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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Twilight: Sonho Real? - 1x42


Eu disse a Charlie que tinha um monte de dever de casa pra fazer, e que não queria nada pra comer. Haviam um jogo de Basquete sobre o qual ele tava todo exitado, apesar de que eu não conseguia imaginar o que havia de tão especial sobre isso, então ele não estava prestando atenção em nada diferente no meu rosto ou no meu tom.
  Quando eu cheguei no meu quarto, eu tranquei a porta. Eu cavei na minha mesa até encontrar meus velhos fones, e pluguei eles no meu CD player. Eu peguei um CD que Phil havia me dado de Natal. Era de uma das minhas bandas favoritas, mas eles usaram baixo e agudo demais pro meu gosto. Eu o coloquei no lugar e deitei na cama. Eu coloquei os fones, apertei Play, e aumentei o volume até que machucou os meus ouvidos. Eu fechei meus olhos,mas a luz ainda incomodava, então eu coloquei um
travesseiro em cima do meu rosto.
  Eu me concentrei bem calmamente na música, tentando entender a letra, para desvendar os complicados padrões da bateria. Na terceira vez que eu ouví o CD, eu conhecia pelo menos as letras dos refrões. Eu estava surpresa de ver que no fim eu realmente gostei da banda, assim que eu consegui ultrapassar o barulho. Eu teria que agradecer ao Phil mais
um vez.
  E funcionou. O barulho perturbador tornou impossível pensar- que era o propósito da tentativa. Eu ouví o CD de novo e de novo, até que eu estava acompanhando todas as músicas, até que, finalmente, eu peguei no sono.
  Eu abri meus olhos num lugar familiar. Consciente em algum lugar da minha mente de que eu estava sonhando, eu reconhecí a luz verde da floresta. Eu podia ouvir as ondas batendo nas rochas em algum lugar próximo. E eu sabia que se eu encontrasse o oceano, eu encontraria o sol, mas então, Jacob Black estava lá, apertando a minha mão, me levando de volta para a parte escura da floresta.
  "Jacob? Qual é o problema?", eu perguntei. Seu rosto estava assustado enquanto ele lutava com todas as suas forças contra a minha resistência; eu não queria voltar para o escuro.
  "Corra, Bella, você precisa correr", ele cochichou, aterrorizado.
  "Por aqui, Bella" eu ouvia a voz de Mike me chamando por dentro das árvores escuras,mas eu não conseguia vê-lo.
  "Porque?", eu perguntei, ainda lutando contra Jacob, agora desesperada para achar o sol.
  Mas Jacob largou a minha mão e ganiu, tremendo de repente, caindo no chão escuro da floresta. Ele se contorcia enquanto eu observava cheia de horror.
  "Jacob!", eu gritei. Mas ele tinha sumido. Em seu lugar havia um grande lobo com um pêlo marrom-avermelhado com olhos pretos. O lobo foi pra longe de mim, em direção á costa, os pêlos nos seus ombros estavam oriçados, leves urros saindo entre os seus caninos expostos.
  "Bella, corra", Mike chamou de novo atrás de mim. Mas eu não me virei. Eu estava vendo uma luz se aproximar de mim vindo da praia.
  Então Edward saiu de dentro das árvores, sua pele brilhando fracamente, seus olhos negros e perigosos. Ele levantou uma mão e me convidou a ir com ele. O lobo ganiu á meus pés.
  Eu dei um passo, indo na direção de Edward.
  "Confie em mim", ele pediu.
  Eu dei outro passo.
  O lobo se lançou no espaço entre eu e o vampiro, os caninos virados na direção da jugular.
  "Não!", eu acordei pulando na minha cama.
  Meu movimento súbito fez com que os fones puxassem o CD player da mesa e ele fez um ruído enorme no chão de madeira.
  Minha luz ainda estava acesa, e eu estava completamente vestida na cama, de sapatos.
  Eu olhei, desorientada, para o relógio na minha penteadeira. Eram cinco e meia da manhã.
  Eu gemi, caí pra trás, e rolei sobre o meu rosto, chutando as minhas botas. Mesmo assim, eu estava desconfortável demais pra chegar em qualquer lugar próximo do sono.
  Eu rolei de volta e desabotoei o meu jeans, tirando eles de uma forma estranha enquanto eu tentava ficar na horizontal. Eu podia sentir a trança no meu cabelo, um volume desconfortável contra o meu crânio. Eu me virei de lado e tirei o elástico, rapidamente desfazendo a trança com os meus dedos. Eu coloquei o travesseiro sobre os meus olhos.
  Foi inútil, é claro. Meu subconsciente havia drenado todas as imagens que eu estava tentando evitar tão desesperadamente.   Eu ia ter que enfrentá-las agora.

Escrito por: Stephenie Meyer

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