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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

The Vampire Diaries: Observando Elena - 1x46


Novamente não houve som algum além da fricção suave de canetas e o farfalhar de papel.
  “Bom,” disse Elena por fim. “Agora nós só precisamos medir para as diferentes divisões. Alguém vai ter que ir atrás das arquibancadas... O que foi agora?"
  As luzes no ginásio tinham piscado e ficado com energia parcial.
  “Ah, não,” disse Meredith, exasperada. As luzes piscaram de novo, apagaram, e retornaram fracamente mais uma vez.
  “Eu não consigo ler nada,” disse Elena, encarando o que agora parecia ser um pedaço de papel em branco.
  Ela olhou para cima para Bonnie e Meredith e viu duas manchas brancas de rostos.
  “Algo deve estar errado com o gerador de emergência,” disse Meredith. “Eu vou chamar o Sr. Shelby.”
  “Não podemos simplesmente terminar isso amanhã?” Bonnie disse queixosamente.
  “Amanhã é sábado,” disse Elena. “E nós deveríamos ter feito isso semana passada.”
  “Eu vou chamar Shelby,” disse Meredith novamente. “Vamos, Bonnie, você vem comigo.”
  Elena começou, “Nós todas poderíamos ir–” mas Meredith interrompeu.
  “Se todas formos e não o acharmos, então não podemos voltar. Vamos, Bonnie, é do lado de dentro da escola.”
  “Mas está escuro lá fora.”
  “Está escuro em todo lugar; é de noite. Vamos; com duas de nós será seguro.” Ela arrastou uma relutante Bonnie até a porta.   “Elena, não deixe ninguém entrar.”
  “Como se você tivesse que me dizer isso,” disse Elena, deixando-as sair e então observando-as marcharem pelo corredor. No momento em que elas começaram a se mesclar com a obscuridão, ela voltou para dentro e fechou a porta.
  Bem, essa era uma bela bagunça, como sua mãe costumava dizer. Elena foi até a caixa de papelão que Meredith tinha trazido e começou a empilhar e arquivar pastas e cadernos de volta.  Nessa luz ela podia vê-los somente como formas vagas. Não havia som algum além de sua própria respiração e dos sons que ela fazia.
  Ela estava sozinha nesse salão enorme e turvo–
  Alguém a estava observando.
  Ela não sabia como sabia disso, mas tinha certeza. Alguém estava atrás dela no escuro ginásio, observando. Olhos na escuridão, o velho tinha dito. Vickie tinhaa dito isso, também. E agora havia olhos nela.
  Ela virou-se rapidamente para encarar o salão, forçando seus próprios olhos para ver as sombras, tentando nem respirar. Ela estava aterrorizada de que se fizesse um som a coisa lá fora a pegaria. Mas ela não conseguia ver nada, escutar nada.
  As arquibancadas estavam turvas, formas ameaçadoras se esticando no nada. E a margem distante do salão era simplesmente uma bruma cinza monótona. Neblina escura, ela pensou, e pode sentir cada músculo agonizantemente tenso enquanto escutava desesperadamente. Oh Deus, o que foi aquele suave som murmurante? Devia ser sua imaginação... Por favor deixe isso ser sua imaginação.
  De repente, sua mente ficou clara. Ela tinha que sair desse lugar, agora. Havia perigo de verdade aqui, não apenas fantasia. Algo estava lá fora, algo malvado, algo que a queria. E ela estava sozinha.
  Algo se moveu nas sombras.
  Seu grito congelou-se em sua garganta. Seus músculos se congelaram, também, parados imóveis pelo seu pavor - e por alguma força sem nome. Desamparadamente, ela observou enquanto o formato na escuridão se movia para fora das sombras e em direção a ela. Parecia quase como se a própria escuridão tivesse voltado à vida e estivesse coalescendo enquanto ela observava, tomando uma forma – uma forma humana, a forma de um homem jovem.
  “Sinto muito se a assustei.”
  A voz era agradável, com um ligeiro sotaque que ela não conseguia identificar. Não parecia nem um pouco arrependida.
  O alívio foi tão repentino e completo que era doloroso.  Ela desmoronou e ouviu sua própria respiração suspirar.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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