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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

The Vampire Diaries: The Awakening: Lembranças com Katherine- 1x19


Stefan não conseguia lembrar exatamente como tinha acontecido, como ele havia deixado isso acontecer. Aquela chama de Poder tinha começado isso, acordado coisas dentro dele que eram melhores deixadas adormecidas. A necessidade de caçar. A ânsia pela perseguição, pelo cheiro do medo e o triunfo selvagem da matança. Fazia anos – séculos – desde que ele sentira a necessidade com tanta força. Suas veias tinha começado a queimar como fogo. E todos os seus pensamentos tinham virado vermelho: ele não podia pensar em nada além do quente gosto cúprico, a vibração primordial de sangue.
  Com aquela animação ainda se alastrando dentro dele, ele deu um ou dois passos atrás das garotas. O que podia ter acontecido se ele não tivesse sentido o velho era melhor não se pensar. Mas a medida em que ele alcançava o final da ponte, suas narinas se alargaram com o aguço e distinto odor de carne humana.
  Sangue humano. O elixir supremo, o vinho proibido. Mais intoxicante que qualquer liquor, a fumegante essência da própria vida. E ele estava tão cansado de lutar contra a necessidade.
  Houve um movimento no banco debaixo da ponte, como uma pilha de trapos velhos se movendo. E no instante seguinte, Stefan pousou graciosamente, como um gato, ao lado dele. Suas mãos puxaram os trapos para longe, expondo um rosto fenecido e vacilante em cima de um esquelético pescoço. Suas lábios se retraíram.
  E então não houve som algum além do da alimentação.
  Agora, enquanto ele tropeçava na escada principal da pensão, ele tentou não pensar nisso, e não pensar nela – na garota que o tentava com seu calor, sua vida. Ela fora aquela que ele verdadeiramente desejara, mas ele tinha que dar um basta nisso, ele devia matar quaisquer pensamentos assim antes que fossem começados, de agora em diante. Pelo seu bem, e pelo bem dela. Ele era o pior pesadelo dela que virara realidade, e ela nem ao menos sabia.
  “Quem está aí? É você, garoto?” uma voz rachada chamou com severidade. Uma das portas do segundo andar abriu, e uma cabeça cinzenta apareceu.
  “Sim, signora – Sra. Flowers. Sinto muito se a incomodei.”
  “Ah, precisa de mais do que uma tábua de assoalho rangendo para me incomodar. Você trancou a porta atrás de você?”
  “Sim, signora. Você está... a salvo.”
  “Está certo. Precisamos ficar a salvo aqui. Nunca se sabe o que pode estar aí fora nessas florestas, sabe?” Ele olhou rapidamente para o pequeno rosto sorridente cercado por fios de cabelo cinza, os brilhantes olhos se movendo rápido. Havia um segredo escondido neles?
  “Boa noite, signora.”
  “Boa noite, garoto.” Ela fechou a porta.
  Em seu próprio quarto ele caiu na cama e se deitou encarando o baixo e inclinado teto.
  Geralmente ele descansava desconfortavelmente de noite; não era sua hora natural de sono. Mas hoje à noite ele estava cansado. Gastava tanta energia encarar a luz do dia, e a refeição pesada só contribuiu para sua letargia. Logo, embora seus olhos não tivessem se fechado, ele não mais via o teto pintado de branco acima de si.
  Recortes aleatórios de memória flutuaram por sua mente. Katherine, tão adorável naquela noite na fonte, a luz do luar cobrindo de prata seu claro cabelo dourado. Quão orgulhoso ele esteve de sentar-se com ela, ser aquele que compartilhara o segredo dela...
  “Mas você nunca pode sair à luz do Sol?”
  “Eu posso, sim, contanto que eu use isso.” Ela levantou uma pequena mão branca, e a luz do luar brilhou no anel de lápis-lazúli ali. “Mas o Sol me cansa tanto. Eu nunca fui muito forte.”
  Stefan olhou para ela, para a delicadez de seus traços e a pequenez de seu corpo. Ela era quase tão insubstancial quanto lã de vidro. Não, ela nunca teria sido forte.
  “Eu estava freqüentemente doente quando criança,” ela disse suavemente, seus olhos no jogo de água na fonte. “Da última vez, o cirurgião disse que eu finalmente iria morrer. Eu lembro do papa* chorando, e eu lembro de deitar na minha grande cama, fraca demais para me mover. Cada respiração era muito esforço. Eu estava tão triste de deixar o mundo e com tanto frio, com muito frio.”
  Ela estremeceu, e então sorriu.
  “Mas o que aconteceu?”
  “Eu acordei no meio da noite para ver Gudren, minha camareira, de pé perto da minha cama. E então ela deu um passo pro lado, e eu vi o homem que ela trouxera. Eu fiquei aterrorizada. Seu nome era Klaus, e eu escutei as pessoas na vila dizerem que ele era maligno. Eu gritei para Gruden me salvar, mas ela só ficou parada lá, observando.
  Quando ele colocou sua boca no meu pescoço, eu achei que ele fosse me matar.”

Escrito por: Lisa Jane Smith

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