto ilegível.
  Deixada sozinha, Elena cruzou seus braços ao redor do peito e estremeceu. Era tão gelado aqui. Ele deveria ter uma lareira, ela pensou, os olhos se movendo preguiçosamente pelo quarto para descansar finalmente na cômoda de mogno que tinha examinado na noite anterior.
  O cofre.
  Ela olhou para a porta fechada. Se ele voltasse e a pegasse... Ela realmente não deveria - mas ela já estava se movendo em direção à cômoda.
  Pense na mulher do Barba Azul, ela disse à si mesma. A curiosidade matou ela. Mas seus dedos estavam na tampa de ferro. Com seu coração batendo rapidamente, ela abriu a tampa.
  Na luz turva, o cofre primeiramente pareceu estar vazio, e Elena soltou uma risada nervosa. O que ela tinha esperado? Cartas de amor de Caroline? Uma adaga sangrenta?
  Então ela viu a tira estreita de seda, dobrada repetidamente impecavelmente sobre si mesma em um canto. Ela a tirou e a correu entre seus dedos. Era a fita laranja-amarelada que ela tinha perdido no segundo dia de escola.
  Oh, Stefan. Lágrimas queimaram seus olhos, e em seu peito amor fluiu incontrolavelmente, inundando-a.
  Tanto tempo atrás? Você gostava de mim tanto tempo atrás? Oh, Stefan, eu te amo...
  E não importa se você não pode dizer isso para mim, ela pensou. Houve um som do lado de fora da porta, e ela dobrou a fita rapidamente e a recolocou no cofre. Então se virou em direção à porta, piscando lágrimas de seus olhos.
  Não importa se você não pode dizer isso de imediato. Eu direi por nós dois. E algum dia você irá aprender.

Escrito por: Lisa Jane Smith

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Twilight: Os Frios - 1x40


Jacob caminhou para essa árvore próxima que tinha uns galhos que pareciam com patas de aranhas enormes. Ele se inclinou num dos galhos tortos enquanto eu sentava embaixo dele, no tronco da árvore. Ele olhou para as rochas, um sorriso começando a
aparecer nos cantos dos seus lábios grossos. Eu podia ver que ele tentava deixar a história interessante. Eu tentei não deixar o interesse vital que eu sentia aparecer nos meus olhos.
  "Você conhece alguma das nossas antigas histórias, sobre de onde viemos- os Quileutes, eu digo?", ele começou.
  "Na verdade não", eu admití
  "Bom, existem muitas lendas, algumas delas datam da época do Dilúvio- supostamente, alguns dos nossos ancestrais Quileutes amarraram suas canoas nos topos das árvores mais altas da montanha pra se salvarem, como Noé fez com a Arca", ele sorriu pra
mostrar o pouco crédito que ele dava a essas histórias.
  "Outra lenda diz que nós somos descendentes dos lobos- e que os lobos ainda são nossos irmãos. É contra a lei tribal matar eles. Então tem as lendas sobre Os Frios". A voz dele ficou um pouco mais baixa.
  "Os Frios?", agora eu não estava fingindo minha intriga.
  "Sim. Existem lendas sobre os frios como existem sobre os lobos, e algumas delas são muito mais recentes. De acordo com a lenda, o meu próprio tataravô conhecia alguns deles. Foi ele quem criou o tratado que os mantêm fora das nossas terras." Ele revirou os olhos.
  "Seu tataravô?", eu encoragei.
  "Ele era um líder tribal, como meu pai. Sabe, os frios são os inimígos naturais dos lobos- bem, não do lobo, mas os lobos que se transformam em homens, como os nossos ancestrais. Você os chamaria de lobisomens".
  "Lobisomens têm inimigos?"
  "Só um".
  Eu olhei pra ele ansiosamente, tentando fazer a minha impaciência se transformar em admiração.
  "Entenda", Jacob continuou. " Os frios são tradicionalmente nossos inimigos. Mas esse grupo que veio para o nosso território na época do meu tataravô era diferente. Eles não caçavam do jeito que os outros caçavam- eles não representavam perigo para a nossa tribo. Então meu tataravô fez um trato com eles. Se eles prometessem ficar longe das nossas terras, nós não iriamos expor eles para os cara-pálida". Ele piscou pra mim.
  "Se eles não eram perigosos, então porque...?", eu tentei entender, lutando pra não deixá-lo perceber o quanto eu estava levando essa história a sério.
  "É sempre um risco para os humanos ficar perto dosfrios, mesmo se eles forem civilizados como esse clã era. Nunca se sabe quando eles podem estar com fome demais pra resistir". Ele deliberadamente colocou um tom de ameaça na voz dele.
  "O que você quer dizer com 'civilizados'?"
  "Eles diziam que não caçavam humanos. Ao invés disso, eles supostamente eram capazes de se alimentar de animais".
  Eu tentei manter minha voz casual.
  "Então o que eles tinham a ver com os Cullen? Eles são parecidos com os frios que seu avô conheceu?".
  "Não", ele parou dramaticamente. "Eles são os mesmos".
  Ele deve ter pensado que a expressão no meu rosto era medo inspirado pela história. Ele sorriu, satisfeito, e continuou.
  "Tem mais deles agora, uma nova fêmea e um novo macho, mas os outros são os mesmos. Na época do meu tataravõ eles já conheciam o líder, Carlisle. Ele esteve aqui e foi embora antes que o seu povo chegasse", ele estava lutando pra não sorrir.
  "E o que eles são?", eu finalmente perguntei. " O que são os frios?"
  Ele sorriu obscuramente.
  "Bebedores de sangue", ele respondeu com uma voz arrepiante. "Vocês chamam eles de Vampiros."
  Eu olhei para as ondas depois que ele disse isso, sem ter certeza do que o meu rosto estava demonstrando.
  "Você ficou arrepiada", ele disse deliciado.
  "Você é um bom contador de histórias", eu cumprimentei ele, ainda olhando para as ondas.
  "Uma história bem louca, não é? Não é de se admirar que o meu pai não quer que a gente fale disso pra ninguém"
  Eu ainda não conseguia controlar a minha expressão o suficiente pra olhar pra ele. "Não se preocupe, eu não vou espalhar".
  "Eu acho que acabei de violar o acordo", ele sorriu.
  "Eu vou levar isso pro meu túmulo", eu prometí, e então estremecí.
  "Sério, mesmo, não diga nada pro Charlie. Ele já ficou bem bravo com o meu pai depois que descobriu que ninguém estava indo ao hospital desde que o Dr. Cullen começou a trabalhar lá".
  "Eu não vou contar, claro que não."
  "Então você acha que somos um bando de nativos supersticiosos ou o que?", ele perguntou em tom de brincadeira,mas com uma ponta de preocupação. Eu ainda não tinha tirado os olhos do oceano. Eu me virei pra ele e sorrí tão naturalmente quanto
pude.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: Garota Conturbada - 1x41


