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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Twilight: Quer Uma Carona? -1x25


Na manhã seguinte, quando eu estacionei no estacionamento, eu deliberadamente estacionei o mais distante possível do Volvo prateado. Eu não queria cair em tentação e acabar fazendo ele merecer um carro novo. Saindo da cabine, eu deixei as chaves
cairem numa poça aos meus pés. Enquanto eu me abaixava para apanhá-las, uma mão branca pegou-as num flash antes que eu pudesse tentar.
  Edward Cullen estava bem na minha frente, encostado casualmente na minha caminhonete.
  "Como você faz isso?"
  "Faz o que?" Ele me passou as chaves enquanto falava. Quando eu ia apanhá-las ele jogou elas na palma da minha mão.
  "Aparece do nada"
  "Bella, não é culpa minha que você não é particularmente observadora" a voz dele era quieta como sempre- aveludada, emudecida.
  Eu olhei para o seu rosto perfeito. Os olhos dele estavam claros hoje de novo, uma cor dourada da cor do mel, profunda.
  Então eu tive que olhar pra baixo pra reagrupar os meus pensamentos agora confusos.
  "Porque aquela pataquada no tráfego ontem?" eu perguntei de uma vez, ainda olhando pra longe. "Eu pensei que você devia estar me ignorando e não me irritando até a morte."
  "Aquilo foi pro bem de Tyler, não pro meu. Eu tinha que dar uma chance a ele." ele riu silenciosamente.
  "Você..." eu gaguejei. Eu não conseguí pensar numa palavra ruim o suficiente.
  Eu senti que o calor da minha raiva podia queimá-lo fisicamente, mas ele parecia estar se divertindo.
  "Eu não estou fingindo que você não existe", ele continuou.
  "Então você está tentando me irritar até a morte? Já que Tyler não conseguiu terminar o trabalho?"
  A raiva transpareceu nos seus olhos. Os seus lábios se pressionaram até formar uma linha fina, todos os sinais de humor tinham desaparecido.
  "Bella, você é muito absurda", ele disse, sua voz baixa estava fria.
  Minhas palmas coçaram- eu queria tanto bater em alguma coisa. Eu estava surpresa comigo mesma. Normalmente eu não era uma pessoa violenta. Eu dei as costas e comecei a caminhar.
  "Espere", ele chamou. Eu continuei andando, caminhando furiosamente pela chuva. Mas ele estava perto de mim, acompanhando o passo facilmente.
  "Me desculpe por ser rude", ele disse enquanto andávamos. Eu ignorei ele. "Eu não estou dizendo que não é verdade", ele continuou, "Mas mesmo assim foi rude."
  "Porque você não me deixa em paz?", eu murmurei.
  "Eu queria perguntar uma coisa, mas você me desconcentrou",ele riu.
  Ele parecia ter recuperado o bom humor.
  "Você tem alguma disordem de múltipla personalidade?", eu perguntei severamente.
  "Você está fazendo de novo".
  Eu suspirei. "Tá bom, o que você quer perguntar?"
  "Eu estava imaginando se no Sábado da próxima semana- você sabe, no dia do baile de primavera"
  "Você está tentando ser engraçado ?" Eu interrompí me virando pra ele. Meu rosto ficou encharcado quando eu olhei pra cima pra ver sua expressão.
  Seus olhos estavam estranhamente divertidos. "Será que você pode me deixar terminar por favor?"
  Eu mordi meu lábio e juntei minhas mãos, entrelaçando meus dedos, assim eu não faria nada de que eu pudesse me arrepender.
  "Eu ouvi você dizendo que vai pra Seattle nesse dia, e eu estava imaginando se você quer uma carona."
  Isso foi inesperado.
  "O que?" Eu não tinha idéia de onde ele queria chegar.
  "Você quer uma carona até Seattle?"
  "Com quem?" eu perguntei, mistificada.
  "Comigo, obviamente". Ele pronunciou cada sílaba, como se estivesse falando com alguém mentalmente incapacitado.
  Eu ainda estava atordoada. "Porque?"
  "Bom, eu estava planejando ir á Seattle nas próximas semanas, e, pra ser honesto, eu não tenho certeza se o seu carro aguenta."
  "Minha caminhonete funciona muito bem, obrigada pela preocupação." Eu comecei a andar de novo, mas eu estava muito surpresa pra manter o mesmo nível de raiva.
  "Mas a sua caminhonete consegue chegar até lá com um tanque de gasolina?" Ele acompanhou o meu passo de novo.
  "Eu não vejo como isso pode ser da sua conta." Estúpido dono do Volvo brilhante.
  "O desperdício de bens findáveis é da conta de todo mundo."
  "Honestamente, Edward",eu senti uma alegria percorrer meu corpo quando eu disse o nome dele. "Eu não consigo te acompanhar. Eu pensei que você não queria ser meu amigo."
  "Eu disse que seria melhor se não fôssemos amigos, não que eu não queria ser."
  "Oh, obrigada, isso esclarece tudo" Sarcasmo pesado. Eu percebí que tinha parado de caminhar de novo. Estávamos sob o teto da cafeteria agora, então eu podia olhar para o seu rosto com mais facilidade. O que certamente não ajudou muito na claridade do pensamento.
  "Seria mais...prudente se você não fosse minha amiga", ele explicou. "Mas eu estou cansado de tentar ficar longe de você, Bella."
  Seus olhos estavam gloriosamente intensos enquanto ele pronunciava a última frase, sua voz flamejante. Eu não conseguia lembrar de respirar.
  "Você vai pra Seattle comigo?" ele perguntou, ainda intenso.
  Eu ainda não conseguia falar, então só balancei a cabeça.
  Ele sorriu brevemente, então seu rosto ficou sério.
  "Você realmente devia ficar longe de mim", ele avisou. "Te vejo na aula."
  Ele se virou abruptamente e caminhou pra o lugar de onde tinhamos vindo.

Escrito por: Stephenie Meyer

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