Páginas

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries: The Awakening: Porquê Me Odeia? - 1x33


Nela estava uma adaga de aparência cruel com um punho de marfim e uma linda taça de ágata com moldura prata. Havia também uma esfera dourada com algum tipo de mostrador nela e diversas moedas de ouro soltas.
  Ela pegou uma das moedas, parcialmente porque era interessante e parcialmente porque ela sabia que o aborreceria vê-la mexendo nas suas coisas.  “O que é isso?”
  Passou-se um momento antes que ele respondesse. Então ele disse:
  “Um florin de ouro. Uma moeda florentina.”
  “E o que é isso?”
  “Um relógio alemão de pingente. Do final do século quinze,” ele disse distraidamente. Ele acrescentou, “Elena–”
Ela esticou a mão para um cofre de ferro com uma tampa articulada. “E quanto à isso? Isso abre?”
  “Não.” Ele tinha os reflexos de um gato; sua mão bateu no cofre, segurando a tampa. “Isso é privado,” ele disse, o esforço óbvio em sua voz.
  Ela notou que sua mão fez contato apenas com a tampa de ferro sinuosa e não com sua carne. Ela levantou seus dedos, e ele se retirou de uma só vez.
  Repentinamente, sua raiva era grande demais para segurar por mais um momento. “Cuidado,” ela disse selvagemente. “Não me toque, ou você pode pegar uma doença.”
  Ele se virou em direção à janela.
  E mesmo quando ela própria se afastava, andando de volta para o centro do quarto, ela pôde sentí-lo observando seu reflexo.   E ela soube, de repente, o que devia parecer para ele, um cabelo claro entornando por sobre a escuridão da capa, uma mão branca segurando o veludo perto de sua garganta. Uma princesa arruinada marchando em sua torre.
  Ela inclinou sua cabeça bem para trás para olhar para o alçapão no teto, e ouviu uma suave e distinta tomada de ar. Quando ela se virou, o olhar dele estava fixado em sua garganta exposta; o olhar em seus olhos a confundiu.
  Mas no momento seguinte seu rosto se endureceu, deixando-a de fora.
  “Eu acho,” ele disse, “que é melhor eu levá-la para casa.”
  Nesse instante, ela queria machucá-lo, fazê-lo se sentir tão ruim quando ele a fazia se sentir. Mas ela também queria a verdade. Ela estava cansada desse jogo, cansada de maquinar e conspirar e tentar ler a mente de Stefan Salvatore. Era um alívio aterrorizante e ainda assim maravilhoso ouvir sua própria voz dizendo as palavras que ela pensava há tanto tempo.
  “Por que você me odeia?”
  Ele a encarou. Por um momento ele não conseguiu encontrar palavras. Então ele disse, “Eu não te odeio.”
  “Você odeia,” disse Elena. “Eu sei que não é... não é educado dizer isso, mas eu não ligo. Eu sei que devia estar grata a você por ter me salvo hoje à noite, mas eu não ligo para isso, também. Eu não te pedi para me salvar. Eu não sei nem mesmo porque você estava no cemitério em primeiro lugar. E eu certamente não entendo porque você o fez, considerando o que sente a meu respeito.”
  Ele estava balançando sua cabeça, mas sua voz estava suave. “Eu não te odeio.”
  “Desde o começo, você me evitou como se eu fosse... fosse algum tipo de leprosa. Eu tentei ser amigável com você, e você jogou isso na minha cara. É isso o que um cavalheiro faz quando alguém tenta lhe dar as boas-vindas?”
  Ele estava tentando dizer alguma coisa agora, mas ela continuou, sem lhe dar ouvidos. “Você me esnobou em público uma vez atrás da outra; você me humilhou na escola. Você não estaria falando comigo agora se não tivesse sido um caso de vida ou morte. É isso que é preciso para arrancar uma palavra de você? Alguém tem que ser quase morto?
  “E até mesmo agora,” ela continuou amargamente, “você não me quer perto de você. Qual é o seu problema, Stefan Salvatore, que você tem que viver desse jeito? Que você tem que construir paredes contra as pessoas para mantê-las afastadas? Que você não pode confiar em ninguém? Qual é o seu problema?”
  Ele estava em silêncio agora, seu rosto virado para longe. Ela tomou um longo fôlego e então endireitou seus ombros, segurando sua cabeça para cima mesmo quando seus olhos estavam doendo e queimando. “E qual o meu problema,” ela acrescentou, mais silenciosamente, “que você não consegue nem ao menos olhar para mim, mas deixa Caroline Forbes se esfregar em você? Eu tenho direito de saber isso, pelo menos. Eu não vou incomodá-lo novamente, eu não vou nem falar com você na escola, mas eu quero saber a verdade antes de ir. Por que você me odeia tanto, Stefan?”
  Lentamente, ele se virou e levantou sua cabeça. Seus olhos estavam gélidos, cegos, e algo revirou-se em Elena com a dor que viu no rosto dele.

Escrito por: Lisa Jane Smith

Sem comentários:

Enviar um comentário