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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Eu Não te Odeio-1x34


Sua voz ainda estava controlada – mas por pouco. Ela podia ouvir o esforço que custava a ele mantê-la estável.
  “Sim,” ele disse, “Eu acho que você tem o direito de saber. Elena." Ele olhou para ela então, encontrando seus olhos diretamente, e ela pensou, Tão ruim? O que poderia ser tão ruim quanto isso? “Eu não te odeio,” ele continuou, pronunciando cada palavra cuidadosamente, distintamente. “Eu nunca te odiei. Mas você... me lembra alguém.”
  Elena foi pega de surpresa. O que quer que ela esperasse, não era isso. “Eu te lembro alguém que você conhece?”
  “Alguém que eu conheci,” ele disse silenciosamente. “Mas,” ele acrescentou lentamente, como se isso fosse algo estarrecedor para si próprio, “você não é como ela, na verdade. Ela parecia com você, mas era frágil, delicada. Vulnerável. Tanto por dentro como por fora.”
  “E eu não sou.”
  Ele fez um som que teria sido uma risada se tivesse algum humor nisso. “Não. Você é uma lutadora. Você é... você mesma.”
  Ele ficou em silêncio por um momento. Ela não podia manter sua raiva, vendo a dor no rosto dele. “Você era próximo a ela?”
  “Sim.”
  O que aconteceu?”
  Houve uma longa pausa, tão longa que Elena pensou que ele não ia respondé-la. Mas por fim ele disse, “Ela morreu.”
  Elena soltou uma exalação trêmula. O restante de sua raiva se compactou e desapareceu debaixo dela. “Isso deve ter machucado terrivelmente,” ela disse suavemente, pensando na branca lápide dos Gilbert entre o centeio. “Eu sinto tanto.”
  Ele não disse nada. Seu rosto fechou-se novamente, e ele pareceu estar olhando para algo distante, algo terrível e de cortar o coração que somente ele podia ver. Mas não havia só luto em sua expressão.
  Através das paredes, através de seu controle trêmulo, ela podia ver o olhar torturado de culpa insuportável e solidão. Um olhar tão perdido e assombrado que ela se moveu para seu lado antes que soubesse o que estava fazendo.
  “Stefan,” ela sussurrou. Ele não pareceu escutá-la; ele parecia estar ancorado em seu próprio mundo de miséria.
  Ela não pôde impedir a si mesma de colocar uma mão no braço dele. “Stefan, eu sei como isso pode machucar–”
  “Você não pode saber,” ele explodiu, toda a sua quietude irrompendo em fúria cega. Ele olhou para a mão dela como se acabando de perceber que estava lá, como se enfurecido pela sua insolência de tocá-lo. Seus olhos verdes estavam dilatados e escuros enquanto ele tirava a mão dela, levantando uma mão para impedí-la de tocá-lo novamente–
–e de algum modo, invés disso, ele estava segurando sua mão, seus dedos apertadamente entrelaçados com os dela, se segurando como se fosse caso de vida ou morte. Ele olhou para suas mãos entrelaçadas com perplexidade. Então, lentamente, seu olhar moveu-se de seus dedos apertados para o rosto dela.
  “Elena...” ele sussurrou.
  E então ela viu, a angústia despedaçando seu olhar, como se ele simplesmente não pudesse lutar mais um segundo. A derrota, a medida que as paredes finalmente cediam e ela via o que estava por baixo.
  E então, desamparadamente, ele inclinou sua cabeça para os lábios dela.
  “Espere – pare aqui,” disse Bonnie. “Eu pensei ter visto algo.”
  O Ford surrado de Matt diminuiu a velocidade, margeando em direção ao lado da estrada, onde arbustos e moitas cresciam espessamente. Algo branco brilhava ali, vindo na direção deles.
  “Oh, meu Deus,” disse Meredith. “É Vickie Bennett.”
  A garota tropeçou na frente do farol dianteiro e ficou lá, acenando, enquanto Matt acertava o freio. Seu cabelo castanho claro estava embaraçado e uma desordem, e seus olhos encaravam inexpressivamente vindos de um rosto que estava manchado e sujo com terra. Ela estava usando somente uma leve e diminuta roupa branca.
  “Coloquem-na no carro,” disse Matt. Meredith já estava abrindo a porta do carro. Ela pulou para fora e correu até a estupefata garota.
  “Vickie, você está bem? O que aconteceu com você?”
  Vickie gemeu, ainda olhando diretamente à frente. Então ela repentinamente pareceu ver Meredith, e ela a agarrou com força, afunando suas unhas nos braços de Meredith.
  “Caia fora daqui,” ela disse, seus olhos cheios de uma intensidade desesperada, sua voz estranha e grossa, como se ela tivesse algo em sua boca. “Todos vocês – caiam fora daqui! Está vindo."
  “O que está vindo? Vickie, onde está Elena?”
  “Caiam fora agora…”Meredith olhou para a estrada, então encaminhou a garota tremendo para a traseira do carro. “Nós te levaremos embora,” ela disse, “mas você tem que nos contar o que aconteceu. Bonnie, me dê sua manta. Ela está congelando.”
  “Ela foi ferida,” disse Matt carrancudamente. “E ela está em choque ou algo assim. A pergunta é, onde estão os outros? Vickie, a Elena estava com você?”

Escrito por: Lisa Jane Smith

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