Páginas

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Twilight: Pensando na Decisão Certa - 1x45


Bem, eles eram alguma coisa. Alguma coisa fora das possibilidades de justificações racionais estava acontecendo diante dos meus olhos incrédulos. Fossem os frios de Jacob ou as minhas teorias sobre super-heróis, Edward Cullen não era...humano.
  Ele era algo mais.
  Então- talvez. Essa seria a minha única resposta sobre o assunto no momento.
  E então a pergunta mais importante de todas. O que é que eu ia fazer se fosse verdade?
  Se Edward fosse vampiro - eu mal podia me forçar a pensar nas palavras - então o que eu deveria fazer? Envolver outra pessoa estava absolutamente fora de questão. Nem eu mesma conseguia acreditar; ninguém a quem eu contasse ia me dar bola.
  Só duas opções pareciam práticas. A primeira era seguir o conselho dele: ser inteligente, evitá-lo tanto quanto fosse possível. Cancelar os nossos planos, e voltar a ignorá-lo o máximo que eu pudesse. Fingir que havia uma parede de vidro impenetrável nos separando na aula quando éramos forçados a ficar juntos. Dizer pra ele me deixar em paz- e falar sério dessa vez.
  Eu estava presa num repentino sentimento de agonia quando pensei nessa alternativa.
  Minha mente rejeitou a dor, rapidamente me levando á próxima opção.
  Eu não podia fazer nada de diferente. Afinal, se ele era algo...sinistro, até agora ele não fez nada pra me machucar. Na verdade, Tyler teria muito do que se arrepender se ele não tivesse agido tão rápido. Tão rápido, eu discuti comigo mesma, que pode ter sido simplesmente uma questão de reflexos. Mas se eram reflexos que salvavam vidas, não podia ser tão ruim. Eu considerei. Minha cabeça girava sobre eixos invisíveis.
  De uma coisa eu tinha certeza, se é que eu tinha certeza de alguma coisa. O Edward obscuro no meu sonho da noite passada foi só um reflexo do meu medo das palavras de Jacob, e não de Edward.
  Mesmo assim, quando eu gritei aterrorizada por causa do ataque do lobisomem, não foi o medo do lobo que fez o "não" brotar dos meus lábios. Foi o medo que ele pudesse se machucar- mesmo quando ele me chamou com os caninos expostos, eu temi por ele.
E eu sabia que aí estava a minha resposta. Eu não sabia nem se havia outra escolha, na verdade. Eu já estava envolvida demais. Agora que eu sabia- se eu sabia - eu não podia fazer nada sobre os meus segredos assustadores. Porque quando eu pensava nele, na voz dele, nos seus olhos hipnóticos, a força magnética de sua personalidade, eu não queria nada além de estar com ele agora mesmo.
  Mesmo se... Mas eu não conseguia pensar nisso agora. Não aqui, na floresta escura, não quando a chuva fazia tudo escurecer como o crepúsculo sobre as copas das árvores e pareciam com passos no chão de terra. Eu tremi e me levantei rapidamente do meu local de ocultação, preocupada que de alguam forma a trilha tivesse desaparcido com a chuva.
  Mas estava lá, a salvo e clara, seguindo o seu caminho pelo labirinto respingante.
  Eu a segui apressadamente, meu capuz próximo do meu rosto, me surpreendendo, quando quase me batia nas árvores, com o quanto havia ido longe. Eu comecei a imaginar se eu realmente estava saíndo de la,ou me embrenhando ainda mais nos confins da floresta. Antes que eu tivesse um ataque de pânico, porém, eu comecei a reparar em alguns espaços entre as teias de galhos. E então eu ouví um carro passando na rua, e eu estava livre, a grama de Charlie se estendia na minha frente, a casa me recebendo, prometendo calor e meias secas. Era só meio dia quando eu entrei. Eu subi e me vesti para o resto do dia, jeans e uma camiseta, já que eu ia ficar me casa. Eu não tive que me esforçar muito pra me concentrar na tarefa do dia- um trabalho sobre Macbeth que era pra ser entregue na quarta-feira. Eu me concentrei no perfil do duro projeto contentemente, mais serena do que eu me sentia desde...bem, desde a última quinta-feira, pra ser honesta.
  Esse sempre foi meu jeito, de qualquer forma. Tomar decisões era a parte difícil pra mim, isso eu tinha que reconhecer.
  Mas uma vez que a decisão estivesse tomada, eu simplesmente fazia o que tinha que ser feito- geralmente aliviada por ter tomado uma decisão. Ás vezes o alivio era corrompido pelo desespero, como a minha decisão de vir pra Forks. Mas isso era melhor do que degladiar com as alternativas.
  Essa era uma decisão ridiculamente fácil de aceitar. Perigosamente fácil.

Escrito por: Stephenie Meyer

Sem comentários:

Enviar um comentário