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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

The Vampire Diaries: The Awakening: Quer o Quê Não Tem-1x24


A solução chegou à ela bem repentina e simplesmente.
  Ela sentiu pena de Matt; ela sabia que ele se magoara com o rumor Jean-Claude. Ele mal tinha falado com ela desde que a história vazou, geralmente passando por ela com um rápido aceno de cabeça. E quando ela o encontrou um dia em um corredor vazio do lado de fora de Escrita Criativa, ele não encontrava os olhos dela.
  “Matt—” ela começou. Ela queria dizer à ele que não era verdade, que ela nunca teria começado a se encontrar com outro garoto sem dizer à ele primeiro. Ela queria dizer à ele que nunca quisera magoá-lo, e que ela se sentia horrível agora. Mas ela não sabia como começar. Finalmente, ela simplesmente disse sem pensar, “Sinto muito!” e se virou para ir para aula.
  “Elena,” ele disse, e ela se virou. Ele estava olhando para ela agora, pelo menos, seus olhos prolongando-se nos lábios dela, em seu cabelo. Então ele balançou sua cabeça como se para dizer que ele era a piada. “Esse cara francês é de verdade?” ele exigiu finalmente.
  “Não,” Elena disse imediatamente e sem hesitação. “Eu o inventei,” ela acrescentou simplesmente, “para mostrar para todo mundo que eu não estava aborrecido por causa–” Ela parou abruptamente.
  “Por causa do Stefan. Eu entendo.” Matt concordou, parecendo tanto ameaçador quanto de algum jeito mais compreensivo.   “Olha, Elena, aquilo foi bem babaca dele. Mas eu não acho que foi pessoal. Ele é desse jeito com todo mundo–”
  “Exceto você.”
  “Não. Ele fala comigo, às vezes, mas não sobre nada pessoal. Ele nunca diz nada sobre a sua família ou o que ele faz fora da escola. É como – como se tivesse uma parede ao redor dele que eu não posso passar. Eu não acho que ele já deixou alguém passar aquela parede. O que é uma baita pena, porque eu acho que por trás dela ele está miserável.”
  Elena ponderou isso, fascinada por uma visão de Stefan que ela nunca havia consderado antes. Ele sempre parecera tão controlado, tão calmo e despreocupado. Mas também, ela sabia que ela mesma parecia desse jeito para as outras pessoas.
  Seria possível que embaixo de tudo ele era tão confuso e infeliz quanto ela?
  Foi então que a idéia veio, e era ridiculamente simples. Sem planos complicados, sem temporais ou carros quebrando.
  “Matt,” ela disse, lentamente, "não acha que seria uma coisa boa se alguém fosse para trás daquela parede? Uma coisa boa para o Stefan, quero dizer? Você não acha que essa seria a melhor coisa que poderia acontecer à ele?
  Ela olhou para ele intensamente, querendo que ele entendesse.
  Ele a encarou por um momento, então fechou seus olhos brevemente e balançou sua cabeça em descrença. “Elena,” ele disse, “você é inacreditável. Você torce as pessoas com o seu dedo, e eu não acho que você ao menos sabe que está fazendo isso. E agora você vai me pedir para fazer algo para emboscar Stefan, e eu sou tão idiota que eu posso até mesmo concordar com isso.”
  “Você não é idiota, você é um cavalheiro. E eu quero te pedir um favor, mas só se você achar que é certo. Eu não quero magoar Stefan, e eu não quero magoar você.”
  “Não quer?”
  “Não. Eu sei como isso deve soar, mas é verdade. Eu só quero–” ela parou abruptamente de novo. Como ela podia explicar o que ela queria quando nem ela mesma entendia?
  “Você só quer todos e tudo girando ao redor de Elena Gilbert,” ele disse amargamente. “Você só quer tudo que não tem.”
  Chocada, ela deu um passo para trás e olhou para ele. Sua garganta inchou, e calor se reuniu em seus olhos.
  “Não,” ele disse. “Elena, não fique assim. Sinto muito.” Ele suspirou. “Tudo bem, o que eu tenho que fazer? Atá-lo e jogá-lo na sua entrada?”
  “Não,” disse Elena, ainda tentando fazer com que as lágrimas voltassem para onde pertenciam. “Eu só queria que você fizesse com que ele fosse para o Baile de Boas-Vindas semana que vem.”
  A expressão de Matt era estranha. “Você só quer que ele esteja no baile.”
  Elena concordou.
  “Tudo bem. Eu tenho quase certeza que ele estará lá. E, Elena... não há ninguém que eu queira levar além de você.”
  “Tudo bem,” disse Elena após um momento. “E, bem, obrigada.”
  A expressão de Matt ainda estava peculiar. “Não me agradeça, Elena. Não é nada... mesmo.” Ela estava tentando decifrar isso quando ele se virou e caminhou pelo corredor.
  “Fique parada,” disse Meredith, dando ao cabelo de Elena uma contorção reprovadora.
  “Eu ainda acho,” disse Bonnie do assento da janela, “que ambos estavam maravilhosos.”
  “Quem?” Elena murmurou distraidamente.
  “Como se não soubesse,” disse Bonnie. “Esses seus dois caras que conseguiram um milagre de último minuto no jogo ontem. Quando Stefan pegou aquele último passo, eu achei que ia desmaiar. Ou vomitar.”
  “Ah, por favor,” disse Meredith.
  “E Matt – aquele garoto é simplesmente poesia em ação...”
  “E nenhum deles é meu,” Elena disse categoricamente. Debaixo dos dedos experts de Meredith, seu cabelo estava se tornando um objeto de arte, uma massa suave de um dourado torcido. E o vestido era legal; a cor violeta-gelo destacava o violeta em seus olhos. Mas mesmo para si mesma ela parecia pálida e dura, não levemente corada com animação mas branca e determinada, como um soldado muito jovem sendo mandado à linha de combate.

Escrito por: Lisa Jane Smith

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