Sra. Bennett parecia pálida e cansada, mas as convidou para entrar.
  “Vickie está descansando; o médico disse para mantê-la na cama,” ela explicou, com um sorriso que tremia levemente. Elena, Bonnie, e Meredith se amontoaram no corredor estreito.
  A Sra. Bennett bateu levemente na porta de Vickie. “Vickie, querida, algumas garotas da escola querem vê-la.
  Não fiquem muito tempo,” ela acrescentou para Elena, abrindo a porta.
  “Nós não vamos,” Elena prometeu. Ela adentrou um lindo quarto azul e branco, as outros logo atrás dela. Vickie estava deitada em uma casa apoiada por travesseiros, com uma manta azul-cinzenta até seu queixo.
  Seu rosto estava branco como papel contra ela, e seus olhos de pálpebras pesadas encaravam diretamente à sua frente.
  “Era assim que ela estava ontem à noite,” Bonnie sussurrou.
  Elena moveu-se para o lado da cama. “Vickie,” ela disse suavemente. Vickie continuou encarando, mas Elena pensou que sua respiração tinha mudado levemente. “Vickie, pode me ouvir? É Elena Gilbert." Ela olhou duvidosamente para Bonnie e Meredith.
  “Parece que deram-lhe tranqüilizantes,” disse Meredith.
  Mas a Sra. Bennett não tinha dito que tinham-lhe dado remédios. Franzindo a testa, Elena voltou-se para a garota indiferente.
  “Vickie, sou eu, Elena. Eu só queria falar com você sobre ontem à noite. Eu quero que você saiba que eu acredito em você   sobre o que aconteceu.” Elena ignorou o olhar afiado que Meredith lhe deu e continuou. “E eu queria perguntar para você–”
  “Não!” Foi um grito, grosso e agudo, saído da garganta de Vickie. O corpo que estivera tão parado quanto um boneco de cera explodiu em uma ação violenta. O cabelo castanho claro de Vickie chicoteou suas bochechas enquanto ela atirava sua cabeça para frente e para trás e suas mãos batiam no espaço vazio. “Não! Não!” ela gritava.
  “Faça algo!” Bonnie arfou. “Sra. Bennett! Sra. Bennett!”
  Elena e Meredith estavam tentando segurar Vickie na cama, e ela estava lutando contra elas. A gritaria seguiu continuamente.  Então de repente a mãe de Vickie estava ao lado delas, ajudando a segurá-la, empurrando as outras para longe.
  “O que vocês fizeram à ela?” ela gritou.
  Vickie agarrou-se com força à mãe, se acalmando, mas então os olhos de pálpebras pesadas olharam Elena por sobre o ombro da Sra. Bennett.
  “Você é parte disso! Você é malvada!” ela gritou histericamente para Elena. “Fique longe de mim!”
  Elena estava pasma. “Vickie! Eu só vim aqui pedir–”
  “Eu acho que é melhor vocês irem agora. Deixem-nos em paz,” disse a Sra. Bennett, apertando sua filha protetoramente.
  “Não vêem o que etsão fazendo à ela?”
  No silêncio estupefato, Elena deixou o quarto. Bonnie e Meredith a seguiram.
  “Devem ser os remédios,” disse Bonnie quando estavam fora da casa. “Ela simplesmente ficou completamente não-linear.”
 “Você notou as mãos dela?” Meredith disse à Elena. “Quando nós estávamos tentando contê-la, eu segurei uma de suas mãos. E estava fria como gelo.”
  Elena balançou sua cabeça em perplexidade. Nada disso fazia sentido, mas ela não deixaria isso estragar seu dia. Ela não deixaria. Desesperadamente, ela procurou em sua mente por algo que fosse contrabalancear a experiência, que permitiria-lhe atear-se à felicidade.
  “Eu sei,” ela disse. “A pensão.”
  “O quê?”
  “Eu disse à Stefan para me ligar hoje, mas por que não andamos até à pensão ao invés disso? Não é longe daqui.”
  “Somente uma caminhada de vinte minutos,” disse Bonnie. Ela se alegrou. “Pelo menos poderemos finalmente ver aquele quarto dele.”
  “Na verdade,” disse Elena, “eu estava pensando que você duas podiam esperar no andar debaixo. Bem, eu só vou poder vê-lo por alguns minutos,” ela acrescentou, defensivamente, enquanto elas olhavam para ela. Era estranho, talvez, mas ela não queria dividir Stefan com suas amigas ainda. Ele era tão novo para ela que parecia que ele era quase um segredo.
  A batida delas na brilhante porta de carvalho foi atendida pela Sra. Flowers. Ela era uma gnominha enrugada com olhos negros surpreendentemente brilhantes.
  “Você deve ser Elena,” ela disse. “Eu vi você e Stefan saírem ontem à noite, e ele me disse o seu nome quando ele voltou.”
  “Você nos viu?” disse Elena, surpresa. “Eu não te vi.”
  “Não, você não viu,”disse a Sra. Flowers, e deu risada. “Que garota bonita você é, minha querida,” ela acrescentou.
  “Uma garota muito bonita.” Ela deu um tapinha na bochecha de Elena.
  “Er, obrigada,” disse Elena desconfortavelmente. Ela não gostava da maneira como aqueles olhos parecidos com pássaros estavam fixados nela. Ela olhou através da Sra. Flowers para as escadas. “Stefan está em casa?”
  “Ele deve estar, a não ser que tenha voado do telhado!” disse a Sra. Flowers, e deu risadas novamente. Elena riu educadamente.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Twilight: Os Cullen Não Vem Aqui - 1x39


