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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Ela Não é a Katherine - 1x38



  Ela não era a reencarnação de Katherine.
  Dirigindo de volta à pensão no débil silêncio lavanda antes do amanhecer, Stefan pensou sobre isso.
  Ele tinha dito isso mesmo à ela, e era verdade, mas ele só estava percebendo agora há quanto tempo ele estivera trabalhando nessa conclusão. Ele tinha estado ciente de cada respiração e movimento de Elena há semanas, e ele tinha catalogado cada diferença.
  Seu cabelo era um ou dois tons mais claro do que o Katherine, e suas sobrancelhas e cílios eram mais escuros.
  Os de Katherine tinha sido quase prateados. E ela mais alta do que Katherine por um bom palmo. Ela se movia com mais liberdade, também; as garotas dessa época estavam mais confortáveis com seus corpos.
  Até mesmo seus olhos, aqueles olhos que o imobilizaram com o choque do reconhecimento naquele primeiro dia, não eram realmente os mesmos. Os olhos de Katherine eram geralmente arregalados com curiosidade infantil, ou então desencorajados como era apropriado para uma jovem garota do fim do século quinze. Mas os olhos de Elena o encontravam diretamente, olhavam para você firmes e sem vacilar.  E algumas vezes eles se estreitavam com determinação ou provocação de uma forma que os de Katherine nunca fizeram.
  Na graciosidade e beleza e pura fascinação, elas também eram parecidas. Mas enquanto Katherine tinha sido uma gatinha branca, Elena era uma tigresa branca como a neve.
  Enquanto ele passava pelas silhuetas de árvores de bordo, Stefan encolheu-se da lembrança que brotou repentinamente.
  Ele não iria pensar nisso, ele não iria se deixar... mas as imagens já estavam se movendo diante dele.  Era como se o jornal tivesse se aberto e ele não pudesse fazer nada além de encarar incontrolavelmente a página enquanto a história se desenrolava na sua mente.
  Branco, Katherine estivera usando branco naquele dia. Um novo vestido branco de seda veneziana com mangas cortadas para mostrar a fina camisola de linho por baixo. Ela tinha um colar de ouro e pérolas em seu pescoço e um pequenino brinco de pingente de pérola em suas orelhas.
  Ela estava tão satisfeita com o vestido novo que seu pai tinha comissionado especialmente para ela.
  Ela tinha dado piruetas na frente de Stefan, levantando a grande e comprida saia com uma pequena mão para mostrar o bordado amarelo debaixo dela...
  “Veja, está até bordado com as minhas iniciais. Papa fez isso. Mein lieber(meu querido) Papa...” Sua voz dissipou-se, e ela parou de rodopiar, uma mão lentamente se ajustando ao seu lado. “Mas o que está errado, Stefan? Você não está sorrindo.”
  Ele não conseguia nem tentar. A visão dela aqui, branca e dourada como alguma visão celestial, era uma dor física para ele. Se ele a perdesse, ele não sabia como poderia viver.
  Seus dedos se fecharam convulsivamente em volta do frio metal entalhado. “Katherine, como eu posso sorrir, como eu posso ser feliz quando...”
  “Quando?”
 “Quando eu vejo como olha para Damon.” Pronto, foi dito. Ele continuou dolorosamente. “Antes de ele voltar para casa, você e eu estávamos juntos todos os dias. Meu pai e o seu estavam satisfeitos, e falavam de planos de casamento. Mas agora os dias são mais curtos, o verão está quase acabando – e você passa tanto tempo com Damon quanto passa comigo. A única razão porque o pai permite que ele fique aqui é porque você pediu. Mas por que você pediu isso, Katherine? Eu achei que você gostasse de mim.”
  Os olhos azuis dela estavam consternados. “Eu gosto de você, Stefan. Oh, você sabe que eu gosto!”
  “Então por que intercede por Damon com meu pai? Se não fosse por você, ele teria jogado Damon na rua...”
  “O que eu tenho certeza que teria agradado você, irmãozinho.” A voz na porta era estável e arrogante, mas quando Stefan virou-se ele viu que os olhos de Damon estavam ardendo.
  “Ah, não, isso não é verdade,” disse Katherine. “Stefan nunca desejaria vê-lo machucado.”
  Os lábios de Damon se curvaram repentinamente, e ele lançou a Stefan um olhar irônico enquanto movia-se para o lado de Katherine. “Talvez não,” ele disse à ela, sua voz suavizando-se ligeiramente. “Mas meu irmão está certo sobre pelo menos uma coisa. Os dias estão ficando mais curtos, e logo seu pai partirá para Florença. E ele te levará junto – a não ser que você tenha uma razão para ficar.”
  A não ser que você tenha um marido com quem ficar. As palavras não foram ditas, mas todos as ouviram. O barão era muito ligado à sua filha para forçá-la a se casar contra sua vontade. No final teria que ser a decisão de Katherine. A escolha de Katherine.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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