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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Twilight: Qual é a Verdade? - 1x18


"Será que eu posso falar com você por um minutinho?" eu cochichei por baixo do fôlego. Edward deu um passo se afastando de mim, sua mandíbula subitamente apertada.
  "Seu pai está esperando por você", ele disse entre dentes.
  Eu olhei de relance pra Dr. Cullen e Tyler.
  "Eu gostaria de falar com você em particular, se você não se incomodar.", eu pressionei.
  Ele me olhou fixamente, e depois me deu as costas e caminhou pelo longo quarto. Eu praticamente tive que correr para acompanhá-lo.
  Assim que viramos na curva para um pequeno corredor, ele se virou para me encarar.
  "O que você quer?" ele perguntou, parecendo aborrecido. Seus olhos eram frios. A expressão nada amigável dele me intimidou. Minhas palavras sairam com menos severidade do que eu pretendia. "Você me deve uma explicação", eu lembrei ele.
  "Eu salvei a sua vida- eu não te devo nada"
  Eu vacilei com o resentimento na voz dele. "Você prometeu."
  "Bella, você bateu com a cabeça, você não sabe do que está falando" o tom dele era cortante.
  Agora o meu temperamento estava em chamas, eu encarei ele desafiadoramente. "Não
tem nada errado com a minha cabeça".
  Ele me encarou de volta. "O que você quer de mim, Bella?"
  "Eu quero saber a verdade," eu disse."Eu quero saber porque esta mentindo para mim."
  "O que você acha que aconteceu?", ele soltou.
  Saiu num sopro.
  "Tudo o que eu sei é que você não estava em nenhum lugar perto de mim- Tyler também não viu você, então não diga que eu bati muito forte com a cabeça. Aquela van ia esmagar nós dois- e não esmagou, e as suas mãos deixaram buracos na lateral dela- e você deixou um buraco na lateral daquele outro carro, e você não está absolutamente machucado. E a van devia ter amassado as minhas pernas, mas você estava segurando ela..."
  Eu tinha noção do quanto aquilo soava louco, e eu não pude continuar. Eu estava com tanta raiva que podia sentir as lágrimas chegando; eu tentei forçá-las a desaparecer apertando os meus dentes juntos.
  Ele estava me olhando incrédulo. Mas o rosto dele estava tenso, na defensiva.
  "Você acha que eu tirei uma van de cima de você?". O tom dele questionava a minha sanidade, mas só me deixou mais suspeitas. Era como uma fala perfeitamente decorada por um ator talentoso.
  Eu simplesmente afirmei com a cabeça uma vez, mandíbula apertada.
  "Ninguém vai acreditar nisso, sabe." agora a voz dele tinha um tom de zombaria.
  "Eu não vou contar pra ninguem". Eu disse cada palavra vagarosamnete, cuidadosamnete controlando a minha raiva.
  A surpresa apareceu no rosto dele. "Então porque isso importa?"
  "Importa pra mim" eu insisti. "Eu não gosto de mentir- então seria melhor se eu tivesse
uma boa razão pra fazer isso."
  "Será que você não pode só me agradecer e esquecer isso?"
  "Obrigada", eu disse fumaçando e esperando.
  "Você não vai desistir, vai?"
  "Não."
  "Nesse caso... eu espero que você gosto do desapontamento."
  Nós nos olhamos em silêncio. Eu fui a primeira a quebrar o silêncio, tentando manter o foco. Eu corria o risco de me distrair com o seu rosto lívido,glorioso. Era como tentar encarar um anjo destruidor.
  "Porque você se incomoda?" eu perguntei frigidamente.
  Ele pausou, por um instante seu rosto estonteante ficou inesperadamente vulnerável.
  "Eu não sei", ele cochichou.
  Aí ele me deu as costas e caminhou pra longe de mim.
  Eu estava com tanta raiva que demorou uns minutos até que eu pudesse me mover. Quando eu consegui andar, eu caminhei lentamente para a saída no final do corredor.

Escrito por: Stephenie Meyer

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