Ele me mostrou um sorriso brilhante, olhando pra mim de um jeito apreciativo que eu estava começando a reconhecer. Eu não fui a única a reparar.
  "Você já conhece Bella, Jacob?", Lauren perguntou- num tom que me pareceu insolente do outro lado da fogueira.
  "Nós meio que nos conhecemos desde que eu nasci", ele sorriu olhando pra mim de novo.
  "Que legal", ela não pareceu achar nem um pouco legal, e seus olhos pálidos, puxados, reviraram.
  "Bella", ela me chamou novamente, observando meu rosto cuidadosamente. "Eu acabei de falar com Tyler que era uma pena que nenhum dos Cullen possa ter vindo hoje.
  Ninguém pensou em convidá-los?" A expressão de preocupação dela não era convincente.
  "Você quer dizer a família do doutor Carlisle Cullen?" o garoto alto,mais velho respondeu antes que eu tivesse a chance, para irritação de Lauren. Ele estava mais pra homem que pra garoto e sua voz era muito grossa.
  "Sim, você conhece eles?", ela perguntou sem querer, se virando um pouco na direção dele.
  "Os Cullen não vem aqui", ele disse num tom que fechou o assunto, ignorando a pergunta dela.
  Tyler, tentando ganhar a atenção dela de volta, perguntou a Lauren a sua opinião sobre um CD que ele segurava. Ela estava distraída.
  Eu olhei para o garoto com a voz grossa, com um pé atrás, mas ele já estava olhando para a floresta atrás de nós. Ele tinha dito que os Cullen não viriam aqui; mas o tom dele implicava algo mais- que eles não eram permitidos de vir; que eles eram proibidos.
  Seus modos deixaram uma má impressão em mim, e eu tentei ignorar isso sem sucesso. Jacob atrapalhou minha meditação.   "Então, Forks já está te levando á loucura?"
  "Oh, eu diria que isso é uma confidência", eu sorri. Ele sorriu compreendendo.
  Eu ainda estava pensando no breve comentário sobre os Cullen, e eu tive uma inspiração repentina. Era um plano estúpido, mas eu não tive nenhuma idéia melhor. Eu rezei pra que o jovem Jacob não tivesse muita experiência com as garotas, assim ele não veria além da minha falsa máscara de interesse.
  "Você quer caminhar pela praia comigo?" eu perguntei, tentando imitar aquela olhada que Edward dava por debaixo dos cílios.   Eu não poderia ter o mesmo efeito nem de perto, eu tinha certeza, mas Jacob me pareceu interessado o suficiente.
  Enquanto andávamos para o norte pelas pedras multicoloridas na direção dos salgueiros, as nuvens finalmente fecharam o céu, fazendo o mar ficar escuro e a temperatura baixar. Eu enfiei as minhas mãos bem no findo dos bolsos da minha jaqueta.
  "Então, você tem quantos? Dezesseis?", eu perguntei, tentando não parecer uma idiota enquanto flutuava os meus cílios do jeito que eu via as garotas fazendo na TV.
  "Eu acabei de fazer quinze", ele admitiu, lisonjeado.
  "Mesmo?", meu rosto estava cheio de falsa surpresa. "Eu pensei que você fosse mais velho"
  "Eu sou alto pra minha idade", ele explicou.
  "Você vem muito á Forks?", eu perguntei arfando, como se eu esperasse que a resposta fosse sim. Eu soei idiota até pra mim mesma. Eu temia que ele se virasse contra mim com nojo, me acusando de fraude, mas ele ainda parecia estar lisonjeado.
  "Não muito", ele admitiu com uma careta. Mas quando meu carro estiver pronto eu posso vir quantas vezes eu quiser- quando eu tiver minha carteira de motorista", ele emendou.
  "Quem era o outro garoto falando com Lauren? Ele pareceu um pouco velho pra estar andando com a gente", eu propositadamente me coloquei no grupo dos jovens pra demostrar que eu preferia Jacob.
  "Aquele é Sam- ele tem dezenove", ele me informou.
  "O que era que ele estava falando sobre a família do doutor?", eu perguntei inocentemente.
  "Os Cullen? Oh, eles não podem entrar na reserva." Ele olhou pra longe, na direção da Ilha James, enquanto ele confirmava o que eu pensava ter ouvido na voz de Sam.
  "Por que não?"
  Ele olhou de volta pra mim, mordendo o lábio. "Oops. Eu não devia estar falando nada sobre isso."
  "Oh, eu não vou contar pra ninguém, eu só estou curiosa". Eu tentei deixar meu sorriso atraente, imaginando se eu estava indo longe demais.
  Ele sorriu de volta, entretanto, parecendo atraído  Então ele levantou uma das sobrancelhas e sua voz ficou ainda mais rouca que antes.
  "Você gosta de histórias assustadoras?", ele perguntou obscuramente.
  "Eu adoro". Eu fiz um esforço pra parecer interessada.

