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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

The Vampire Diaries: The Awakening: Pai e Mãe-1x15


Logo que estava fora da varanda de trás e entrou no quintal, ela hesitou. Ela não queria encontrar ninguém que ela conhecia.
  Mas aonde ela podia ir para ficar sozinha?
  A resposta veio quase instantaneamente. É claro. Ela iria ver sua mãe e seu pai.
  Era uma caminhada razoavelmente longa, quase na beira da cidade, mas nos últimos três anos se tornara familiar para Elena.   Ela cruzou a Ponte Wickery e subiu a colina, para além da Igreja arruinada, então desceu para o pequeno vale adiante.
Essa parte do cemitério era bem-cuidada; era a parte antiga que permitiam ficar levemente selvagem.  Aqui, a grama estava primorosamente aparada, e buquês de flores salpicavam cores brilhantes. Elena sentou-se na grande lápide de mármore com “Gilbert” entalhado na frente.
  “Oi, mãe. Oi, pai,” ela sussurrou. Ela se inclinou para colocar flores não-me-toque roxas que ela havia pego à caminho em frente ao mercado. Então ela enroscou sua pernas debaixo de si e simplesmente sentou.
  Ela vinha aqui regularmente após o acidente. Margaret tinha somente um ano quando o acidente de carro aconteceu; ela não lembrava bem deles. Mas Elena lembrava. Agora ela deixava sua mente folhear pelas memórias, e o caroço em sua garganta inchou, e as lágrimas vieram mais facilmente. Ela sentia tanto a falta deles, ainda. Mamãe, tão jovem e bonito, e papai, com um sorriso que enrugava seus olhos.
  Ela tinha sorte de ter tia Judith, é claro. Não era toda tia que se despediria do trabalho e se mudaria para uma cidadezinha para tomar conta de duas sobrinhas orfãs. E Robert, o noivo de tia Judith, era mais como um padrasto para Margareth do que um futuro tio-por-casamento.
  Mas Elena se lembrava de seus pais. As vezes, logo depois do funeral, ela tinha vindo aqui para brigar com eles, com raiva deles por terem sido tão estúpidos a ponto de morrerem. Isso foi quando ela não conhecia muito bem a tia Judith, e tinha sentido que não havia mais lugar na Terra aonde ela pertencesse.
  Aonde ela pertencia agora? ela se perguntou. A resposta fácil era, aqui, em Fell’s Church, aonde ela havia vivido sua vida toda. Mas ultimamente a resposta fácil parecia errada. Ultimamente ela sentia que devia ter alguma outra coisa lá fora para ela, algum lugar que ela reconheceria de primeira e chamaria de lar.
  Uma sombra caiu sobre ela, e ela olhou para cima, assustada. Por um instante, as duas figuras paradas sobre ela eram alienígenas, estranhas, vagamente ameaçadoras. Ela encarou, congelada.
  “Elena,” disse a menor figura agitadamente, as mãos nos quadris, “às vezes eu me preocupo com você, realmente me preocupo.”
  Elena piscou e então riu brevemente. Eram Bonnie e Meredith. “O que uma pessoa tem que fazer para conseguir um pouco de privacidade por aqui?” ela disse enquanto elas sentavam.
  “Diga-nos para ir embora,” sugeriu Meredith, mas Elena só deu de ombros. Meredith e Bonnie tinham vindo aqui muitas vezes para encontrá-la nos meses depois do acidente. De repente, ela se sentiu feliz por isso, e grata à ambas. Se a nenhum outro lugar, ela pertencia às amigas que ligavam para ela. Ela não se importava se elas soubessem que ela estivera chorando, e ela aceitou os lencinhos amassados que Bonnie ofereceu e limpou seus olhos.
  As três sentaram juntas em silêncio por um tempo, observando o vento agitar o grupo de árvores de carvalho na beira do cemitério.
  “Eu sinto muito sobre o que aconteceu,” Bonnie disse por fim, com uma voz suave. “Aquilo foi realmente terrível.”
  “E o seu nome do meio é ‘Tato,’” disse Meredith. “Não poderia ter sido tão ruim, Elena.”
  “Você não estava lá.” Elena se sentiu ficando quente novamente com a memória. “Foi terrível. Mas eu não ligo mais,” ela acrescentou categoricamente, com despeito. “Eu estou farta dele. Eu não o quero mais.”
  "Elena!"
  “Eu não quero, Bonnie. Ele obviamente se acha bom demais para – para americanos. Então ele pode simplesmente pegar aqueles óculos de sol de designer e..."
  Houve bufos de risada das outras garotas. Elena assoou seu nariz e balançou sua cabeça.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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