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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: Desejo por Elena - 1x39


Agora que o assunto foi levantado, Stefan não podia calar-se. “Katherine sabe que deve deixar seu pai em breve–” ele começou, exibindo seu conhecimento secreto, mas seu irmão interrompeu.
  “Ah, sim, antes que o velho fique desconfiado,” Damon disse casualmente. “Até mesmo o mais coruja dos pais começará a se perguntar porque sua filha só sai à noite.”
  Raiva e mágoa varreu por Stefan. Era verdade, então; Damon sabia. Katherine tinha dividido seu segredo com seu irmão.
  “Por que você contou à ele, Katherine? Por quê? O que pode ver nele: um homem que não liga para nada exceto seu próprio prazer? Como ele a pode fazer feliz quando pensa somente em si mesmo?”
  “E como esse garoto pode fazê-la feliz quando ele não conhece nada do mundo?” Damon interpôs, sua voz afiada como lâmina com desprezo. “Como ele irá protegê-la quando ele nunca encarou a realidade? Ele passou sua vida entra livros e pinturas; deixe-o ficar aqui.”
  Katherine estava balançando sua cabeça em agonia, seus olhos azuis de pedras preciosas nublados com lágrimas.
  “Nenhum dos dois entende,” ela disse. “Vocês estão pensando que eu posso me casar e me assentar aqui como qualquer outra dama de Florença. Mas eu não posso ser como as outras damas. Como eu poderia manter uma casa cheia de serventes que irão observar cada movimento meu? Como eu poderia viver em um lugar onde as pessoas irão ver que os anos não me tocam? Nunca haverá uma vida normal para mim.”
  Ela tomou um longo fôlego e olhou para cada um deles de uma vez. “Quem escolher ser meu marido deve desistir da vida da luz solar,” ela sussurrou. “Ele deve escolher viver sujeito a Lua e nas horas da escuridão.”
  “Então você deve escolher alguém que não tem medo das sombrar,” Damon disse, e Stefan ficou surpreso com a intensidade de sua voz. Ele nunca tinha ouvido Damon falar tão ardentemente ou com tão pouca afeição.
  “Katherine, olhe para meu irmão: ele será capaz de renunciar à luz solar? Ele é muito apegado à coisas comuns: seus amigos, sua família, sua responsabilidade para Florença. A escuridão o destruiria.”
 “Mentiroso!” gritou Stefan. Ele estava agitado agora. “Eu sou tão forte quanto você é, irmão, e eu não temo nada nas sombras ou na luz solar tampouco. E eu amo Katherine mais do que amigos ou família–”
  “–ou a sua responsabilidade? Você a ama o bastante para desistir disso também?”
  “Sim,” Stefan disse audaciosamente. “O bastante para desistir de tudo.”
  Damon lançou um de seus sorriso repentinos e perturbadores. Então ele virou-se para Katherine. “Parece,” ele disse, “que a escolha é somente sua. Você tem dois pretendentes para sua mão; irá escolher um de nós ou nenhum?"
  Katherine lentamente abaixou sua cabeça dourada. Então ela levantou olhos azuis molhados para ambos.
  “Dêem-me até domingo para pensar. E no meio tempo, não me pressionem com perguntas.”
  Stefan concordou relutantemente. Damon disse, “E no domingo?”
  “Ao anoitecer de domingo, no crepúsculo, eu farei minha escolha.”
  Crepúsculo... a profunda escuridão violeta do crepúsculo...
  Os tons de veludo dissiparam-se ao redor de Stefan, e então ele voltou à si. Não era o anoitecer, mas sim o amanhecer, aquele céu manchado ao seu redor. Perdido em seus pensamentos, ele tinha dirigido até a beira da floresta.
  Ao noroeste ele podia ver a Ponte Wickery e o cemitério. Novas lembranças fizeram sua pulsação golpear.
  Ele tinha dito à Damon que estava disposto a desistir de tudo por Katherine. E foi exatamente isso que ele fez. Ele tinha renunciado seu direito à luz solar, e tinha se tornado uma criatura das trevas por ela. Um caçador condenado a ser para sempre caçado, um ladrão que tinha que roubar vida para preencher suas próprias veias.
  E talvez um assassino. Não, eles tinham dito que a garota Vickie não morreria. Mas sua próxima vítima podia. A pior coisa sobre seu último ataque era que ele não se lembrava de nada. Ele lembrava-se da fraqueza, da necessidade opressora, e ele lembrava-se de vacilar na porta da Igreja, mas nada depois. Ele tinha voltado à si quando estava do lado de fora com o grito de Elena ecoando em seus ouvidos – e ele tinha corrido até ela sem parar para pensar sobre o que podia ter acontecido.
  Elena... Por um moneto ele sentiu uma onda de pura felicidade e admiração, esquecendo todo o resto. Elena, quente como a luz solar, macia como a manhã, mas com um coração de aço que não podia ser quebrado. Ela era como fogo queimando no gelo, como a ponta afiada de uma adaga de prata.
  Mas ele tinha o direito de amá-la? Seu sentimento por ela a colocava em perigo. E se na próxima vez a necessidade o tomasse quando Elena fosse a humana viva mais perto, o vaso sanguíneo cheio de sangue quente e renovador mais perto?

Escrito por: Lisa Jane Smith

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