Escrito por: Stephenie Meyer
 

The Vampire Diaries: The Awakening: Aprendi Minha Lição - 1x40


 Eu morrerei antes de tocá-la, ele pensou, fazendo um juramento. Antes que abra suas veias, eu morrerei de sede. E eu juro que ela nunca conhecera meu segredo. Ela nunca terá que abandonar a luz solar por minha causa.
  Atrás dele, o céu estava se iluminando. Mas antes que ele fosse, ele mandou um pensamento profundo, com toda a força de sua dor por trás dele, procurando por algum outro Poder que pudesse estar por perto. Procurando por alguma outra solução para o que quer que tenha acontecido na Igreja.
  Mas não havia nada, nenhuma pista de resposta. O cemitério zombava dele em silêncio.
  Elena acordou com o Sol brilhando em sua janela. Ela sentiu, imediatamente, como se tivesse acabado de se recuperar de um longo episódio de gripe, e como se fosse manhã de Natal. Seus pensamentos se misturaram enquanto ela se sentava.
  Ai. Ela estava machucada em tudo quanto é parte. Mas ela e Stefan – aquilo deixava tudo certo. Aquele Tyler bêbado e grosseiro... Mas Tyler não importava mais. Nada importava exceto que Stefan a amava.
  Ela desceu as escadas com sua camisola, percebendo pela luz que se inclinava pelas janelas que ela deveria ter dormido até muito tarde. Tia Judith e Margaret estavam na sala de estar.
  “Bom dia, tia Judith.” Ela deu à sua tia surpresa um abraço longe e duro. “E bom dia, chuchu.” Ela levantou Margaret e valsou pela sala com ela.  “E – oh! Bom dia, Robert.” Um pouco envergonhada por sua exuberância e seu estado de vestimenta, ela desceu Margaret e se apressou para a cozinha.
  Tia Judith entrou. Apesar de terem círculos escuros ao redor de seus olhos, ela estava sorrindo. “Você parece estar de bom humor essa manhã.”
  “Oh, eu estou.” Elena deu-lhe outro abraço, para se desculpar pelos círculos escuros.
  “Você sabe que temos que voltar ao escritório do xerife para falar com eles sobre Tyler.”
  “Sim.” Elena tirou suco da geladeira e serviu um copo a si mesma. “Mas posso ir primeiro na casa da Vickie Bennett? Eu sei que ela deve estar chateada, especialmente já que parece que ninguém acredita nela.”
  “Você acredita nela, Elena?”
  “Sim,” ela disse lentamente, “Eu acredito nela. E, tia Judith,” ela acrescentou, chegando à uma decisão, “algo aconteceu   comigo na Igreja, também. Eu pensei–”
  "Elena! Bonnie e Meredith estão aqui para vê-la.” A voz de Robert soou do corredor.
  O estado de confidência foi quebrado. “Oh... mande-as entrar,” Elena chamou, e tomou um gole do suco de laranja.
  “Eu te conto sobre isso mais tarde,” ela prometeu à tia Judith, enquanto passos aproximavam-se da cozinha.
  Bonnie e Meredith pararam na entrada, paradas com uma formalidade desacostumada.
  Elena mesma se sentia embaraçada, e esperou até que sua tia tivesse deixado a sala para falar de novo.
  Então ela limpou sua garganta, seus olhos fixos em um azulejo gasto de linóleo. Ela espreitou ligeiramente e viu que ambas   Bonnie e Meredith estavam encarando o mesmo azulejo.
  Ela explodiu em risadas, e com o som ambas olharam para cima.
  “Eu estou feliz demais para até mesmo ficar na defensiva,” Elena disse, estendendo seus braços para elas. “E eu sei que devia estar arrependida sobre o que eu disse, e eu estou arrependida, mas eu só não posso agir pateticamente sobre isso. Eu fui horrível e eu mereço ser executada, e agora podemos simplesmente fingir que nunca aconteceu?”
  “Você tem que estar arrependida, fugir da gente daquele jeito,” Bonnie repreendeu enquanto as três se juntavam em um abraço intrincado.
  “E com Tyler Smallwood, justo ele,” disse Meredith.
  “Bem, aprendi minha lição nessa,” Elena disse, e por um momento seu humor ficou negro. Então Bonnie garganteou uma risada.
  “E você mesma conseguiu um peixão – Stefan Salvatore! Falando em entradas dramáticas. Quando você entrou pela porta com ele, eu achei que estivesse alucinando. Como você fez isso?”
  “Eu não fiz. Ele só apareceu, como a cavalaria em um daqueles filmes velhos.”
  “Defendendo sua honra,” disse Bonnie. “O que podia ser mais excitante?”
  “Eu posso pensar em uma ou duas coisas,” disse Meredith. “Mas então, talvez Elena já as fez, também.”
  “Eu contarei tudo sobre isso,” Elena disse, soltando-as e dando um passo para trás. “Mas primeiro vocês vão para a casa de Vickie comigo? Eu quero falar com ela.”
 “Você pode nos contar enquanto você estiver se vestindo, e enquanto estivermos andando, e enquanto você estiver escovando seus dentes por sinal,” disse Bonnie firmemente. “E se você deixar de fora um detalhezinho, você vai encarar a Inquisição Espanhola.”
  “Veja,” disse Meredith maliciosamente, “todo o trabalho do Sr. Tanner deu certo. Bonnie agora sabe que a Inquisição Espanhola não é uma banda de rock.”
  Elena estava rindo com completo entusiasmo enquanto subiam as escadas.

Escrito por: Lisa Jane Smith

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Twilight: Jacob - 1x38


Era relaxante estar com Angela; ela era o tipo de pessoa que fazia você se sentir bem, ela não precisava preencher o silêncio com conversinhas. Ela me deixou livre pra pensar enquanto nós comiamos. E eu estava pensando em como o tempo passava
desconjuntadamente em Forks, passando num sopro as vezes, com algumas imagens claramente se destacando de outras. E então, outras vezes, cada segundo era significante, gravando na minha memória. Eu sabia exatamente o que causava a
diferença, e isso me perturbava.
  Durante o almoço as nuvens começaram a avançar, se esquivando no céu azul, ficando momentaneamente na frente do sol, formando longas sombras na praia, e escurecendo as ondas.
  Enquanto terminavam de comer, as pessoas começaram a formar grupos de duas e de três pessoas. Algumas caminharam até as ondas, tentando subir nas pedras de superfície cortante. Outros estavam formando uma segunda excursão ás piscinas. Mike - com
Jéssica na cola dele- foi até uma loja na vila. Alguns dos garotos da localidade foram com eles; outros se juntaram á caminhada. Quando todos eles sumiram, eu estava sentada sozinha no meu tronco, Luren e Tyler estavam se ocupando com um som que alguém havia pensado em trazer, e três garotos das reservas se juntaram ao círculo, incluindo aquele garoto chamado Jacob e o garoto mais velho que havia servido de apresentador.
  Alguns minutos depois que Angela foi embora com os excursionistas, Jacob se aproximou para tomar o lugar dela á meu lado.     Ele parecia ter catorze, talvez quinze, e tinha um cabelo longo, brilhante amarrado atrás da cabeça com um elástico de borracha perto da nuca. A pele dele era linda, sedosa e com uma cor saudável; seus olhos eram escuros, bem posicionados no alto das maçãs bem feitas do seu rosto. Ele tinha só um pouco de infantilidade que havia permanecido no seu queixo. No geral, um rosto bonito. No entanto, minha boa impressão em relação a aparência dele foi apagada pelas primeiras palavras que sairam da boca dele.
  "Você é Isabella Swan, não é?"
  Era que nem o primeiro dia de aula.
  "Bella", eu suspirei.
  "Eu sou Jacob Black", ele me deu a mão num gesto amigável. "Você comprou a caminhonete do meu pai"
  "Oh", eu disse, aliviada, balançando sua mão macia e brilhante. "Você é o filho de Billy; eu devia me lembrar de você."
  "Não, eu sou o mais novo da família- você deve lembrar das minhas irmãs mais velhas"
  "Rachel e Rebecca", eu lembrei de repente. Charlie e Billy haviam nos jogado juntas durante muitas das minhas visitas, pra nos mantermos ocupadas enquanto eles pescavam. Eramos todas muito tímidas pra fazer algum progresso como amigas. É claro
que eu já tinha tido excessos de raiva suficientes pra acabar com as pescarias quando eu tinha onze anos.
  "Elas estão aqui?", eu examinei as garotas na beira do mar, imaginando se conseguia reconhecer alguma delas agora.
  "Não", Jacob balançou a cabeça. "Rachel recebeu uma bolsa de estudos no estado de Washington, e Rebecca casou com um surfista de Samoa- agora ela vive no Havaí".
  "Casada. Uau". Eu estava aturdida. As gêmeas eram mais velhas que eu pouco mais de um ano.
  "Então você gosta da caminhonete?",ele perguntou.
  "Eu adoro. Trabalha muito bem."
  "É, mas é muito lenta", ele sorriu. "Eu fiquei muito aliviado quando Charlie comprou ela. Meu pai não me deixaria trabalhar em construir outro carro quando tínhamos outro carro perfeitamente bom lá."
  "Não é tão lenta", eu argumentei.
  "Você já tentou passar de 80?"
  "Não", eu admití.
  "Bom. Não tente." ele riu.
  Eu não pude deixar de rir também. "Ela se sai muito bem em colisões", eu saí em defesa do meu carro.
  "Eu acho que um tanque não poderia destruir aquele monstro velho", ele concordou com outra risada.
  "Então você constrói carros?", eu perguntei impressionada.
  "Quando eu tenho tempo livre, e partes. Você não saberia como eu posso pôr as mãos num cilíndro mestre para um Volkswagen Rabbit 1986, saberia?", ele disse brincando.
  Ele tinha uma vóz rouca, prazerosa.
  "Desculpa", eu sorri. "Eu não tenho visto nenhum ultimamente, mas eu vou manter meus olhos abertos pra você", como se eu soubesse o que é isso. Era muito fácil conversar com ele.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: Desejo por Elena - 1x39


Agora que o assunto foi levantado, Stefan não podia calar-se. “Katherine sabe que deve deixar seu pai em breve–” ele começou, exibindo seu conhecimento secreto, mas seu irmão interrompeu.
  “Ah, sim, antes que o velho fique desconfiado,” Damon disse casualmente. “Até mesmo o mais coruja dos pais começará a se perguntar porque sua filha só sai à noite.”
  Raiva e mágoa varreu por Stefan. Era verdade, então; Damon sabia. Katherine tinha dividido seu segredo com seu irmão.
  “Por que você contou à ele, Katherine? Por quê? O que pode ver nele: um homem que não liga para nada exceto seu próprio prazer? Como ele a pode fazer feliz quando pensa somente em si mesmo?”
  “E como esse garoto pode fazê-la feliz quando ele não conhece nada do mundo?” Damon interpôs, sua voz afiada como lâmina com desprezo. “Como ele irá protegê-la quando ele nunca encarou a realidade? Ele passou sua vida entra livros e pinturas; deixe-o ficar aqui.”
  Katherine estava balançando sua cabeça em agonia, seus olhos azuis de pedras preciosas nublados com lágrimas.
  “Nenhum dos dois entende,” ela disse. “Vocês estão pensando que eu posso me casar e me assentar aqui como qualquer outra dama de Florença. Mas eu não posso ser como as outras damas. Como eu poderia manter uma casa cheia de serventes que irão observar cada movimento meu? Como eu poderia viver em um lugar onde as pessoas irão ver que os anos não me tocam? Nunca haverá uma vida normal para mim.”
  Ela tomou um longo fôlego e olhou para cada um deles de uma vez. “Quem escolher ser meu marido deve desistir da vida da luz solar,” ela sussurrou. “Ele deve escolher viver sujeito a Lua e nas horas da escuridão.”
  “Então você deve escolher alguém que não tem medo das sombrar,” Damon disse, e Stefan ficou surpreso com a intensidade de sua voz. Ele nunca tinha ouvido Damon falar tão ardentemente ou com tão pouca afeição.
  “Katherine, olhe para meu irmão: ele será capaz de renunciar à luz solar? Ele é muito apegado à coisas comuns: seus amigos, sua família, sua responsabilidade para Florença. A escuridão o destruiria.”
 “Mentiroso!” gritou Stefan. Ele estava agitado agora. “Eu sou tão forte quanto você é, irmão, e eu não temo nada nas sombras ou na luz solar tampouco. E eu amo Katherine mais do que amigos ou família–”
  “–ou a sua responsabilidade? Você a ama o bastante para desistir disso também?”
  “Sim,” Stefan disse audaciosamente. “O bastante para desistir de tudo.”
  Damon lançou um de seus sorriso repentinos e perturbadores. Então ele virou-se para Katherine. “Parece,” ele disse, “que a escolha é somente sua. Você tem dois pretendentes para sua mão; irá escolher um de nós ou nenhum?"
  Katherine lentamente abaixou sua cabeça dourada. Então ela levantou olhos azuis molhados para ambos.
  “Dêem-me até domingo para pensar. E no meio tempo, não me pressionem com perguntas.”
  Stefan concordou relutantemente. Damon disse, “E no domingo?”
  “Ao anoitecer de domingo, no crepúsculo, eu farei minha escolha.”
  Crepúsculo... a profunda escuridão violeta do crepúsculo...
  Os tons de veludo dissiparam-se ao redor de Stefan, e então ele voltou à si. Não era o anoitecer, mas sim o amanhecer, aquele céu manchado ao seu redor. Perdido em seus pensamentos, ele tinha dirigido até a beira da floresta.
  Ao noroeste ele podia ver a Ponte Wickery e o cemitério. Novas lembranças fizeram sua pulsação golpear.
  Ele tinha dito à Damon que estava disposto a desistir de tudo por Katherine. E foi exatamente isso que ele fez. Ele tinha renunciado seu direito à luz solar, e tinha se tornado uma criatura das trevas por ela. Um caçador condenado a ser para sempre caçado, um ladrão que tinha que roubar vida para preencher suas próprias veias.
  E talvez um assassino. Não, eles tinham dito que a garota Vickie não morreria. Mas sua próxima vítima podia. A pior coisa sobre seu último ataque era que ele não se lembrava de nada. Ele lembrava-se da fraqueza, da necessidade opressora, e ele lembrava-se de vacilar na porta da Igreja, mas nada depois. Ele tinha voltado à si quando estava do lado de fora com o grito de Elena ecoando em seus ouvidos – e ele tinha corrido até ela sem parar para pensar sobre o que podia ter acontecido.
  Elena... Por um moneto ele sentiu uma onda de pura felicidade e admiração, esquecendo todo o resto. Elena, quente como a luz solar, macia como a manhã, mas com um coração de aço que não podia ser quebrado. Ela era como fogo queimando no gelo, como a ponta afiada de uma adaga de prata.
  Mas ele tinha o direito de amá-la? Seu sentimento por ela a colocava em perigo. E se na próxima vez a necessidade o tomasse quando Elena fosse a humana viva mais perto, o vaso sanguíneo cheio de sangue quente e renovador mais perto?

Escrito por: Lisa Jane Smith

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Twilight: Socializando - 1x37


Eric e o garoto que eu achava que se chamava Ben começaram a recolher galhos dos salgueiros mais secos perto da floresta, e logo eles haviam construído uma cabaninha com galhos no topo da velha fogueira.
  "Você já viu uma fogueira construída com galhos de salgueiro?" Mike me perguntou.
  Eu estava sentada num dos troncos descoloridos; as outras garotas reunidas, fofocando excitadamente, nos meus dois lados.   Mike ficou de joelhos perto da fogueira, acendendo um dos galhos com um isqueiro.
  "Não", eu respondí enquanto ele colocava o galho de volta na fogueira.
  "Então você vai gostar disso aqui- observe as cores". Ele acendeu outro galho e colocou junto com o primeiro. As chamas começaram a avançar rapidamente nos galhos secos.
  "É azul", eu disse surpresa.
  "É por causa do sal. É bonito, não é?" Ele acendeu mais um pedaço e colocou onde as chamas ainda não haviam alcançado, e veio sentar ao meu lado. Felizmente, Jess estava no outro lado dele. Ela virou e começou a reclamar sua atenção. Eu observei as estranhas chamas azuis e verdes crescerem em direção ao céu.
  Depois de meia hora de bate-papo, alguns garotos quiseram ir caminhar perto das piscinas naturais. Era um dilema. Por um lado, eu amava as piscinas naturais. Elas haviam me fascinado quando eu era criança; elas eram uma das poucas coisas que me
faziam querer voltar á Forks. Por outro lado, eu tinha caído muito nelas. Nada demais quando se tem sete anos e se está com o seu pai. Isso me lembrou do pedido de Edward:
  -Não caia no mar.
  Foi Lauren que decidiu por mim. Ela não quis ir, e ela definitivamente estava usando os sapatos errados pra esse tipo de coisa. A maioria das garotas além de Jéssica e Angela também quiseram ficar. Eu esperei até Tyler dizer que ficaria com elas antes de me juntar silenciosamente ao grupo pró-caminhada. Mike me deu um sorriso gigantesco quando viu que eu estava vindo.
  A caminhada não foi muito longa, apesar de eu ter odiado não poder ver o céu de dentro do bosque.
  O verde claro da floresta ficava estranho com as risadas dos adolescentes, muito altas e alegres para se harmonizarem com os painéis verdes ao meu redor. Eu tinha que observar cuidadosamente cada passo que eu dava, evitando as pedras abaixo e os
troncos acima, e logo eu acabei ficando pra trás. Eventualmente eu saí dos confins verdes da floresta e encontrei a encontra de pedras de novo.
  A maré estava baixa, e um pequeno riozinho passava por nós indo a caminho do mar.
  Perto dos pedregulhos, haviam pequenas piscinas que nunca estavam completamente secas por causa da água despejada do oceano.
  Eu fui muito cuidadosa pra não me inclinar demais nos tanques de água do mar. Os outros não tinham medo, se inclinando nas rochas, brincando nas beiradas. Eu encontrei uma pedra que parecia muito estável perto de uma das piscinas maiores e me sentei lá cuidadosamente, encantada com o aquário natural abaixo de mim. Os buquês de anêmonas brilhantes balançavam sem parar na corrente invisível, conchas tortas apareciam nas beiras, escondendo os caranguejos dentro delas, estrelas do mar ficavam imóveis sobre as pedras e umas sobre as outras, enquanto uma pequena enguia preta com listras brancas nadava contra as ervas daninhas para voltar para o mar.
  Eu estava completamente absorvida, exceto por uma pequena parte do meu cérebro que imaginava onde Edward estaria agora, e o que ele estaria me dizendo se estivesse aqui comigo.
  Finalmente os rapazes ficaram com fome, e eu fiquei de pé para acompanhá-los de volta. Eu tentei acompanhá-los melhor dessa vez por dentro da floresta, então naturalmente eu caí algumas vezes. Eu arranjei uns arranhões artificiais nas minhas mãos, e os joelhos dos meus jeans estavam manchados de verde, mas podia ser pior.
  Quando nós voltamos para a praia, o grupo que deixamos havia se multiplicado.
  Enquanto nos aproximávamos, podíamos ver os cabelos brilhantes, muito pretos e a pele cor de cobre dos nossos visitantes, adolescentes das reservas próximas que vieram se socializar.
  A comida já estava sendo passada, e os garotos correram para pegar as suas partes enquanto Eric nos apresentava a cada um no círculo de troncos. Angela e eu fomos as últimas a chegar, e, enquanto Eric falava nossos nomes, eu reparei num garoto mais jovem sentado numa das pedras perto da fogueira olhando pra mim cheio de interesse.
  Eu sentei perto de Angela, e Mike nos trouxe sanduíches e uma rodada de refrigerante para aqueles que pediram, enquanto o garoto que parecia ser o mais velho do grupo foi dizendo os nomes dos outros sete que estavam com ele. Eu só lembrei o de uma das garotas que também se chamava Jéssica, e o garoto que reparou em mim que se chamava Jacob.

Escrito por: Stephenie Meyer

The Vampire Diaries: The Awakening: Ela Não é a Katherine - 1x38



  Ela não era a reencarnação de Katherine.
  Dirigindo de volta à pensão no débil silêncio lavanda antes do amanhecer, Stefan pensou sobre isso.
  Ele tinha dito isso mesmo à ela, e era verdade, mas ele só estava percebendo agora há quanto tempo ele estivera trabalhando nessa conclusão. Ele tinha estado ciente de cada respiração e movimento de Elena há semanas, e ele tinha catalogado cada diferença.
  Seu cabelo era um ou dois tons mais claro do que o Katherine, e suas sobrancelhas e cílios eram mais escuros.
  Os de Katherine tinha sido quase prateados. E ela mais alta do que Katherine por um bom palmo. Ela se movia com mais liberdade, também; as garotas dessa época estavam mais confortáveis com seus corpos.
  Até mesmo seus olhos, aqueles olhos que o imobilizaram com o choque do reconhecimento naquele primeiro dia, não eram realmente os mesmos. Os olhos de Katherine eram geralmente arregalados com curiosidade infantil, ou então desencorajados como era apropriado para uma jovem garota do fim do século quinze. Mas os olhos de Elena o encontravam diretamente, olhavam para você firmes e sem vacilar.  E algumas vezes eles se estreitavam com determinação ou provocação de uma forma que os de Katherine nunca fizeram.
  Na graciosidade e beleza e pura fascinação, elas também eram parecidas. Mas enquanto Katherine tinha sido uma gatinha branca, Elena era uma tigresa branca como a neve.
  Enquanto ele passava pelas silhuetas de árvores de bordo, Stefan encolheu-se da lembrança que brotou repentinamente.
  Ele não iria pensar nisso, ele não iria se deixar... mas as imagens já estavam se movendo diante dele.  Era como se o jornal tivesse se aberto e ele não pudesse fazer nada além de encarar incontrolavelmente a página enquanto a história se desenrolava na sua mente.
  Branco, Katherine estivera usando branco naquele dia. Um novo vestido branco de seda veneziana com mangas cortadas para mostrar a fina camisola de linho por baixo. Ela tinha um colar de ouro e pérolas em seu pescoço e um pequenino brinco de pingente de pérola em suas orelhas.
  Ela estava tão satisfeita com o vestido novo que seu pai tinha comissionado especialmente para ela.
  Ela tinha dado piruetas na frente de Stefan, levantando a grande e comprida saia com uma pequena mão para mostrar o bordado amarelo debaixo dela...
  “Veja, está até bordado com as minhas iniciais. Papa fez isso. Mein lieber(meu querido) Papa...” Sua voz dissipou-se, e ela parou de rodopiar, uma mão lentamente se ajustando ao seu lado. “Mas o que está errado, Stefan? Você não está sorrindo.”
  Ele não conseguia nem tentar. A visão dela aqui, branca e dourada como alguma visão celestial, era uma dor física para ele. Se ele a perdesse, ele não sabia como poderia viver.
  Seus dedos se fecharam convulsivamente em volta do frio metal entalhado. “Katherine, como eu posso sorrir, como eu posso ser feliz quando...”
  “Quando?”
 “Quando eu vejo como olha para Damon.” Pronto, foi dito. Ele continuou dolorosamente. “Antes de ele voltar para casa, você e eu estávamos juntos todos os dias. Meu pai e o seu estavam satisfeitos, e falavam de planos de casamento. Mas agora os dias são mais curtos, o verão está quase acabando – e você passa tanto tempo com Damon quanto passa comigo. A única razão porque o pai permite que ele fique aqui é porque você pediu. Mas por que você pediu isso, Katherine? Eu achei que você gostasse de mim.”
  Os olhos azuis dela estavam consternados. “Eu gosto de você, Stefan. Oh, você sabe que eu gosto!”
  “Então por que intercede por Damon com meu pai? Se não fosse por você, ele teria jogado Damon na rua...”
  “O que eu tenho certeza que teria agradado você, irmãozinho.” A voz na porta era estável e arrogante, mas quando Stefan virou-se ele viu que os olhos de Damon estavam ardendo.
  “Ah, não, isso não é verdade,” disse Katherine. “Stefan nunca desejaria vê-lo machucado.”
  Os lábios de Damon se curvaram repentinamente, e ele lançou a Stefan um olhar irônico enquanto movia-se para o lado de Katherine. “Talvez não,” ele disse à ela, sua voz suavizando-se ligeiramente. “Mas meu irmão está certo sobre pelo menos uma coisa. Os dias estão ficando mais curtos, e logo seu pai partirá para Florença. E ele te levará junto – a não ser que você tenha uma razão para ficar.”
  A não ser que você tenha um marido com quem ficar. As palavras não foram ditas, mas todos as ouviram. O barão era muito ligado à sua filha para forçá-la a se casar contra sua vontade. No final teria que ser a decisão de Katherine. A escolha de Katherine.

Escrito por: Lisa Jane Smith